quarta-feira, 23 de maio de 2012

Aproxima ou distancia



Em 24 de maio de 1844, nascia o avo da internet. Samuel Morse emite a primeira mensagem telegráfica, enviada de Washington a Baltimore. Em 1872, o continente americano já era cruzado por mais de 300 mil quilômetros de linhas.
Desde que o Homem existe, já era vivo o desejo em se comunicar. Apesar de diversos interesses em comunicar-se, que podem ser para aproximar, conhecer e unir pessoas, defender a comunidade ou elevar ao sucesso sua empresa, é indiscutível que é uma ferramenta de grande interesse e valor.
Na Antiguidade, os povos utilizavam-se de artifícios naturais e de engenhosidade mais simples pra comunicar-se: Acendiam fogueiras, faziam sinais de fumaça. Os tambores com diferentes tipos e ritmos de batidas, significando coisas diferentes. Os sinos, usados nas igrejas e templos, podendo através de seu toque, significar a hora do culto que se aproxima ou a morte de alguém. Ou nas ferrovias para sinalizar o início e o fim da jornada dos trabalhos diários. Nos ranchos a sineta significava hora da refeição e o gongo nos ringues de lutas para anunciar o fim dos rounds.
A corneta nos exércitos para ordenar o ataque.

Mas tudo se transforma, muda e evolui...

Muitos sinais eram feitos, contudo quando e tratava de longas distâncias esses recursos não possuíam grande eficiência. Descobertas foram feitas que encurtavam distâncias, como a corrente elétrica, em 1747 por Willian Watson. Em 1800, o médico espanhol Francisco Salvá, provou que as correntes voltaicas poderiam ser utilizadas para a emissão de sinais. Tal fato levou Salvá a ser considerado um dos pioneiros na aplicação prática da eletricidade para fins de comunicação. Salvá inventou também um tipo de telégrafo elétrico constituído por fios (cada um correspondendo a uma letra), por vasos de água nas extremidades e por uma pilha de Volta. A letra transmitida era detectada pela formação de bolhas gasosas formadas no vaso correspondente à letra. As bolhas eram obtidas por eletrólise da água. Com este sistema conseguiu enviar mensagens até um quilômetro de distância. Desde então o telégrafo sofreu vários aprimoramentos, mas foi o pintor Samuel F. B. Morse que projetou a construção de um aparelho telegráfico registrador e estabeleceu os princípios relativos a seu código de pontos, traços e intervalos, com base na presença ou ausência de impulsos elétricos.

Do telégrafo para “impressora”.

Por volta de 1915, foi inventado um sistema em que a máquina perfuradora de fita tinha um teclado acoplado, assim como na recepção que também tinha um sistema perfurador de fita com teclado. Este sistema dispensava a intervenção do operador e, além disso, a fita era lida por uma decifradora que imprimia a mensagem numa fita de papel gomada. Em 1931, a empresa americana ATT (American Telephone and Telegraph) criou um sistema de comunicação utilizando uma máquina de escrever telegráfica (TWX) ou teleimpressora, permitindo escrever em folha de papel.

Do telégrafo para o rádio.

Clerk Maxwell, físico inglês, demonstrou certa vez que o éter servia de meio de propagação aos fenômenos elétricos e luminosos. Concluiu que o ar poderia conduzir a luz e a eletricidade a longas distâncias. Mais tarde, outro físico - Hertz - realizava nova descoberta importante: a existência das ondas elétricas, análogas às luminosas, hoje conhecidas como "ondas hertzianas". Tais descobertas, tomadas como fonte de estudo para Marconi, resultaram na radio telegrafia.

Estabeleceu-se, assim, a comunicação entre a Europa e a América, através do Oceano Atlântico. Aproximando continentes.

O telégrafo envelhecia enquanto a comunicação transformava-se, modernizava-se. O conhecimento da eletricidade e do magnetismo tornou a comunicação mais rápida e fácil. Em seguida, outros meios de comunicação foram inventados, com destaque para o telefone, rádio, televisão, pager, fax, celular e internet por meio dos e-mails e agora as inúmeras redes sociais.
Todos eles são bastante utilizados em várias partes do mundo, proporcionando o diálogo e a troca de informações entre pessoas de diferentes pontos do planeta.
Assim, a comunicação vem aproximando as pessoas, recriando um ambiente de relacionamento humano – ainda que à distância e desprovida do “contato pessoal presencial” (GAIARSA, 1984), nem por isso irreal ou desprovida de afeto.



quarta-feira, 16 de maio de 2012

O que te faz feliz?






Até parece propaganda de supermercado, não é? Sim é verdade, temos uma propaganda bem parecida. Mas não, não estou me referindo ao supermercado, mas ao que os cientistas do mundo todo vêm estudando e realizando pesquisas para responder. Aparentemente simples de ser respondida a nível individual, pessoal. Mas, ao tratarmos num âmbito nacional e até internacional, contamos com a ajuda de cientistas do mundo todo para obtermos essa resposta. Esse é um dos temas do Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável.

O que te faz feliz? Assunto subjetivo? Pode ser, mas essa onda está de volta, querendo invadir nosso dia-a-dia. Porém, não mais de forma romântica, “mágica” ou religiosa. Dessa vez, ela vem consistentemente baseada na ciência, podendo ser até quantificada.

Felicidade Interna Bruta – F.I.B. – desde 1970 já é utilizada por alguns países da Ásia como o Butão para medir o progresso e bem-estar de um país. Para alguns economistas, professores da Fundação Getúlio Vargas, o P.I.B., Produto Interno Bruto, é uma medida rústica, já que o aumento de renda, pode não significar um aumento do bem-estar na mesma proporção. Diversas nações que durante os últimos 50 anos, se esforçaram em aumentar suas riquezas e a produção de bens materiais, não obtiveram o crescimento do bem-estar como até hoje era profetizado. Ao contrário, o que experienciaram e o que vemos são nações deprimidas, sendo a depressão o 4º maior problema se saúde pública, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Será que por sermos a 6º economia do mundo, somos um país feliz?

Usando nove eixos como: Vitalidade Comunitária, Diversidade Cultural, Uso do Tempo, Boa Governança, Diversão Ecológica, Saúde, Educação, Bem-Estar Psicológico, Bem-Estar, que se desdobram em 33 indicadores que compõem o Índice de Felicidade Interna Bruta utilizada por Butão, nossos cientistas estão realizando seus estudos, utilizando também outros indicadores usados, por exemplo, por Londres, para adaptarem esse índice para realidade brasileira. 
Uma das maiores colaboradoras aqui no Brasil nesse assunto é a Doutora Susan Andrews, norte-americana radicalizada no Brasil desde 1992, fundadora e coordenadora do Instituto Visão do Futuro em Porangaba (SP) e desde 2007 coordena o movimento Felicidade Interna Bruta (FIB) aqui no Brasil.Algumas cidades, como Bento Gonçalves que já adotam na Gestão Pública conceitos da F.I.B.