segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Açúcar, o doce pecado


Vários estudos confirmam. Ele é tentador, saboroso, mas viciante e sem nenhum valor nutritivo. E se não é o único responsável pelo mal-estar da civilização, e não o é, ainda sim é nocivo se consumido em grandes quantidades. Ele, em excesso está associado a obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares entre outros males.
Por ser 100% caloria, sem nutrientes, ele digere quase que instantaneamente, provocando uma elevação nos níveis de glicemia, otimizando o depósito de gordura nas células. Os efeitos nocivos da rápida e exagerada súbita dos níveis de glicose sanguínea é o aumento da secreção de insulina pelas células do pâncreas. Insulina em excesso baixa rapidamente essa taxa, mas abre o apetite, levando a pessoa a comer novamente e a engordar. Também há o risco desenvolver resistência a insulina, levando à diabetes.
Outros alimentos, como os carboidratos, também produzem esse mesmo efeito em maior ou menor grau. Para avaliar o impacto da glicemia desse açúcar em cada alimento, criou-se um conceito chamado carga glicêmica (CG).
A glicose só pode ser utilizada pela célula, onde se transforma em energia, na presença da insulina. A gordura em excesso funciona como uma glândula produtora de hormônios que desregulam o apetite, como a leptina, a resistina e a adiponectina.
Os alimentos com carga glicêmica baixa elevam menos as taxas de glicose no sangue, assim quando tiver que consumir alimentos a base de farinha prefira os de farinha integral.
As frutas também possuem açúcar (frutose), mas a carga glicêmica é menor. As frutas mais doces como a banana apresentam índice glicêmico maior. Assim, qualquer fruta deve ser consumida com moderação, pois em excesso irá também elevar o açúcar no sangue.
Até mesmo, hortaliças e grãos possuem carboidratos e aumentam a glicemia. A variação da glicose na corrente sangüínea se dará pelo tempo de digestão. Quanto maior o tempo de digestão menor a taxa de glicose. Fibras, proteínas e gorduras aumentam o tempo de digestão, diminuindo o índice glicêmico.
Bebidas alcoólicas também elevam a glicose no sangue já que boa parte delas é composta de carboidratos.
O açúcar pode viciar porque aumentam os níveis de dopamina e serotonina, substâncias produzidas no cérebro que estão associadas ao bem-estar, ao bom humor. Da mesma forma que quando esses níveis baixam no organismo a pessoa sente necessidade de consumir doces numa tentativa de repor esses níveis. Por essa razão, ser radical e cortar açúcar e carboidratos da dieta pode causar depressão.
Mas é possível comer sem culpa, desde que haja um mínimo de autodisciplina. Todo mundo sabe que o regime ideal requer um pouco de cada alimento, como as verduras, carnes, frutas, legumes e cereais.
A alimentação ideal deve ter 55% de carboidratos, 30% de gorduras e 15% de proteínas. Com esta proporção, os carboidratos ou açúcares deixam de ser os grandes vilões e os culpados pela cintura grossa.
Uma manobra interessante é a pessoa tentar ingerir mais vegetais, como os espargos, que diminuem esta vontade de atacar a geladeira. Quem tem uma vontade incontrolável de comer doces e não é diabético, pode optar por compotas de frutas ou outros doces sem gordura.
O importante é driblar esta vontade, com frutas, doces dietéticos, exercícios físicos que aumentam a serotonina, dando sensação de bem estar.
Porém, quando a situação for difícil de contornar, um profissional especializado, como um psicólogo e/ou psiquiatra, podem ajudar no tratamento de distúrbios da ansiedade que podem estar associados a este quadro.


Leia também: http://migre.me/6gVTk

Um comentário:

Amanda Cabral disse...

Estou seguindo teu blog aqui, adoro seus artigos sobre alimentação .
beijo :*