quarta-feira, 24 de agosto de 2011

História da obesidade

Mais antiga do que podemos imaginar, a obesidade existe desde os primórdios do tempo. Antes, era desejada, porém rara e necessária para sobrevivência num mundo de grandes e inesperadas variações de temperaturas, lutas corporais e escassez de alimentos. Sim, estamos falando da pré-história. Desenhos rupestres comprovam a existência dela.

Nada é novo e vivemos em ciclos que se transformam e se alternam. A restrição alimentar também já era mencionada antes mesmo da Era Cristã. Dois mil anos antes de Cristo, no código de Hamurabi, encontram-se prescrições alimentares para cura de diversos males ou situações, por exemplo, gestação, pueripério e na menstruação. Hipocrates, na Grécia Antiga, já havia identificado a obesidade como uma condição doentia que poderia levar à morte.

Porém, na Idade Média e no Renascimento novamente a obesidade passa a ser valorizada, retratada na arte, nos teatros e nos retratos. Idealizada e desejada, agora como símbolo de saúde, prosperidade, poder, riqueza e status. Essa postura é mantida até a década de 50, quando a obesidade novamente perde força e deixa de ser idealizada. A Revolução Industrial contribui para esse feito, pois propicia o acesso à comida dado melhores condições para o consumo. A comida ainda mantém sinal de status, contudo, não mais pela quantidade, mas pela qualidade. Não a necessidade de comer grandes quantidades, mas as escolhas voltam-se para produtos industrializados com pouca qualidade nutricional e nenhum cuidado com a ingestão calórica.

Já na década de 60 a preocupação passa a ser com a busca do corpo perfeito e para alcançá-lo a busca frenética volta-se para academias e dietas extremas. A anorexia se prolifera.

Hoje, parece que estamos tendendo para o equilíbrio, tentando contrabalancear calorias, qualidade nutricional e sustentabilidade. Nem um corpo gordo, nem esquelético, apenas saudável.




Dados retirados do livro "Mudando sua história Obesidade Nunca Mais"
Se quiser saber mais sobre obesidade veja http://www.abcdaobesidade.com.br

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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Toques Sutis

No coração tece o sentir,

Na cabeça brilha o pensar,

Nos membros vigora o querer,

Brilhocente.

Tecer vigorosamente,

Vigor brilhante,

Isto é o homem.

Poema de Rudolf Steiner.



Os Toques Sutis são as numerosas modalidades de trabalhos corporais desenvolvidos por Pethö Sándor a partir dos mesmos princípios da Calatonia. Da mesma forma como na Calatonia, os “Toques Sutis utilizam-se do alto potencial da sensibilidade cutânea, para proporcionar vivências multissensoriais, ou seja: os estímulos utilizados se fazem sentir tanto a nível físico quanto psíquico, atuando sobre a totalidade do organismo de modo reestruturador”. (Pethö Sándor)

Estes toques, ou seqüência de toques, são aplicados em diferentes partes do corpo onde se localizam articulações, determinadas áreas com extensa sensibilidade nervosa e/ou circulatória, áreas com acesso a processos ósseos, etc. Os critérios de escolha de tais "pontos de toque", ou estimulação, variam caso a caso, em função do histórico e evolução do processo psicoterápico.

Como outras técnicas corporais, essa técnica também se utiliza da canalização de energia do campo magnético do corpo direcionada ao corpo do paciente, que muitas vezes pode nem ser tocado.

Só por curiosidade: Jesus já utilizava a técnica de imposição de mãos para cura. Esse uso que motivou estudos e pesquisas que originaram outras técnicas corporais.

“O estado de harmonia e bem-estar equilibra o campo energético, acalmando o físico e tranqüilizando o mental, revigorando as energias”. (mestre em Reike Cervenka)

Através de uma regulação do tônus muscular e harmonização dos fluxos corporais, pode ser liberado o acumulo de energia, até então consumido num dinamismo corporal alterado e em bloqueios musculares. Esse potencial livre pode chegar ao inconsciente mobilizando conteúdos que, trazidos à consciência é rico material psicoterapêutico.

Toques Sutis é uma prática de relaxamento utilizada em psicoterapia e outras abordagens que ajudam a Integração psicofísica do ser. Dentro da abordagem Junguiana, o corpo é parte inalienável do processo de "vir a ser um todo", que é a Individuação. O uso do Toque sutis na psicoterapia tem como objetivo a expansão da consciência de si mesmo e o corpo é a expressão do interno.

Tanto a Calatonia quanto o tique sutil, através das reações ao nível fisiológico e/ou motor, como sensações ou movimentos mais ou menos sutis por todo o corpo, dá acesso a conteúdos internos do paciente e podem ocorrer alterações do estado de consciência semelhantes aos promovidos pela meditação, com eventuais recordações, vivencias e imagens. Essas imagens têm função semelhante aos sonhos e podem ser elaboradas depois, em psicoterapia verbal.

O Toque sutil mobiliza conteúdos que têm uma premência psicológica de se manifestarem, da mesma forma como ocorre com sonhos. São conteúdos que estão "maduros" para aflorarem à consciência e que têm total pertinência ao processo psicodinâmico que o paciente está vivendo. Ou seja, não impõem nada e respeita o tempo de cada um. É apenas mais um recurso a contribuir com a saúde mental, psicológica e física dos pacientes.




Referencia: livro Toques Sutis de Suzana Delmanto ed. Summus

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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Calatonia

A consciência é, sobretudo produto da percepção e orientação no mundo externo, que provavelmente se localiza no cérebro, sendo que a sua origem seria ectodérmica. No tempo dos nossos ancestrais essa mesma consciência derivaria de um relacionamento sensorial da pele com o mundo exterior.” (Jung, Fundamentos de Psicologia Analítica)


Calatonia ou também conhecida como a Massagem Brasileira dos Pés e de um conjunto de outros toques suaves aplicados pelo corpo.

A palavra Calatonia vem do grego “khalaó” que tem vários significados entre os quais “relaxamento”, “alimentação”, “perdoar os pais”, “desatar os nós”, “deixar ir” ou até “remover os véus”. Essas metáforas definem as qualidades básicas do toque subtil, entre elas a capacidade de restabelecer no indivíduo a “auto-regulação psicofísica”.

A Calatonia é uma técnica de relaxamento profundo que leva à regulação do tônus, promovendo o reequilíbrio físico e psíquico do paciente. Essencialmente falando a Calatonia baseia sua atuação na “sensibilidade táctil”, através da aplicação de estímulos suaves, em áreas do corpo onde se verifica especial concentração de receptores nervosos.

Foi Sandor, nascido em 28 de abril de 1916, húngaro, apreciador das artes, em especial pela música. Médico ginecologista e obstetra quem criou essa técnica de cura após as traumáticas experiências com feridos de guerra no campo de refugiados da Alemanha, incluindo-se a esses seus pais.

No campo de refugiados, Sándor iniciou suas observações sobre os procedimentos que dariam origem à Calatonia. Ao atender como obstetra nas enfermarias femininas deparou-se com numerosos casos de problemas circulatórios. Sem os recursos convencionais, devido à escassez da guerra, passou a 'experimentar' toques e manipulações suaves nas extremidades do corpo de suas pacientes, visando o alívio dos sintomas e dores. E assim iniciou a observação dos "efeitos terapêuticos do toque suave".

Foi a partir dessas experiências que Sándor iniciou a "fundamentação multilateral" (sic) de seu trabalho, posteriormente ampliada no Brasil:
"...onde houve a possibilidade de estudar as pesquisas mais recentes sobre a formação reticular, as representações vegetativas na córtex e sobre proprioceptivos periféricos. Ao mesmo tempo acumulou-se bastante material de ordem psicológica, reforçado aqui no Brasil, por aqueles colegas que adotaram o método, particularmente na Psicologia."

Chegou ao Brasil em 14 de junho de 1949. Não pôde, porém, atuar como médico por causa da documentação necessária à validação de seu diploma. Nos anos 70, passou a ensinar as técnicas de trabalho corporal no meio acadêmico, no curso "Integração Fisiopsíquica" da Faculdade de Psicologia, na PUC-SP. No início dos anos 80, Sándor iniciou o Curso de Especialização no Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo, que conduziu até 1992, ano de seu falecimento.

A quem se destina a Calatonia:
Em princípio, qualquer pessoa poderá se beneficiar da Calatonia para obtenção de um relaxamento profundo.
Porém tal trabalho deverá ser sempre acompanhado por um profissional habilitado, capaz de avaliar e elaborar com o paciente, suas reações à técnica, bem como as possíveis contra-indicações à aplicação do método. Em São Paulo, Brasil já dispomos de relatos de profissionais de diferentes áreas sobre a utilização da Calatonia como recurso auxiliar na Psicologia, Medicina, Educação, Reabilitação Física, Fonoaudiologia, etc.
Embora a utilização da Calatonia não vise resultados específicos (uma vez que a reorganização psicofisica é global, e cada organismo reage à sua própria maneira individual e única) esta técnica atua sobre uma variada gama de queixas diante das quais se tem observado resultados bastante positivos. Por exemplo: tensão muscular, estresse, enxaquecas, asma, obesidade, alergias, distúrbios glandulares, dores, distúrbios de ordem psicossomática, etc.


Realizo, em meu consultório, atendimento psicoterapico com Calatonia. Contato: 55791050/ 55721331
Formada em Cinesiologia pelo Sedes Sapientiae em 2007

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