Segundo a Junta Internacional de Fiscalização a Entorpecentes, ligada à ONU, revela que houve um crescimento do abuso de medicamentos, sendo que em alguns países o consumo desses medicamentos já é maior do que o consumo de heroína, cocaína e ecstasy juntas.
Algumas drogas lícitas estão sendo usados com dosagens acima da recomendada ou para outros fins como os benzodiazepínicos (tranqüilizantes), analgésicos opióides e anfetaminas (como os inibidores de apetite). Esse tipo de abuso é mais comum até do que o vício em maconha, a principal droga ilícita no mundo.
A maior dificuldade em controlar o abuso e uso inadequado é que são medicamentos úteis para tratar doenças e por isso não podem simplesmente serem abolidos. Mas quando são usados de forma abusiva podem causar dependência e tolerância, precisando aumentar a dose para obter o mesmo efeito e acabam trazendo problemas como taquicardia, hipertensão, convulsões e até levar à morte.
E por falar em morte, duas drogas lícitas, psicoativas amplamente utilizadas e comercializadas no mundo: álcool e cigarro, já respondem por mais mortes que todas as substâncias ilícitas somadas.
“Segundo a OMS, o número de fumantes no planeta está em torno de 1 bilhão, correspondendo a 17% da população.” Os usuários de álcool, entre 12 e 65 anos de idade, considerando que pelo menos uma vez já consumiu de álcool, está em 75% da população e os que são considerados alcoólatras chegam a 12,3%.
Já os usuários de drogas ilícitas não excedem 5% da população com idade entre 15 e 64 anos e o que podem ser considerados dependentes está abaixo de 0,6%.
A OMS divulgou que o tabaco mata por ano 5 milhões de pessoas (10% de todos os óbitos) e 1,8 milhões (3,2%) morrem por decorrência do álcool. Já as mortes devido às drogas ilícitas estão em torno de 200 mil/ano (0,4%). Não estou com isso fazendo apologia ao uso das drogas ilícitas, apenas ressaltando os prejuízos de outras drogas que são subestimadas.
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