segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sintomas da esquizofrenia


A esquizofrenia é um disturbio que afeta as emoções, o pensamento, as percepções e o comportamento. Os sintomas são: alterações do pensamento, alucinações (sobretudo auditivas), delírios e perda de contato com a realidade. Junto da paranoia (transtorno delirante persistente, na CID-10) e dos transtornos graves do humor (a antiga psicose maníaco-depressiva, hoje fragmentada na CID-10 em episódio maníaco, episódio depressivo grave e transtorno bipolar), as esquizofrenias compõem o grupo das psicoses.

A esquizofrenia se caracteriza essencialmente por uma fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento, acompanhada pela dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas. Embora primariamente uma doença que afeta os processos cognitivos[de conhecimento], os seus efeitos repercutem-se também no comportamento e nas emoções.

Os sintomas da esquizofrenia não são os mesmos de indivíduo para indivíduo, podendo aparecer de forma insidiosa e gradual que nem o paciente nem as pessoas próximas percebem que algo vai errado: só quando comportamentos abertamente desviantes se manifestam. O período entre a normalidade e a doença deflagrada pode levar meses. Mas há casos que ocorrem muito pelo contrário, manifestam-se de forma explosiva e instantânea, em questão de poucas semanas ou mesmo de dias. A pessoa muda seu comportamento e entra no mundo esquizofrênico. Assim, não há uma regra fixa quanto ao modo de início. Geralmente a esquizofrenia começa durante a adolescência ou quando adulto jovem.

 

Esse disturbio se caracteriza essencialmente por uma fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento, acompanhada pela dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas. Sendo que os seus efeitos repercutem-se também no comportamento e nas emoções. Os sintomas da esquizofrenia não são os mesmos de indivíduo para indivíduo. Estes podem ser divididos em duas grandes categorias: sintomas positivos e negativos.

Os sintomas positivos são aqueles que não deveriam estar presentes como as alucinações, e os negativos aqueles que deveriam estar presentes, mas estão ausentes, como o estado de ânimo, a capacidade de planejamento e execução, por exemplo. Portanto sintomas positivos não são bons sinais, nem os sintomas negativos são piores que os positivos.

Sintomas positivos

Os sintomas positivos estão presentes com maior visibilidade na fase aguda da crise:

As alucinações - as mais comuns nos esquizofrênicos são as auditivas. O paciente geralmente ouve vozes depreciativas que o humilham, xingam, ordenam atos que os pacientes reprovam, ameaçam, conversam entre si falando mal do próprio paciente. Pode ser sempre a mesma voz, podem ser de várias pessoas. Podem ser vozes de pessoas conhecidas ou desconhecidas, podem ser murmúrios e incompreensíveis, ou claras e compreensíveis.

Delírios- de longe os mais comuns na esquizofrenia são os persecutórios. São as idéias falsas que os pacientes têm de que estão sendo perseguidos, por exemplo, que está a ser perseguido pela polícia secreta, que querem matá-lo ou fazer-lhe algum mal. Os delírios podem também ser bizarros como achar que está sendo controlado por extraterrestres que enviam ondas de rádio para o seu cérebro. Ou acha que é o responsável pelas guerras do mundo. O delírio de identidade (achar que é outra pessoa) é a marca típica do doente mental que se considera Napoleão. No Brasil o mais comum é considerar-se Deus ou Jesus Cristo. Geralmente o esquizofrênico tem um pensamento e discurso desorganizado. Elabora frases sem qualquer sentido ou inventa palavras, assim como manifesta alterações do comportamento, como ansiedade, impulsos e agressividade.

 
Sintomas negativos

São o resultado da perda ou diminuição das capacidades mentais, acompanham a evolução da doença e refletem um estado deficitário ao nível da motivação, do discurso, do pensamento. Esse estado é muito comum, praticamente uma unanimidade nos pacientes depois que as crises com sintomas positivos cessaram.

Embotamento afetivo - As emoções não são sentidas como antes.

Isolamento social - O isolamento é praticamente uma conseqüência dos sintomas acima. Uma pessoa que não consegue sentir nem se interessar por nada, cujos pensamentos estão prejudicados e não consegue diferenciar bem o mundo real do irreal não consegue viver normalmente na sociedade.

Os sintomas negativos não devem ser confundidos com depressão. A depressão é tratável e costuma responder às medicações, já os sintomas negativos da esquizofrenia não melhoram com nenhum tipo de antipsicóticos. A grande esperança dos novos antipsicóticos de atuarem sobre os sintomas negativos não se concretizou, contudo esses sintomas podem melhorar espontaneamente

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terça-feira, 13 de abril de 2010

Esquizofrenia

Hoje em dia, não mais é encarada como doença, mas como um transtorno do funcionamento cerebral, que se caracteriza classicamente por uma coleção de sintomas, os quais atingem todas as classes sociais, culturais, economicas e de generos.
De acordo com algumas estatísticas, a esquizofrenia atinge 1% da população mundial, manifestando-se habitualmente entre os 15 e os 25 anos de idade, nos homens e nas mulheres, podendo igualmente ocorrer na infância ou na meia-idade.
A origem ou causa da esquizofrenia ainda não está totalmente esclaredcida, mas sabe-se que é multifatorial, com um forte componente genético.

Teoria genética
A teoria genética admite que vários genes podem estar envolvidos, contribuindo juntamente com os fatores ambientais para o eclodir da doença. Pessoas sem nenhum parente esquizofrênico têm 1% de chances de virem a desenvolver esquizofrenia. Sabe-se que a probabilidade de um indivíduo vir a sofrer de esquizofrenia aumenta se houver um caso desta doença na família. Com algum parente distante essa chance aumenta para 3 a 5%. No caso de um dos pais sofrer de esquizofrenia, a prevalência da doença nos descendentes diretos é de 10 a 15%. Com um irmão esquizofrênico as chances aumentam para aproximadamente 20%, quando o irmão possui o mesmo código genético (gêmeo idêntico) as chances de o outro irmão vir a ter esquizofrenia são de 50 a 60%. Na situação em que ambos os pais se encontram atingidos pela doença, esse valor sobe para 40%.
No entanto, mesmo na ausência de história familiar, a doença pode ainda ocorrer.

Teoria neurobiológica
As teorias neurobiológicas defendem que a esquizofrenia é essencialmente causada por alterações bioquímicas e estruturais do cérebro, levando a um desequilíbrio neuroquímico em especial com uma disfunção dopaminérgica, embora alterações noutros neurotransmissores estejam também envolvidas no que se relacionam com comportamento, pensamento e senso-percepção. Essa teoria é a mais aceita, devido o sucesso das medicações atuarem através do bloqueio dos receptores (D2) da dopamina. A maioria dos neurolépticos (antipsicóticos) atua precisamente nos receptores da dopamina no cérebro, reduzindo a produção endógena deste neurotransmissor. Exatamente por isso, alguns sintomas característicos da esquizofrenia podem ser desencadeados por fármacos que aumentam a atividade dopaminérgica (ex: anfetaminas).
Teoria do Fluxo Sangüíneo Cerebral
As pessoas com esquizofrenia parecem ter dificuldade na "coordenação" das atividades entre diferentes áreas cerebrais. Por exemplo, ao se pensar ou falar, a maioria das pessoas mostra aumento da atividade nos lobos frontais, juntamente a diminuição da atividade de áreas não relacionadas a este foco, como a da audição. Nos pacientes esquizofrênicos observamos anomalias dessas ativações. Por exemplo, ativação da área auditiva quando não há sons (possivelmente devido a alucinações auditivas), ausência de inibição da atividade de áreas fora do foco principal, incapacidade de ativar como a maioria das pessoas, certas áreas cerebrais. A Tomografia por Emissão de Pósitrons mede a intensidade da atividade pelo fluxo sangüíneo: uma região cerebral se ativa, recebendo mais aporte sangüíneo, o que pode ser captado pelo fluxo sangüíneo local. Ela mostrou um funcionamento anormal, mas por enquanto não temos a relação de causa e efeito entre o que as imagens revelam e a doença: ou seja, não sabemos se as anomalias, o déficit do fluxo sangüíneo em certas áreas, são a causa da doença ou a conseqüência da doença.
As teorias familiares surgiram na década de 1950, apesar de terem bastante interesse histórico, são as que menos fundamento cientifico têm. Baseadas umas no tipo de comunicação entre os vários elementos das famílias e aparecendo outras mais ligadas às estruturas familiares. No entanto, estudos posteriores vieram desconfirmar esta hipótese, relacionando aquele comportamento naterno mais com etiologias neuróticas e não com a psicose.
Um exemplo de esquizofrênico famoso é o matemático americano John Forbes Nash, do filme Uma Mente Brilhante, que apesar do desafio de conviver por toda a vida com os sintomas típicos, foi um intelectual importante e deixou grandes contribuições às áreas de economia, biologia e teoria dos jogos.

Talvez por, também, atingir pessoas com “mentes protigiosas”, muito inteligêntes e por serem os sintomas pouco perceptiveis a quem tem pouco convínio ou não preste atenção nas mudanças, que o diagnostico é dificil e muitas vezes tardio. Contudo não há “cura” mas controle dos sintomas.



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segunda-feira, 5 de abril de 2010

O Dia da Mentira


“Enganei o bobo na casca do ovo...”



Quem nunca ouviu ou cantou essa musiquinha após pregar em alguém ou receber uma peça?



Dia 1º de Abril, o dia da mentira... E se é como dizem que “mentira tem perna curta” eu não sei, mas a brincadeira já dura 5(cinco) séculos. Como qualquer tradição há muitas versões. Contudo a mais difundida vem da França do século XVI. Naquela época, o ano novo era celebrado 1º de abril, e isso não é uma pegadinha. Com a adoção do calendário gregoriano, nosso atual calendário, a virada do ano passou a ser comemorada em 1º de janeiro, gerando muita confusão. Aproveitando-se disso - como sempre há pessoas que se aproveitam positivamente das dificuldades dos outros – muita gente começou a brincar com os amigos enviando falsos convites para as festas de réveillon em abril, dando á origem de aprontar com os amigos no Dia da Mentira.



Há quem saiba pregar uma “bela” peça, que transmitem total credibilidade ao outro, por vezes até podendo causar uma “saia-justa” ou grande desconforto e mal estar físico. Mas, também há aqueles que não sabem disfarçar e acabam se entregando. São pessoas que se desmentem através da linguagem corporal. Pesquisas norte americanas verificaram que quem mente, normalmente repete gestos como esconder as mãos ou usá-las para cobrir a boca ou coçar o nariz, demonstrando inconscientemente o desconforto em estar mentindo. E/ou, quem mente evita olhar diretamente nos olhos de outra pessoa.
Assim, o bom dessa brincadeira é divertir-se sem causar prejuízo para nenhuma das partes, ou seja, deve ser uma coisa restrita ao momento e aos amigos. A brincadeira deve ser desmentida o mais breve possível para que não cause sofrimento emocional ou seja exposta à constrangimentos.




Colaboração de Érison Martins da redação do Folha de Alphaville. 01. 04. 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Páscoa

A palavra "páscoa" – do hebreu "peschad", em grego "paskha" e latim "pache" – significa "passagem".

Como na maioria das datas comemorativas religiosas, encontramos uma “confluência” de tradições pagãs, cristãs e outras, que dão forma e símbolos à festa. Apesar de serem de origem distintas têm em comum a essência do que é comemorado.

A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes. Ela anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera, que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março.

O ritual da Páscoa judaica é apresentado no livro do Êxodo (Ex 12.1-28). A celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, é uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos hebreus, no Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade, cujo protagonista principal desse evento foi Moisés no comando de seu povo pelo mar vermelho e deserto do Sinai. De evento histórico se torna evento de fé.

A Páscoa, festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo, que passou a ser celebrada após a última ceia de Jesus com os apóstolos, na quinta-feira santa. Os fiéis cristãos celebram a ressurreição de Cristo e sua elevação ao céu. Jesus oferecendo seu corpo e sangue consagra o sentido de libertação e de aliança. E ao celebrar a Páscoa (Mt 26,1-2.17-20), Ele institui a NOVA PÁSCOA, a Páscoa da libertação total do mal, do pecado e da morte numa aliança de amor de Deus com a humanidade. A celebração sempre começa na quarta-feira de cinzas e termina no domingo de Páscoa: é a chamada semana santa, mas muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera.

Na Idade Média os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa. Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida, o renascimento da terra. Ostara equivale, na mitologia grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres. Os ovos, símbolo da fertilidade, eram pintados com símbolos mágicos ou de ouro, eram enterrados ou lançados ao fogo como oferta aos deuses. Os egípcios e persas costumavam tingir ovos com cores da primavera e presentear os amigos. Para os povos antigos o ovo simbolizava o nascimento. Por isso, os persas acreditavam que a Terra nascera de um ovo gigante. É o Ovo Cósmico da vida, a fertilidade da Mãe Terra. Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.

Já o ovo de chocolate como conhecemos, surgem no século XX, mas está ligada a história das civilizações dos Maias e Astecas, que consideravam o chocolate como algo sagrado, tal qual o ouro.

A tradição do coelho da Páscoa foi trazida para as Américas pelos imigrantes alemães em meados do século 18. O coelho visitava as crianças e escondiam os ovinhos para que elas os procurassem.

No antigo Egito o coelho simbolizava o nascimento, a vida. Em outros pontos da terra era símbolo da fertilidade, pelo grande número de filhotes que nasciam. Assim o coelho é o símbolo da abundância da vida, de se multiplicar sem se esgotar.

O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.

No Novo Testamento, Cristo é o Cordeiro de Deus sacrificado uma vez por todas em prol da salvação de toda a humanidade. É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.

O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.

No Novo Testamento, Cristo é o Cordeiro de Deus sacrificado uma vez por todas em prol da salvação de toda a humanidade. É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.

O pão e o vinho, sobretudo na antiguidade, foram a comida e bebida mais comum para muitos povos. Cristo ao instituir a eucaristia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante entre e nas pessoas de boa vontade. Assim, o pão e o vinho simbolizam essa aliança eterna do Criador com a sua criatura e sua presença no meio de nós.

Com isso, ao celebrarmos a páscoa estamos celebrando e marcando a aliança do caminho à Luz, da Liberdade, a nossa Aliança com o Pai e relembrando que não estamos sós, pois Cristo está em Nós, seres de boa vontade.

Feliz Páscoa à todos!