sábado, 16 de julho de 2011

É verdade

Pode parecer brincadeira, mas é verdade, desde 1999 é comemorado o dia do Homem. Criada pelo Dr. Jerome Teelucksingh em Trindade Tobago, apoiada pela ONU e vários grupos de defesa dos direitos masculinos da América do Norte, Europa, África e Ásia.

Nessa data não se homenageia algum herói ou mártir. Essa data apesar de promover a igualdade dos generos, como Ingeborg Breines, diretora da Secretaria de Mulheres e Cultura de Paz da UNESCO colocou, os principais objetivos do Dia Internacional do Homem chamar a atenção para o cuidado e melhora da saúde dos homens (especialmente dos mais jovens), melhorar a relação entre gêneros e destacar papéis positivos de homens, celebrar suas conquistas e contribuições na comunidade, na famílias e no casamento, e na criação dos filhos, contribuindo para acabar o sexismo(conjunto de ações e ideias que privilegiam entes de determinado gênero).

Bem diferente das mulheres, os homens tendem a ser resistentes na realização de exames de rotinas ou idas ao médico e deixam de cuidar da própria saúde. Em geral, quando o homem sente que alguma coisa está errada, ao invés de procurar um especialista ele conversa com amigos, depois com a esposa e por último vai ao médico, explica Dr. Chade. Essas atitudes podem atrasar o diagnóstico, prejudicando possível tratamento.

Segundo Dr. Daher Chade, urologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo da Faculdade de Medicina da USP e do Hospital Sírio Libanês, os principais problemas de saúde estão relacionados com cálculos renais, disfunções urinárias, distúrbios sexuais e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

No Brasil não se sabe bem o por quê 15 de julho é o dia nacional do homem, mas desde julho de 1993 a Pensão Jundiaí (formada por um grupo de amigos que se reúne mensalmente na terceira terça-feira de cada mês para jantar) comemora o “Dia Internacional do Homem”. Uma comissão seleciona homens que se destacaram em suas mais diversas profissões. Julho foi o mês escolhido, pois foi quando o homem chegou à Lua. Os homenageados recebem o Troféu Moringa, símbolo da Pensão Jundiaí, e são saudados por outros homens Pensionistas.
Em 2009, os seguintes objetivos foram ratificados como base para todas as observações Men's International Day:

Promover modelos masculinos positivos, não apenas estrelas de cinema e esportes, mas os homens de todos os dias, os homens de classe que tem uma vida decente e honesta.
 Para comemorar as contribuições positivas para a sociedade, comunidade, família, casamento, guarda de crianças, e para o ambiente.
 Para se concentrar sobre a saúde do homem e o bem-estar, social, emocional, físico e espiritual.
 Para destacar a discriminação contra os homens, nas áreas de serviços sociais, atitudes e expectativas sociais e de direito.
 Para melhorar as relações de gênero e promover a igualdade de gênero.


Este ano, o dia foi marcado por uma campanha de conscientização da Sociedade Brasileira de Urologia, Seccional São Paulo (SBU-SP) e da Bayer Schering Pharma, que se uniram para elaborar um material educativo especial sobre os principais aspectos da saúde masculina, como também aconteceu um mutirão de saúde do homem e vários exames puderam ser realizados.

Oficialmente a data é celebrada em Trinidad e Tobago, Jamaica, Austrália, Índia, Itália, Estados Unidos, Nova Zelândia, Brasil, Moldávia, Haiti, São Cristóvão e Nevis, Portugal, Singapura, Malta, África do Sul, Gana, Botswana, Angola, Zimbabwe, Croácia, Uganda , Chile, Hungria, Irlanda, Peru, Canadá, China, Vietnã, Paquistão, Dinamarca, Suécia, Noruega, Guiana, Holanda, Bélgica, Geórgia, Argentina, México, Alemanha, Áustria, Finlândia, Espanha, França e Reino Unido.

Colaboração do Professor Ruzel Costa, leciona na Escola Ênio dos Santos Pinheiro, Colégio Objetivo e Faculdade Faro em Porto Velho - Rondônia.




quarta-feira, 13 de julho de 2011

Obesidade Cirúrgica

Faço uso de informações citadas pelo Dr. Drauzio Varella ao jornal Folha de S.Paulo, no dia 26 de setembro de 2009 para abordar um tema ainda polemico, apesar do tempo que se passou.


Ele nos fala da popularização das cirurgias bariátricas como tratamento da obesidade grave, na qual o volume do estomago é reduzido radicalmente, em geral ficando com apenas 4 ou 5 cm, e conforme a técnica, o comprimento do intestino também é reduzido.

Apesar de encontrarmos muitos médicos que hoje em dia já realizam essa cirurgia, é uma intervenção de alta complexidade, que por vezes o paciente requer UTI [pós-cirurgia, principalmente os que sofrem de hipertensão e os super obesos (IMC acima de 45).

Segundo Dr. Drauzio os pacientes trocam uma doença difícil de tratar e cheia de complicações (a obesidade) por outra de curso mais benigno: a desnutrição crônica. Para mim, muito bem administrada com escolhas certas e nutritivas na alimentação e um pouco de suplementação vitamínica. O que, em geral ocorre é que a maioria esmagadora, mesmo tendo e sabendo da suplementação e das escolhas a serem feitas, não o fazem. Ou seja, qualquer tratamento de doença crônica, no qual não se segue corretamente as orientações, que não ocorrem mudança de comportamento, que só e tão somente só, ocorrerão com a mudança de pensamento, não obterá o resultado almejado e terá conseqüências desfavoráveis à sua própria saúde.

Mesmo que assim o seja, os resultados e benefícios do tratamento cirúrgico foram bem documentados em pelo menos dois estudos que nos mostram que, ainda vale à pena operar.

Um estudo sueco comparou 2.010 pacientes portadores de obesidade grave submetidos à cirurgia com 2.037 outros obesos tratados clinicamente durante 15 anos de acompanhamento, mostrando que a mortalidade do grupo operado foi 24% mais baixa.

Outro estudo conduzido nos Estados Unidos, no qual foram estudados 7.925 obesos operados comparáveis a outro grupo do mesmo tamanho, tratado clinicamente durante sete anos. A operação havia diminuído em 40% o risco de morte. A mortalidade por diabetes havia caído em 92%, por ataque cardíaco em 59% e por câncer em 60%. Inesperadamente, as mortes por acidentes e suicídios aumentaram em 58% entre os operados. Ainda assim, o balanço geral foi favorável ã cirurgia. Esse aumento não está esclarecido em quais circunstâncias ocorreram, mas um bom preparo pré-cirurgico e um acompanhamento pós-cirurgico multidisciplinar, principalmente psicológico diminuiria, quase a zero essa porcentagem de acidentes e suicídios em operados.

Outra grande vantagem para os cofres, públicos e privados, é que o tratamento clínico da obesidade sai 6 vezes mais caro do que o cirúrgico, uma vez que a perda de peso induzida pela cirúrgica pode curar o diabetes, facilitar o controle da hipertensão e do colesterol e simplificar correções de problemas ortopédicos, além da melhora de qualidade de vida.

Outro estudo, este, o primeiro multicêntrico que avalia as complicações imediatas da cirurgia em obesos portadores de cormobidades foi realizada em 13 hospitais americanos que recrutaram 4.776 portadores de obesidade grave, com a finalidade de documentar as complicações das 3 principais técnicas de cirurgia bariátrica, ocorridas no decorrer dos 30 primeiros dias do período pós-operatório. Os números foram semelhantes aos encontrados em outras cirurgias do aparelho digestivo. Os fatores encontrados de maior risco de complicações imediatas foram IMC acima de 53, história pregressa de apnéia do sono, incapacidade de andar 60 mts, trombose venosa ou embolia.

Agora pergunto: precisa esperar chegar a tudo isso para você resolver operar e se livrar da obesidade?

Desde 1991 existe um consenso internacional sobre indicações da cirurgia bariátrica: IMC maior ou igual a 40 ou maior de 35 com comorbidades (hipertensão e/ou diabetes difíceis de compensar, limitações ortopédicas, apneia do sono e outras); fracasso no tratamento clínico após 2 anos; obesidade grave instalada há mais de 5 anos.

Se você se enquadra nessa situação pense na possibilidade de tratar a obesidade cirurgicamente.


Para saber mais sobre obesidade visite o site: http://www.abcdaobesidade.com.br

Você também vai gostar de : http://migre.me/6d9GB



domingo, 10 de julho de 2011

Tentando entender

Tem-se falado muito na liberação da maconha, e segundo o próprio Fernando Henrique Cardoso, a liberação de todas as drogas para conter a criminalização. Não entendo como. Ok. Os produtores, atravessadores e comerciantes serão taxados, mas quem comete o crime do dia-a-dia contra a sociedade é o usuário que rouba para comprar e consumir. É o usuário que se mete em confusão por estar sob efeito da droga, assim como a maioria dos ladrões quando nos assaltam. E ninguém explica como acabaria com o tráfico e o crime. Quem fiscalizaria? Álcool e cigarro têm a venda proibida para menores de 18 anos e mesmo assim em quase todos os lugares se consegue comprar sem que peçam documento que comprove maioridade. Onde está a fiscalização? E se o consumo não for considerado transgressor, a desintoxicação passa a ser tutoriada pela saúde pública. Ela tem está em condição de assumir esse ônus? Parece-me que andamos na contramão. Enquanto luta-se para que diminua o consumo de álcool e cigarro, coíba as propagandas, falamos em liberar as drogas.

Ao liberá-la, com a aquisição facilitada e extinção do medo em ser “enquadrado”, com certeza o consumo também aumentará. Cita-se países como EUA, no qual a liberação ainda é recente, mas que por ironia caso alguém fume dentro da sua própria casa, em local fechado, se denunciado, pode ir preso, e Holanda. Essa última não tem nem como comparar. A educação e conscientização do uso vêm desde berço e nas escolas logo se é falado. E mesmo lá, falam em proibir a venda para estrangeiros, exatamente por ter aumentado a violência e bandalheira.
Como acontece com o álcool e cigarro, iremos ver jovens cada vez mais cedo a consumindo e como qualquer outra “substancia que age sobre o sistema nervoso central antes dos 15 anos de idade (fase em que o cérebro ainda está em amadurecimento) pode ter um efeito mais danoso do que quando esse contato acontece mais tarde. O suo da maconha antes dos 15 anos pode diminuir a memória dos jovens em até 30%, segundo pesquisa da UNESP (Universidade Federal de São Paulo)”.Outra pesquisa da mesma faculdade aponta que os efeitos negativos da maconha, como a falta de memória e a sensação de falta da droga podem persistir mesmo depois de muito tempo sem usá-la. Outras alterações de comportamento em usuários mais jovens foram observados como pior desempenho na capacidade de controlar impulsos (podendo ficar mais agressivos, explosivos) e um maior risco para psicose e um pior desempenho escolar.

No mínimo, devem-se discutir publicamente os vários impactos e riscos das substancias licitas e ilícitas têm no comportamento e na saúde de todos e principalmente dos mais novos.