quarta-feira, 27 de junho de 2012

Armadilhas Light X Diet




Engana-se quem acha que são iguais. Muita gente não sabe mesmo a diferença entre esses dois produtos e acreditam que ambos são menos engordativos que os produtos normais.

Produtos dietéticos são produtos isentos de açúcar, sódio e proteína e geralmente são recomendados para diabéticos. Porém, não é pelo simples fato de não conterem açúcar que não engordem. Muitos alimentos dietéticos costumam ser até mais gordurosos e calóricos que os alimentos normais. O aumento da gordura nesses produtos tem a função de dar saciedade e garantir a textura. A gordura também tenta, no lugar do açúcar, dar algum sabor ao produto. E ainda, segundo a nutricionista Catharina Paiva, que também trabalha no Dante Pazzanese além do valor calórico, devemos observar nos rótulos as seguintes informações:

Proteína (em gramas): fundamental para a musculatura.

Gordura total (em gramas): apesar de carregar má reputação, é importantíssima para nossas células, porque está por trás do aproveitamento de vitaminas. Gordura saturada (em gramas): em excesso, favorece o acúmulo de colesterol ruim nos vasos. Gordura trans (em gramas): essa é a verdadeira vilã. Faz subir os níveis de colesterol ruim e, dessa forma, bota o peito em risco. Fibras (em gramas): auxiliam no trânsito intestinal e dão um chega pra lá na prisão de ventre. Sódio (em miligramas): acusado de fazer subir a pressão arterial, também promove a retenção de líquidos quando consumido além da conta.

E ainda para um produto ser considerado menos calórico, deve ter a redução de calorias, em pelo menos, 25%. Por vezes, principalmente quando a diferença calórica de um produto light e normal for pequena, vale mais a pena consumir o produto normal em menos quantidade do que o light ou diet que perdem em saciedade e dão a falsa ilusão de não engordar, levando a pessoa a consumi-los em maior quantidade.



Dada a dica: fique de olho nos rótulos


Fonte: colaborou com algumas informações o site: emagrecendobrasil


sexta-feira, 15 de junho de 2012

ONU Mulheres





Foi criada há um ano a ONU Mulheres, tendo como diretora-executiva, Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile (2006-2010). A criação da ONU Mulheres coincidiu com profundas mudanças no mundo em relação à desigualdade de gêneros até as mobilizações pela liberdade e a democracia no mundo árabe, reafirmando a convicção da ONU Mulheres de que um futuro sustentável só poderá ser alcançado por mulheres, homens e jovens que desfrutem da igualdade plena.

Desde o século passado temos testemunhado transformações como nos direitos legais, avanços na educação e participação das mulheres na vida pública. Contudo, ainda precisamos de governos que modifiquem leis, empresas que ofereçam empregos decentes e remunerações iguais, (hoje ainda com um GAP de pelo menos 30% menor), pais e mães que ensinem seus filhos e filhas que todos os seres humanos têm que ser tratados do mesmo modo.

Apesar dos enormes avanços, nenhum país pode se declarar totalmente livre da discriminação de gênero. Essa desigualdade se manifesta nos hiatos de salários e oportunidades, na baixa representação de mulheres nos postos de liderança, nos casamentos precoces e na violência contra as mulheres em todas as suas formas.

Porém, a maior disparidade está na área rural. Mulheres e meninas enfrentam alguma das piores desigualdades no acesso a serviço sociais, à terra e a outros bens de produção.

Dar o mesmo acesso as mulheres agricultoras oferecido aos homens, tiraria da fome entre 100 e 150 milhões de pessoas. Dar renda, direito à terra e crédito às mulheres, haveria menos meninos e meninas desnutridos.

Por outro lado, toda mulher deve ter o direito de escolha em trabalhar fora ou não. O que já foi bandeira do feminismo, hoje pode ser um estrangulamento da liberdade de escolha, uma prisão. A mulher deveria ter liberdade suficiente para decidir trabalhar fora ou não. Casar ou não, ter filhos ou não sem constrangimento. A ideia de casar e ficar em casa cuidando dos filhos deve ser uma opção não vista como algo contra as mulheres, como uma ideia machista e preconceituosa, porque se não saímos do machismo radical para o feminismo radical e continuaremos aprisionadas em escolhas de massa ditadas por poucos.





Fonte: Jornal Folha de S. Paulo, tendências/debates, 8 de março 2012. Algumas frases são quase literais e pertencem a Michelle Bachelet e a Talyta Carvalho.



quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa



O objetivo é despertar uma consciência social e política, da existência da violência contra a pessoa idosa.


 
O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, 15 de junho será marcado com uma Blitz, a partir das 7 horas no semáforo da Rodoviária, realizada pelo Conselho Municipal dos Direitos do Idoso, Secretaria Municipal de Assistência Social através do Núcleo de Convivência do Idoso, Centro de Referência de Assistência Social - CRAS e Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS.

No Brasil, as violências contra idosos se expressam em tradicionais formas de discriminação, são frequentes as denúncias de maus-tratos e negligências. E no lar onde convive com a família, que é a chave da sociedade, o elemento básico, não como lugar, mas sim como relação, que ocorre choque de gerações.

Assim, buscando romper com esse pacto do silêncio a Organização das Nações Unidas (ONU), declarou o dia 15 de junho como Dia Mundial de Conscientização da Violência à Pessoa Idosa.

As pessoas idosas têm asseguradas na Constituição Federal e em leis específicas os direitos necessários para viver com dignidade. O Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03) prevê que, é obrigação do Poder Público garantir às pessoas idosas a proteção à vida, à saúde, à acessibilidade, ao atendimento preferencial, entre outras medidas que garantam o seu bem-estar e envelhecimento saudável.

É preciso formar uma consciência para denunciar e romper com esse ciclo de violência e proteger nossos idosos.



segunda-feira, 11 de junho de 2012

Paradoxos


Brasil, o país do paradoxo: mais de 45 milhões de pessoas desnutridas e/ou com anemias, levam o governo federal a criar o Fome Zero e do outro lado mais de 70 milhões, por volta de 40% da população adulta (IBGE) apresentam excesso de peso, sendo que encontramos mais de 8% de homens e mais de 12% de mulheres com obesidade em algum grau.

São aproximadamente 80 mil mortes associadas à obesidade. Não se trata de estética ou pré-conceito, mas de saúde. É ledo engano achar que um gordo pode ser saudável. Não por muito tempo. Com o avançar dos anos irá adquirir alguma doença associada que poderia ser evitada caso mantivesse o peso normal.

A obesidade pode ter início em qualquer época da vida. Contudo é notório que a obesidade infantil esteja aumentando vertiginosamente. Segundo OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) nos últimos 20 anos houve um aumento de 240% de obesidade entre crianças e adolescentes brasileiros.

A obesidade infantil se inicia com os pais, mesmo que estes não apresentem excesso de peso ou obesidade. Estima-se que 30% da gordura corpórea sejam de determinação genética. Herda-se uma pré-disposição, uma probabilidade, mas é um ambiente facilitador que disponibiliza a manifestação da obesidade. Alguns pediatras creditam a obesidade ao desmame precoce que pode levar a introdução inadequada de alimentos suplementares. Porém o desmame tardio, pode igualmente levar ao aumento de peso pela dependência e associação da comida com alguns estados emocionais desfavoráveis. Para o Ministério da Saúde, o Brasil está passando por um período de transição nutricional. Trata-se do abandono de hábitos alimentares saudáveis (o consumo de frutas, verduras e cereais), e da adoção de uma dieta pobre nutricionalmente, rica em sal, açúcar, gorduras e poucas fibras.

Hoje temos muito mais conforto, variedade de produtos e melhores condições de adquiri-las. Mas, exatamente esses fatores em conjunto com menor número de filhos por casal ou filhos únicos, pais tardios e o ingresso da mulher no mercado de trabalho acaba favorecendo a uma superalimentação como forma de superproteção. Na adolescência, o fator mais relevante encontrado foi o sedentarismo estimulado principalmente pelos adventos da modernidade e pela falta de segurança.

O paradoxo está também na questão econômica: quanto maior o poder aquisitivo, maior a obesidade, principalmente entre homens (principalmente entre os executivos) e adolescentes. Curioso é que, os alimentos mais saudáveis são mais caros para serem adquiridos e demandam mais trabalho para serem consumidos, remetendo-nos ao antigo preceito de acumulo de riquezas representado pelo acumulo de gordura corporal.

Entre as mulheres ocorre exatamente o contrário. A obesidade é mais frequente entre as mulheres de menor renda. E aqui novamente podemos supor que estão envolvidos conceitos cristalizados da mulher magra como símbolo de competência e sucesso profissional contrastando com o símbolo de mulher dona-de-casa e corpo corpulento.

Outro fator interessante a ser notado é que a concentração de pessoas com excesso de peso, esta localizada, na sua grande maioria, nas cidades, nos centros urbanos, nas quais se encontra maior oferta de trabalhadores domésticos, fácil acesso aos produtos saudáveis e diversidade de centros de emagrecimentos como médicos, academias, spas e outros.

Tanto o maior poder de renda e a urbanização encontram-se na região sudeste e sul do país, a mesma na qual se encontram o maior número de obesos.