O friozinho já chegou, e com ele a vontade de ingerir alimentos mais calóricos: chocolate quente, vinhos e foudues, sem falar que acabamos comendo mais carboidratos, por exemplo, as batatas e chocolates e outros doces, tudo para nos mantermos mais aquecidos.
Juntamente com essas delicias vem os quilinhos extras, que por hora não serão sentidos, pois as roupas pesadas e fechadas escondem os excessos. A preocupação será quando o calor voltar, na hora de expor o corpo, de ir à praia, de comprar o biquíni, usar a mini-saia. Mas não é preocupação de algumas pessoas. É uma preocupação mundial. Para se ter uma idéia do problema, hoje o aumento de peso é uma preocupação da Saúde Pública, considerado a obesidade como epidemia mundial. Cerca de 70 milhões de brasileiros, ou 40% da população, estão acima do seu peso ideal, estão com excesso de peso. O que mais assusta é a rapidez com que vem aumentando esse número. Estudos comparativos do Setor de Epidemiologia da Faculdade Pública da USP indicam que na década de 1970 as pessoas com excesso de peso eram 2,8% da população masculina. Em vinte e três anos esse número triplicou. Nesse mesmo período o índice feminino passou de 4,9% para 13%. A obesidade mata por ano, cerca de 300 mil pessoas nos Estados Unidos, e quase 100 mil no Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Por que esse aumento tão grande em pouco tempo?
Estamos em uma época, na qual, apesar de parecer contraditório, vivemos um modelo de beleza que prima por formas esguias e músculos bem definidos, que por si só já carregam o estereotipo de pessoa bem sucedida, inteligente etc., demandando certo tempo com ginástica, cuidados com o corpo e com a alimentação. E por outro lado vivemos em um mundo cada vez mais globalizado, da tecnologia, do sedentarismo, dos alimentos industrializados, ou seja, mais calóricos e da corrida contra o relógio, propiciando um altíssimo grau de tensão psicológica. Em um mundo que nos seduz ostensivamente através das propagandas às respostas passivas frente aos apelos e ideologia consumistas. Frente a tantos avanços, muitas vezes nos tornamos reféns da tecnologia ao invés de apenas fazermos bom uso da mesma, perdemos assim, a oportunidade de treinarmos alguns sentimentos como: frustração, raiva, tristeza, ansiedade, sentimento de solidão e outros.
Com esse panorama, podemos perceber que a obesidade adquire lugar fácil em nossas vidas, sendo hoje um dos maiores problemas de Saúde Pública no mundo. De acordo com a literatura médica, ela, a obesidade, é conceituada, como o estado no qual um indivíduo apresenta um excesso de tecido adiposo (gorduroso) no organismo em relação ao normal, sendo considerada como resultante de um desequilíbrio energético, decorrente de uma entrada (input) de energia no organismo que excede os gastos (output) (Bray,1989).
Definição e Classificação da Obesidade
Para que essa definição tenha aplicação prática, é necessário baseá-la em critérios matematicamente definidos. Para isso existe o Índice de Massa Corpórea (IMC), hoje aceito como padrão de medida internacional para obesidade.
A forma de cálculo para IMC é a divisão do peso (em kg) da pessoa por sua altura, elevada ao quadrado (em m²).
CATEGORIA IMCDesnutrição Abaixo de 14,5
Abaixo do Peso até 20
Peso Normal 20 - 24,9
Sobrepeso 25,0 - 29,9
Obeso 30,0 - 39,9
Obeso Mórbido 40 e acima
Cuide-se e cuidado com sua alimentação!!!
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