quarta-feira, 3 de junho de 2009

Livre-Arbítrio


Ao final do mês de maio deste ano 2009, li um artigo interessante no qual abordava o tema livre-arbítrio e colcava em xeque sua veracidade. Baseava-se em perguntas fundamentais:

Somos livres para fazermos o que queremos?
Podemos responsabilizar alguém por seus atos?
A justiça é possível?

 
Livre-arbitrío é a crença ou doutrina filosófica que defende que a pessoa tem “poder” de escolher suas ações. A existência do livre-arbítrio tem sido uma questão central na história da filosofia e na história da ciência. O conceito de livre-arbítrio tem implicações religiosas, morais, psicológicas e cientificas, cada qual “adaptando” às suas verdades.
Mas Benjamin Libet, da Universidade da California, realizou um experimento com eletroencefalograma e demonstrou que a atividade cerebral responsável pelos movimentos voluntários tem início cercade 300 milissegundos antes da decisão consciente de mexer algum membro. Contudo, ele também não responde quem ou o que então decide em mexer ou não um membro. Também não leva em consideração o incosciente, talvez porque não possa ve-lo ou medi-lo.

Hoje a ciência é quase unâmine em afirmar que o livre-arbitrio é uma ilusão, assim como a consciência para eles é um efeito colateral de vários sistemas cerebrais em rede, que nos leva a acreditar que existe uma alma no comando. O mais interessante é que filosofos neurociêntistas acreditam que o livre-arbítrio “é algo como um tique nervoso ou a necessidade que o viciado tem em conseguir droga – processos a meio caminho entre o involuntário e o voluntário.” Penso que o que eles falam, pelo que descrevem, é do instinto. Assim sendo, “se nada pode ser qualificado como inapelavelmente voluntário, é a própria noção de crime doloso que cai por terra”, ou seja, não temos mais intensão e nem culpa por nada. Somos absolvidos de qualquer ato até mesmo antes de sermos julgados. E como explicar as compulsões, impulsos e desejos vencidos? Seja como Daniel Dennett propõe, onde temos o poder de veto sobre o veto ou que realmente temos o poder de decidir, escolher e realizar nossas ações, sempre teremos uma escolha em fazer ou não fazer. Mais uma vez assistimo a disputa pelo poder, a guerra do saber, na qual as ciências competem entre si a verdade das coisas. Todavia, não há necessidade de anular uma sobre a outra, sendo possível a mesma verdade caber em todas sem que uma ou outra seja preterida ou subjulgada, uma vez que verdadeira VERDADE é JUSTA em todas as medidas, em todos os espaços.

2 comentários:

Dê disse...

Bom tema,complexo e polêmico. Fica para reflexão. Uma coisa é fato: devemos sempre pensar em como nossos atos podem afetar os outros.

Ana Beatriz Cintra disse...

estou colando o comentário de minha mãe. Ela não consegue postar por aki e me enviou por e-mail

Ana Beatriz
Que artigo maraaaviiilhoooso! Excelente!
Parabéns! Você sabe escrever, argumentar e con quistar o leitor!

Sou eu, mamãe.