sábado, 27 de fevereiro de 2010

Uma coisa leva a outra


Índices altos de colesterol totais estão relacionados a maior risco de desenvolver câncer de próstata, foi o que um estudo com mais de 5 mil homens pela Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health encontrou. Aqueles com níveis totais de colesterol menores de 200 mg/dl apresentaram 59% menos risco de desenvolver câncer de próstata agressivo. Isso talvez porque as moléculas de colesterol interfiram na sobrevida das células cancerosas, burlando o ciclo normal de vida e morte celular. Contudo, altos índices de “colesterol bom”, o HDL está associado a um menor risco de desenvolvimento de câncer. O Tufts Madical Center que apresentou esse estudo no congresso da American Heart Association, em Orlando. A resposta de como isso acontece ainda não está totalmente esclarecida, mas acredita-se que seja pelo fato do HDL estar relacionado ao mecanismo inflamatório, sendo que HDL desempenha um papel antiinflamatório, matando assim a s células cancerosas. Outra hipótese pode estar no efeito antioxidante de uma proteína existente no HDL, já que substâncias antioxidantes ajudam na prevenção dos tumores. Porém, não podemos esquecer que geralmente quem possui altos níveis de HDL apresentam melhores hábitos de vida, o que também influência no aparecimento ou não dos cânceres.


Colaboração do Dr. Carlos Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Dados retirados do caderno Saúde do Jornal Folha de S. Paulo (21/11/2009)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Desenvolvimento do país altera causa morte da população


Ainda liderando o ranking das causas mortes (29,4% das conhecidas), tendo como principal vilão o AVC (acidente vascular cerebral), seguida de obstrução arterial e infarto do miocárdio, as doenças do aparelho respiratório (10%), problemas cardiovasculares estão matando menos. Houve um decréscimo de 187,9 por 100 mil habitantes para 149,4 em nove anos, principalmente devido à tecnologia mais avançadas, ampliação do acesso à saúde e em grande parte a redução do tabagismo. Isso pressupõe que em anos vindouros essa queda será ainda maior com as campanhas antifumo que foram implantadas. Em 1989, 31% dos brasileiros eram fumantes. Em 2008 pesquisa realizada com moradores das principais capitais apontava que 16,1% eram fumantes. Por outro lado, cada vez mais pessoas estão morrendo por diabetes. O ministério da Saúde atribui esse aumento ao excesso de peso da população que está cada vez mais gorda, já que uma das principais causas da diabetes tipo 2 é a obesidade. Em 1996, as mortes em decorrência da diabetes eram de 16,3 habitantes em cada mil e passou em 2006 para 24 a cada 100 mil, considerando apenas o sexo masculino na faixa etária entre 24 e 74 anos. Se considerarmos o sexo feminino nessa mesma faixa etária o aumento de causa morte pela doença foi de 1% no ano, já o masculino foi de 2,3% ao ano. Repetindo estatísticas de 2005, temos ainda os tumores (cânceres) como segunda maior causa de morte, responsável por 15% dos óbitos no país em 2006. E em terceiro lugar, com 12,4% das mortes estão as causas externas como homicídio e acidente de trânsito.
A altura média dos brasileiros, tanto de homens quanto de mulheres aumentou 3 cm, mostrando, segundo o Ministério da Saúde, que há melhoria na renda da população, um aumento da cobertura do Programa de Saúde e Família e um maior índice de escolaridade das mães entre outros fatos. Isto significa que houve um desenvolvimento do país e que está em crescimento econômico fazendo com que a desnutrição crônica caísse e “as crianças puderam crescer com toda a sua potencialidade genética”. (Débora Malta – coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde) Mas por outro lado, esses fatores também favorecem ao aumento de peso da população. Indicadores mostram que na média os brasileiros estão dentro de parâmetros saudáveis, mas encontram-se no limite com IMC de 24,7 para as mulheres e de 24,6 para os homens. A obesidade vem crescendo principalmente entre jovens entre 10 e 19anos de idade em ambos os sexos. Assim conclui-se que os brasileiros estão se alimentando mais, porém com pior qualidade e se exercitando menos. Márcio Mancini, presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) e médico do Hospital das Clínicas, aponta que o problema pode estar ligado à questões culturais e urbanísticas, sem desconsiderar a proliferação dos fast-foods e de comidas industrializadas e as cidades violentas, mal iluminadas e com pouco lazer gratuito que favorecem ao sedentarismo.


Quer ficar fora dessa estatística? Leia http://www.abcdaobesidade.com.br e adquira um peso normal e boa saúde.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval desde quando?


Assim como as fantasias escondem, disfarçam e criam um personagem deixando nebulosa a identidade de quem às usa, a origem do carnaval também está envolto em mistérios e incertezas. Embora seja encontrado já no latim medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas. Ou seja, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias nos quais, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.
É possível que suas raízes se encontrem num festival religioso primitivo, pagão, que homenageava o início do Ano Novo e o ressurgimento da natureza. Mas há quem diga que suas primeiras manifestações ocorreram na Roma dos césares, ligadas às famosas saturnálias, de caráter orgíaco.
Contudo, o rei Momo é uma das formas de Dionísio, o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo, nos faz recuar a origem do carnaval para a Grécia arcaica, para os festejos que honravam a colheita. Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.
Assim, podemos dizer que o Carnaval, hoje considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo tem sua origem em um conjunto de festividades populares que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o início da Quaresma, principalmente do domingo da Qüinquagésima à chamada terça-feira gorda. Embora centrado no disfarce, na música, na dança e em gestos, a folia apresenta características distintas nas cidades em que se popularizou.
Mas, o nosso carnaval foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália, Portugal e França, na qual o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia. No Brasil, o primeiro carnaval surgiu em 1641, promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides em homenagem ao rei Dom João IV, restaurador do trono de Portugal.
Os dias exatos do início e fim da estação carnavalesca variam de acordo com as tradições nacionais e locais, e têm-se alterado no tempo. Assim, em Munique e na Baviera (Alemanha), ela começa na festa da Epifania, 6 de janeiro (dia dos Reis Magos), enquanto em Colônia e na Renânia, também na Alemanha, o carnaval começa às 11h11min do dia 11 de novembro (undécimo mês do ano). Na França, a celebração se restringe à terça-feira gorda e à mi-carême, quinta-feira da terceira semana da Quaresma. Nos Estados Unidos, festeja-se o carnaval principalmente de 6 de janeiro à terça-feira gorda (mardi-gras em francês, idioma dos primeiros colonizadores de Nova Orleans, na Louisiana), enquanto na Espanha a quarta-feira de cinzas se inclui no período momesco, como lembrança de uma fase em que esse dia não fazia parte da Quaresma.




Assunto relacionado: http://migre.me/7EdrG

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A velha Guerra dos sexos

Biologicamente já está comprovado que nem meninas, nem meninos são mais inteligentes uns que os outros. Ainda assim, várias nações estudaram e detectaram através dos mais avançados instrumentos de avaliação de ensino que as meninas estão à frente dos meninos até nas áreas de ciências e matemática.
Avaliações realizadas por pesquisadores da USP mostram que em todas as áreas as meninas mostram um desempenho melhor que os meninos, ficando maior esta distância quando o estudo é realizado dentro da sala de aula. Até mesmo em países com níveis mais altos de igualdade de gênero (Suécia, Noruega e Islândia), há pouca diferença na área de exatas, mas não em literatura, na qual as meninas se destacam mais.
Uma explicação para tal diferença pode estar na questão cultural, uma vez que o ambiente escolar em quase todos os países é representado em maior número por professoras, principalmente nos anos iniciais.
O mais irônico e que apesar das pesquisas obterem esse resultado e mostrarem que a mulher se dedica mais anos aos estudos acadêmicos, ainda encontramos muitas diferenças no mercado de trabalho em relação aos gêneros: salários femininos 30% menores em média e poucos cargos de direção/comando ocupados por mulheres.
São realidades quase antagônicas em momentos distintos da vida feminina. O que ocorre nesse meio tempo que gera tamanha diferença?

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

“Malhar” o cérebro


Deram um upgrade as palavras-cruzadas. Elas deixaram de ser apenas um passa-tempo, um lazer e se tornaram ferramentas para potencializar o cérebro. Algumas escolas já as adotaram como tarefa de sala de aula, pois o exercício contínuo leva ao ganho de rapidez de raciocínio, ajuda na manutenção da memória e ainda são recomendadas como forma de relaxamento, trazendo equilíbrio para a mente. Diminuindo o estresse o cérebro fica mais solto para buscar soluções criativas, afirma Yara Grottera, do Centro de Inteligência da Criança Bureau Kids.

“Todo o ser humano nasce com cerca de 100 bilhões de neurônios e não ganha mais nenhum ao longo da vida. A melhor forma de tornar a mente mais esperta é exercitá-los. Cada nova informação é transformada em descarga elétrica e transmitida aos neurônios pelas sinapses até ser armazenada na região do cérebro correspondente. As palavras cruzadas incentivam o cérebro a realizar essas ligações entre as células nervosas. Com esses caminhos ativos é mais fácil e rápido fazer associações e cruzar dados armazenados na mente, além de estimular a criatividade, favorecer a memória e retardar o aparecimento de doenças do envelhecimento, além de contribuir para a inteligência.”

Fácil e rápida de serem feitas você poderá começar hoje mesmo. Podendo fazê-las em qualquer lugar. No Brasil, palavra-cruzada é sinônimo de Revista Coquetel, a qual se encontra em qualquer banca de jornal por um valor bem acessível.
Ta esperando o quê?

Dados retirados da Super Interessante Ed. 275 – fev/2010