segunda-feira, 12 de julho de 2010

Viver um grande amor

Viver um grande amor. Todos querem e muitos correm atrás, mas nem todos conseguem. Amor é facilmente confundido com paixão.

Sentimento misterioso, irracional, avassalador, mas não indecifrável. A ciência caminha em busca de uma fórmula, ainda meio as cegas, contudo já descortina a silueta escondida.
Criamos teorias mirabolantes, religiosas, comportamentais, estéticas, mas a ciência tem desvendado que a atração é guiada por processos bioquímicos, pelos hormônios, a favor da preservação. Ou seja, a paixão em nada tem a ver com romantismo. Isso também não quer dizer que não tenha nada a ser feito. Podemos sim dar uma forcinha.

É difícil não perder o otimismo, mas pesquisas indicam que após a 38ª relação que suas chances de encontrar o par ideal chegam ao auge. Mesmo sendo utópico é essa a estatística. Deveras interessante já que pesquisas também indicaram que 99,81% dos casais estudados não seguiam à risca a fórmula. Matemáticos e cientistas esquecem que as emoções não são matemáticas...são hormonais e mnêmicas, mas podemos favorecê-las com nosso comportamento, fazendo melhores escolhas.

Quando estamos sozinhos em busca de um grande amor, procuramos freqüentar “baladas” e bares. Escolha errada. Dificilmente um grande amor, um relacionamento sério será originário de um encontro de um desses lugares. Nada contra baladas e bares, mas lugares como esses já carregam o estigma de espaços para “curtir” sem compromisso. A maioria que vai para esses lugares, já vai com essa disposição, assim dificilmente inicia uma conversa, um encontro ou um relacionamento com outra intenção que não seja aproveitar o momento presente e momentâneo. As pesquisas confirmam essa tendência. 68% dos relacionamentos sérios e mais duradouros e 53% dos passageiros as pessoas são apresentadas por conhecidos em comum. E 60% dos romances iniciam-se em ambientes semiprivados como escolas, trabalho ou uma festa de conhecidos. Ou seja, lugares nos quais já existe uma afinidade naturalmente maior. Apenas 10% dos romances iniciaram-se em bares e baladas.

Estar em boas condições de saúde física e financeira também influencia a paixão. Experimentos demonstraram que mulheres se sentem mais atraídas para um relacionamento sério por homens que apresentam uma situação financeira estável, do que por homens mais bonitos. Inconscientemente isso pode traduzir segurança, boa condições de gerar e manter uma prole. Já para os homens a beleza e juventude são pontos fortes para os homens. E novamente inconscientemente isso traduza procriação de uma prole saudável. Ou seja, paixão está ligada a condições adequadas de gerar e manter descendentes saudáveis. Está ligada a manutenção da espécie.
E nós o que fazemos, não temos participação alguma nisso?
Temos sim, muita participação na manutenção da paixão e na transmutação da paixão em amor. O sistema fisiológico inconsciente nos ajuda a achar, manter é só conosco, através das nossas atitudes e comportamentos. E daí entra outra novela, com outros tantos elementos inconscientes que favorecem ou não um relacionamento.


Colaboração de Jeanne Gallegari, Super interessante Edição 278


2 comentários:

Igor disse...

AMEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI *-*
o post ficou muito show Bia, muito bom mesmo! Realmente, hoje em dia as pessoas confundem MUITO amor com paixão, tanto que o "eu te amo" virou a coia mais banal do mundo, isso a gente vê todo dia, em quanto uns falam, outros fazem, vice-versa e assim o mundo está andando, achei super interessante as estatisticas e as previsõpes ciêntificas que fizeram a respeito do limite de parceiros e tudo mais, eu amo essas coisas de sentimentalismo e talz, me identifiquei bastante. HAHAHA

Julien disse...

Olá!
Estava pesquisando sobre Tipos de Depressão, quando encontrei seu blog!
Bem legal, ótimo trabalho!
Parabéns!!!

Jú.

www.depreposparto.blogspot.com