Escutamos com certa freqüência que fulano está deprimido, está triste e está “pra baixo”. Infelicidade, tristeza, desânimo, inutilidade, culpa e até vazio são sentimentos normais que qualquer pessoa pode sentir após acontecimentos indesejáveis, traumas e decepções. Porém, “depre” quando usado nesse sentido não necessariamente estamos falando de uma pessoa doente, com depressão. Esse termo é muito usado de forma banal para descrever momentos, no qual se encontram tristes. Em uma ou duas semanas esses sentimentos devem desaparecer. Fala-se de sentimentos e não da doença depressão que, apesar de semelhanças, é algo diferente e exige tratamento.
Apesar de caracterizada desde a antiguidade, representa hoje, uma das doenças mais comuns da era moderna. Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. Mesmo tento tratamento a depressão é um transtorno recorrente, sendo que aproximadamente 80% dos indivíduos que receberam tratamento para um episódio depressivo terão um segundo episódio depressivo ao longo de suas vidas. Quatro é a média de episódios que uma pessoa chega a ter durante sua vida.
A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. É um mal que acomete homens, mulheres e crianças, de todas as etnias e classes sociais, porém a ocorrência em mulheres é o dobro da ocorrência em homens. Todavia, esta diferença desaparece completamente entre os 50 e 55 anos. A depressão nervosa é causa comum de aposentadoria por invalidez na América do Norte e em outros países da Europa. Nos anos 90, a depressão foi considerada como a quarta causa de incapacitação. Segundo a OMS, em 2020, a depressão nervosa passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença, após doenças coronárias. Estima-se que 15% das pessoas com depressão grave tentam suicídio. Mais de 60% dos suicídios são atribuíveis a depressão. A taxa de suicídio entre depressivos é 30 vezes maior do que a média da população em geral. E apesar de acometer mais mulheres que homens, eles morrem quatro vezes mais por suicídio que elas (apesar de elas cometerem mais tentativas). Ainda, a depressão é considerada em várias partes do mundo como uma das doenças com maior taxa de mortalidade.
4 comentários:
Acredito que a mulher é mais afetada, pois vive numa competição velada uma com a outra. Se fosse uma guerra aberta, a insegurança feminina não seria tão fatal.
Fernando a mulher é mais afetada por depressão simplesmente porque ela desde a infância foi "treinada" a dar "ouvidos"as suas emoções. Lidar com as emoções faz parte do cotidiano feminino, enquanto que os homens usam muito mais a razão. Eles, quando acometidos pela depressão é muito amis em razão de estresse do que as mulheres.
Outros post sobre depressào irão abordar isso melhor.
Esse 'treinamento' de que fala é mesmo decisivo em muito de nossa maneira de agir. Penso que hoje em dia o comportamento emocional nos homens está se tornando mais comum, em grande parte porque a diferença de criação está se tornando tênue.
Rodinelli você tem todoa razão. Valores culturais influenciam em grande parte o nosso comportamento. Contudo, nossos próprios valores e princípios devem sempre nos guiar. E por sermos livres e inteligentes estamos sempre disponíveis a refletir sobre nossos atos, e crenças e reformula-las.
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