“O que não me mata me fortalece”
(Nietzsche, no século 19)
(Nietzsche, no século 19)
Frase do grande filósofo alemão e durante muito tempo compartilhado por várias pessoas que acreditavam que o sofrimento psíquico, o abatimento físico e a melancolia que levavam alguns indivíduos ao fundo do poço eram capazes, por si só, de fazê-los também dar a volta por cima, como se a dor os tornasse mais resistentes. Ainda há a cultura popular que associa a depressão com um estado de humor, não considerando a uma doença, minimizando as conseqüências da depressão retardando a busca de ajuda profissional.
MENOS DE 25% DOS PACIENTES COM DEPRESSÃO TÊM ACESSO A TRATAMENTOS EFICAZES
Apesar de ser uma doença grave, é uma doença tratável, sendo que 70 a 90% dos pacientes com esse diagnóstico podem ser eficazmente tratados, voltando a uma vida normal. Esse número só não é maior porque ainda encontramos grandes mitos da depressão entre as pessoas leigas e médicos, como: 1. Depressão pode ser curada com força de vontade. Não é bem assim, uma vez que provoca alteração química cerebral. Isso independe da vontade do indivíduo. 2. Depressão não acomete crianças e jovens. Errado. Pesquisas americanas revelam que uma em cada 33 crianças e um em cada oito adolescentes experimentará um episódio depressivo. 3. Depressão é normal na velhice. Outro equívoco. Ocorrem muitas perdas na maturidade e elas podem vir acompanhadas de tristeza. Mas tristeza não quer dizer depressão.
A depressão, uma doença que compromete o físico, o humor e o pensamento, alterando como a pessoa vê o mundo e se vê, conseqüentemente alterará sua qualidade de vida, suas emoções, disposição, sono, emoções e sentimentos em relação a si próprio e em relação à vida. Assim sendo, por ser uma doença “do organismo como um todo” não se restringe exclusivamente ao tratamento medicamentoso. Vários tratamentos estão disponíveis, sendo basicamente três modalidades escolhidas individualmente baseadas na avaliação médica, considerando o padrão individual e gravidade de cada caso. Essas terapêuticas podem ser empregadas isoladamente ou associadas, tendo um melhor efeito. São elas: terapia medicamentosa, eletroconvulsoterapia e psicoterapia.
A psicoterapia isolada tem se mostrado eficiente em quadros de distimia ou depressões leves. Porém, em casos de depressão moderadas a graves deve-se recorrer à terapêutica medicamentosa associada.
70% DOS PACIENTES TRATADOS COM ANTIDEPRESSIVOS RESPONDEM AO TRATAMENTO; 30% TEM REMISSÃO TOTAL DA DOENÇA
A eletroconvulsoterapia deve ser considerada nos casos que outros tratamentos já empregados não resultarem em melhora do quadro de depressão grave. Vale lembrar que tanto o tratamento psicoterápico como medicamentoso não é imediato podendo levar de três a quatro semanas para começarem a sentir algum efeito, sendo que o efeito máximo é obtido após seis a doze semanas de tratamento e uso contínuo de medicamentos.
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