quinta-feira, 1 de abril de 2010

Páscoa

A palavra "páscoa" – do hebreu "peschad", em grego "paskha" e latim "pache" – significa "passagem".

Como na maioria das datas comemorativas religiosas, encontramos uma “confluência” de tradições pagãs, cristãs e outras, que dão forma e símbolos à festa. Apesar de serem de origem distintas têm em comum a essência do que é comemorado.

A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes. Ela anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera, que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março.

O ritual da Páscoa judaica é apresentado no livro do Êxodo (Ex 12.1-28). A celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, é uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos hebreus, no Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade, cujo protagonista principal desse evento foi Moisés no comando de seu povo pelo mar vermelho e deserto do Sinai. De evento histórico se torna evento de fé.

A Páscoa, festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo, que passou a ser celebrada após a última ceia de Jesus com os apóstolos, na quinta-feira santa. Os fiéis cristãos celebram a ressurreição de Cristo e sua elevação ao céu. Jesus oferecendo seu corpo e sangue consagra o sentido de libertação e de aliança. E ao celebrar a Páscoa (Mt 26,1-2.17-20), Ele institui a NOVA PÁSCOA, a Páscoa da libertação total do mal, do pecado e da morte numa aliança de amor de Deus com a humanidade. A celebração sempre começa na quarta-feira de cinzas e termina no domingo de Páscoa: é a chamada semana santa, mas muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera.

Na Idade Média os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa. Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida, o renascimento da terra. Ostara equivale, na mitologia grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres. Os ovos, símbolo da fertilidade, eram pintados com símbolos mágicos ou de ouro, eram enterrados ou lançados ao fogo como oferta aos deuses. Os egípcios e persas costumavam tingir ovos com cores da primavera e presentear os amigos. Para os povos antigos o ovo simbolizava o nascimento. Por isso, os persas acreditavam que a Terra nascera de um ovo gigante. É o Ovo Cósmico da vida, a fertilidade da Mãe Terra. Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.

Já o ovo de chocolate como conhecemos, surgem no século XX, mas está ligada a história das civilizações dos Maias e Astecas, que consideravam o chocolate como algo sagrado, tal qual o ouro.

A tradição do coelho da Páscoa foi trazida para as Américas pelos imigrantes alemães em meados do século 18. O coelho visitava as crianças e escondiam os ovinhos para que elas os procurassem.

No antigo Egito o coelho simbolizava o nascimento, a vida. Em outros pontos da terra era símbolo da fertilidade, pelo grande número de filhotes que nasciam. Assim o coelho é o símbolo da abundância da vida, de se multiplicar sem se esgotar.

O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.

No Novo Testamento, Cristo é o Cordeiro de Deus sacrificado uma vez por todas em prol da salvação de toda a humanidade. É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.

O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.

No Novo Testamento, Cristo é o Cordeiro de Deus sacrificado uma vez por todas em prol da salvação de toda a humanidade. É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.

O pão e o vinho, sobretudo na antiguidade, foram a comida e bebida mais comum para muitos povos. Cristo ao instituir a eucaristia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante entre e nas pessoas de boa vontade. Assim, o pão e o vinho simbolizam essa aliança eterna do Criador com a sua criatura e sua presença no meio de nós.

Com isso, ao celebrarmos a páscoa estamos celebrando e marcando a aliança do caminho à Luz, da Liberdade, a nossa Aliança com o Pai e relembrando que não estamos sós, pois Cristo está em Nós, seres de boa vontade.

Feliz Páscoa à todos!

2 comentários:

Rondinelli disse...

Bastante história, sempre é bom comemorar algo e saber porque o fazemos.
Bjs e Feliz páscoa.

lizete disse...

Parabéns Bia!
Por relembrarmos o verdadeiro
significado da Páscoa.
Beijão