sábado, 26 de julho de 2008

Disturbios psicoemocionais associados

Concomitante a depressão encontramos alguns outros distúrbios psicoemocionais. Dentre eles, os mais comuns:

Quase todas as distimia irão ter fases de depressão mais fortes do que a Distimia habitual (Depressão Dupla).

Depressão bipolar ou psicose maníaco-depressiva. É também uma desordem primária, endógena e que se caracteriza por episódios depressivos alternados com fases de mania ou de humor normal, com estados de significativa mudança de humor do paciente (oscilações cíclicas do humor entre "altos" (mania) e "baixos" (depressão)). Quando em mania, torna-se falante, hiperativa, eufórica e/ou irritável, cheia de energia, grandiosa. Diminuição da necessidade do sono e otimismo excessivo. O indivíduo acredita ser capaz de realizar atos inimagináveis, relata ter várias habilidades, gasta dinheiro em excesso, entre outros. Já no episódio depressivo ocorre o processo contrário, podendo o paciente apresentar até mesmo ideação suicida. Quando deprimida, a pessoa pode ter um ou mais sintomas de depressão. A mania prejudica o raciocínio, a crítica (capacidade de julgamento) e o comportamento social, podendo ocasionar graves conseqüências e constrangimentos, pois a pessoa em fase mania se envolve facilmente em negócios mirabolantes e incertos ou em aventuras românticas e toma atitudes precipitadas e inadequadas. Se não tratada, a mania pode piorar, evoluindo para quadro psicótico (com delírios e/ou alucinações). Essa desordem afetiva estaria relacionada com um distúrbio da neurotransmissão central secundário a um déficit de neurotransmissores ou hipersensibilidade de seus receptores na fase depressiva e a um aumento destes neuro-hormônios ou da hipersensibilidade de seus receptores na fase maníaca. Corresponde a cerca de 10% de todas as depressões.

Depressão com sintomas psicóticos
Forma rara, porém grave, com delírios e alucinações

Ataques ou Síndrome do pânico.
Obsesseção, perfeccionismo.
TPM
Fibromialgia

quinta-feira, 17 de julho de 2008

CAUSAS da DEPRESSÃO


As causas da depressão podem ser inúmeras e podem ser multifatoriais. Acredita-se que a genética, alimentação, estresse, estilo de vida, drogas, e outros fatores estão relacionados com o surgimento da doença. A depressão pode ter origem em fatores endógenos (neuroquímicos, hormonais e genéticos), como em fatores exógenos (psicossociais), lembrando sempre que há uma esterita relação desses fatores, na qual um interfere e altera o outro.
A distimia geralmente aparece na infância, adolescência ou início da fase adulta e as causas podem ser relações familiares complicadas na infância, separação dos pais, orfandade, pais muito bravos, agressivos, distímico, famílias com maior incidência de depressão, pânico e Transtorno Obsessivo Compulsivo ou famílias com Transtornos de Personalidade, famílias com problemas de alcoolismo e/ou drogas. Ou ainda doenças incapacitantes e limitações físicas como cegueira, surdez, amputações, lesões de medula, dificuldades de locomoção e por reações duradouras de estresse pós-traumático.
A constituição psicológica também desempenha papel na vulnerabilidade à depressão. Pessoas com baixa auto-estima, que se vêem sistematicamente a si mesmas e ao mundo com pessimismo, ou que se deixam facilmente abater pelo estresse, são predispostas à depressão.
Uma pessoa mal humorada que não tem distimia, certamente pára de reclamar quando o motivo do mau humor é solucionado. Mas o mesmo não acontece com o distímico que continua achando problema em tudo.
Em algumas famílias, a depressão maior também parece ocorrer de geração em geração. Entretanto, pode igualmente manifestar-se em indivíduos que não possuem história familiar de depressão. Herdada ou não, a depressão maior está freqüentemente associada um possível desequilíbrio químico que envolve uma série de neurotransmissores em regiões do cérebro que comandam o humor, como o sistema límbico, o hipotálamo e o lobo frontal. Essa alteração bioquímica no cérebro é causada por um déficit no metabolismo, principalmente da serotonina, principal neurotransmissor, responsável pelo equilíbrio do humor e da sensação de bem-estar no indivíduo, mas também pode envolver a acetilcolina, dopamina, epinefrina e norepinefrina.
Essas alterações podem ser desencadeadas por agentes psicossociais como ocorrência de eventos negativos recentes como perdas significativas: morte de um ente querido ou perda do trabalho. Algumas doenças crônicas como: câncer, dores crônicas, doença coronariana, diabetes, Parkinson, derrame cerebral e outras. Dificuldade financeira, problemas no relacionamento afetivo/conjugal, estresse e falta de auto-estima. Alguns hormônios também podem ter um papel importante – ainda que isto não esteja muito claro. Ainda, atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal) responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são responsáveis por distúrbios depressivos importantes. Além desses, vale lembrar como efeito colateral do uso de certos medicamentos continuos, como betabloqueadores, corticosteróides, anti-histamínicos, analgésicos e antiparkinsonianos podem causar depressão, bem como a retirada de qualquer medicação utilizada a longo prazo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Tipos de depressão


Foi Hipócrates o primeiro a fazer relatos sobre ela. Ele criou a teoria dos 4 humores corporais (sangue, fleuma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra), no qual o equilíbrio ou desequilíbrio afeta a saúde. Segundo Hipocrates, Saturno levava o baço a secretar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo escurecendo seu humor, levando ao estado de melancolia. Foi no século XIX que Emil Kraeplin apresentou o conceito das depressões, semelhante à forma que elas são explicadas nos tempos atuais. Ao final do século XIX, a idéia de que os estados depressivos não tinham somente causa endógena foi fortalecida, surgiram diferentes terminologias, como por exemplo, depressão reativa, depressão neurótica, depressão de esgotamento, entre outras. Foi dentro deste panorama que se confirmou a hipótese de que a depressão tem causa multifatorial. A partir de 1993, a Organização Mundial de Saúde através da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), começou a adotar critérios fenomenológicos e descritivos para classificar as depressões.
A depressão não diagnosticada tem um impacto substancial na vida do indivíduo: traz sofrimento ao paciente, provoca grande tensão nas relações familiares, reduz a produtividade em relação ao trabalho. Isso sem falar nos altos custos gerados para os sistemas de saúde. E uma nova descoberta faz agravar ainda mais essa situação. “Todo episódio de depressão deixa rastros no cérebro. Quanto mais se espera por auxílio especializado, mais os neurônios vão sendo danificados. Um estudo realizado na Escandinávia relaciona a depressão não tratada ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Um paciente sem tratamento correto tem quatro vezes mais riscos de males como Alzheimer e Parkinson”, relata Thomas Schlaepfer, professor de psiquiatria da Universidade Johns Hopkins.
A depressão pode ser classificada em:
Primária (quando não tem uma causa detectável) ou
Secundária (atribuível a doenças físicas ou a medicamentos).
Genética, de acordo com o padrão de aparecimento em membros de uma mesma família (esporádica, espectral ou familial).
Unipolar (quando não há ocorrência de episódios de mania) ou bipolar (quando ocorrerem sintomas intercalados ou concomitantes de mania).
Leve ou grave, de acordo com a gravidade dos sintomas e o grau de comprometimento funcional.
Tipos de Depressão:Depressão reativa ou secundáriaSurge em resposta a um estresse identificável como perdas (reações de luto), doença física importante (tumores cerebrais, AVC, hipo ou hipertireoidismo, doença de Cushing, LES, etc.), ou uso de drogas (reserpina, clonidina, metildopa, propranolol, promazina, clorpormazina, acetazolamida, atropina, hioscina, haloperidol, corticosteróides, benzodiazepínicos, barbitúricos, anticoncepcionais, hormônios tireoidianos, etc). Corresponde a mais de 60% de todas as depressões.Depressão menor ou distimiaÉ uma desordem depressiva crônica, na qual os sintomas permanecem por períodos longos de tempo de forma leve, no qual o paciente consegue funcionar socialmente, mas sem experimentar prazer.Depressão maior ou unipolarÉ uma desordem depressiva primária, endógena, caracterizando-se por episódios depressivos no paciente predisposto à doença. Resultaria de tendência inata, determinada por fatores hereditários e bioquímicos que produziriam um distúrbio da neurotransmissão central, secundária a um déficit funcional de neurotransmissores (dopamina, noradrenalina e/ou serotonina) e/ou a uma alteração transitória de seus receptores ao nível do SNC. Durante o episódio, os sintomas depressivos são severos e intensos, causando prejuízo significativo nas atividades sociais, ocupacionais e de lazer do indivíduo, havendo alto risco de suicídio se não tratado. Corresponde a 25% de todas as depressões. A Depressão Maior pode ser manifestada apenas por um único episódio, ou ser recorrente.Depressão bipolar ou psicose maníaco-depressivaÉ também uma desordem primária, endógena e que se caracteriza por episódios depressivos alternados com fases de mania ou de humor normal, com estados de significativa mudança de humor do paciente (oscilações cíclicas do humor entre "altos" (mania) e "baixos" (depressão)). Quando deprimida, a pessoa pode ter alguns ou todos os sintomas de depressão. Quando em mania, torna-se falante, eufórica e/ou irritável, cheia de energia, grandiosa. A mania prejudica o raciocínio, a crítica (capacidade de julgamento) e o comportamento social, podendo ocasionar graves conseqüências e constrangimentos, pois a pessoa em fase mania se envolve facilmente em negócios mirabolantes e incertos ou em aventuras românticas e toma atitudes precipitadas e inadequadas. Se não tratada, a mania pode piorar, evoluindo para quadro psicótico (com delírios e/ou alucinações). Essa desordem afetiva estaria relacionada com um distúrbio da neurotransmissão central secundário a um déficit de neurotransmissores ou hipossensibilidade de seus receptores na fase depressiva e a um aumento destes neuro-hormônios ou da hipersensibilidade de seus receptores na fase maníaca. Corresponde a cerca de 10% de todas as depressões.Depressão pós-partoOcorre entre 2 semanas a 12 meses após o parto, com risco maior em mulheres com antecedentes de depressão. Considera-se que o parto seja um potente estressor, desencadeando depressão em mulheres com tendência à mesma. Este tipo de depressão pode dever-se a perturbações e alterações do foro emocional e/ou hormonal, uma vez que o corpo da mulher sofre demasiadas alterações com o nascimento de um bebê.
Tensão pré-menstrual (TPM)
Há depressão acentuada, irritabilidade e tensão antes da menstruaçãओ. Afeta entre 3% e 8% das mulheres em idade fértil.