sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Associação afetiva do Bem

 
Não escolhemos os alimentos pelos nutrientes que eles nos oferecem.
Isso já sabemos!
Escolhemos, em geral à aqueles que nos afetuamos. Seja pelo sabor, pela aparência, ou até, pela associação que eles nos remetem.
 
Um pequeno estudo publicado na "Pediatric Obesity", mostra que os heróis motivam mais as crianças do que fotos de alimentos saudáveis, porque ativam uma associação afetiva com a comida saudável.
 
Todos esperam que os heróis sejam do bem, que sejam justos e façam as melhores escolhas e ajam corretamente. Ou seja, heróis não combinam com guloseimas e alimentos nada nutritivos. O arquétipo de herói está ligado ao "bem", ao "bom"e inconscientemente, as crianças sabem quais alimentos são mais saudáveis e bons para a saúde, por isso o associam aos heróis.
Dessa forma, segundo esse estudo, "perguntar antes das refeições, o que o Batman comeria pode ajudar a evitar os excessos calóricos".
Para a endocrinologista Zuleika Halpern "não adianta, para crianças e adolescentes, só dizer que algo é saudável, nem que pode ter problemas mais tarde. A associação positiva com personagem pode funcionar."
 
Em síntese, o que está em jogo aqui é o exemplo e através da admiração, a imitação. Assim sendo, mais do que palavras, para haver mudança de comportamento, de estilo de vida, nossos jovens precisam de bons exemplos. E quanto mais próximos do ciclo social, mais vinculos afetivos e admiração maior é adesão à mudanças.
 
 
Fonte: Débora Mismetti, Folha de S.Paulo, 7 de novembro, 2012


 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

RAPIDINHA



 
MASCAR CHICLETE EMAGRECE
 
 
De acordo com pesquisas, que envolveram 115 voluntários de ambos os sexos, com idades que variam entre 18  e 54 anos de idade, realizadas em Lousiana(EUA) ao máscar chicletes por 15 minutos a cada hora, sem açucar regularmente, algumas pessoas acabam ingerindo menos guloseimas, portante ingerindo menos calorias. Ainda relatam ter a sensação de fome diminuida, bem como o desejo por doces.
 
Será??
 
Como cada um é um e reage de forma diferente, vale a pena experimentar.
 
Mas, sabe-se lá como fica o estomago dessas pessoas após isso virar um hábito.


Fonte: Muscle in Form, ed. 59/09

sábado, 29 de setembro de 2012

29 de Setembro - Dia Mundial do Coração



É possível mantê-lo saudável!
 
 “Atualmente as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em nosso pais…e continuarão sendo a primeira causa em mortalidade até o ano de 2050.” 
 
Estudo Internacional constatou que em 90% dos casos os fatores de risco que levam ao infarto do miocárdio são a presença de hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado (presente em quase todos os obesos), tabagismo, obesidade abdominal e estresse de forma isolada ou associados entre si.
O segredo, segundo o Dr. José Leão, é manter a atenção sobre o estilo de vida e ser perseverante.
Por outro lado, como ensina o médico, alguns comportamentos são protetores, sendo que a presença está associada a uma menor probabilidade de desenvolver o infarto. São eles: consumo diário de frutas e verduras, baixa ingestão de álcool e atividade física regular.
Recomenda-se que os check-ups de coração comecem a partir dos 20 anos de idade ou caso apresente algum sintoma sugestivo de problemas cardíacos, tais como dores no peito (angina) desencadeadas pelo esforço físico ou emoções, aliviadas com repouso; falta de ar e inchaço nas pernas ou pelo corpo; sensação de alteração do ritmo cardíaco associado ou nãop a palpitação e desmaios etc.
“Também deve procurar o Especialista, a pessoa que tenha um familiar direto, pai/ com idade igual ou menor de 55 anos ou mãe com idade igual ou menor de 60 anos que tenham apresentado infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral ou morte súbita”.

 
 

Fonte: Folha de S.Paulo, Folha de Alphaville e Hospital Albert Einstein

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Trocas inteligentes


Todos os dias, ao acordarmos nos deparamos com algum tipo de escolha. Levantar ou não levantar? Tomar café ou não tomar café? E se tomar, o que irei escolher para o meu desjejum? Um pouco depois uma nova decisão a tomar: que roupa usar? E assim vai durante todo o dia.

Algumas decisões nos passam despercebido por já fazerem parte do nosso dia-a-dia. Já estão no “automático”. Outras, por vezes, nos requerem um momento de reflexão. Algumas ainda, decidimos no impulso, sem pensar. E outras optamos por serem decididas pelo coração. Mas e o que dizer daquelas decisões que domamos pelo estomago?
Ou pior... pelos “olhos maior que a barriga”?

Apesar de ouvirmos falar, cada vez mais, sobre obesidade como uma preocupação de saúde pública, como sendo uma PANDEMIA que já se alastra por quase todo o mundo e que seus índices são alarmantes, aos fazermos nossas escolhas desconsideramos todos esses fatos.

Mesmo ao escolhermos os alimentos para nossos filhos, por vezes, esquecemos que a criança não tem noção do que é ou não nutritivo. Do que deve ou não comer e oferecemos à ela, apenas alimentos da nossa preferência, o que nem sempre é o mais nutritivo.

Segundo a pediatra Virgínia Weffor, a criança deve ser apresentada ao maior número de alimentos possíveis até os três anos de idade, já que dos três aos cinco, ela passará por uma fase em que recusará novidade. Isso porque pesquisas indicam que para uma criança, diferenciar um sabor novo se é de seu agrado ou não, terá que experimenta-lo no mínimo 10 vezes.
Lembrando que uma criança que chega à adolescência obesa tem 80% de risco de se tornar um adulto obeso.
O combate à obesidade deve se iniciar ainda no ventre materno, com o cuidado da gestante. Pesquisas indicam que gestantes obesas tenderão a ter crianças com maiores chances de excesso de peso. Incentivo à amamentação, retardando a entrada de farináceos e açucares na alimentação da criança. Melhoria da qualidade dos lanches escolares. E mais atividades físicas voltadas para crianças. Esses são alguns pontos do Plano de Ações e Estratégias Para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Um Plano de política pública.
Mais de 33,5% das crianças de cinco a nove anos estão acima do peso, segundo IBGE de 2008/2009. Entre jovens de 10 a 19 anos de idade esse número é de 21,7% de meninos e 19,4% das meninas estão com sobrepeso.

Não dá para ficar esperando que só o Governo faça alguma coisa. E o que você pode fazer em casa?
Além de incentivar a prática de atividade física, que podem reduzir em 30% de chances a ocorrência da obesidade, providenciar que alimentos saudáveis estejam disponíveis, sempre ao alcance das crianças como frutas e legumes cortados prontos para o consumo, realizar trocas inteligentes.
Trocar o fast food que não tem vitaminas e minerais e é rico em gordura saturada e sódio por sanduiches caseiros. Refrigerante por sucos.

Os famosos pacotes de salgadinhos que são ricos em gorduras e sódio, além de possuírem 15% das calorias totais diárias, por pipoca de panela ou torradas com patê caseiro.
Macarrão instantâneo, com alto teor de sódio e excesso de gordura saturada, além das altas calorias e dos corantes, por macarrão com temperos caseiros.

A famosa pizza com refrigerante, que 2 pedaços + 1 lata possuem em média, 541Kcal por 6 unidades de charuto de repolho + 6 unidades pequenas de charuto de uva + ½ pão sírio + 1 colher de sopa de homus com um copo de suco de maracujá com adoçante, com somente 348Kcal.
Até o cereal matinal dá pra ser substituído por conter muito açúcar e amido, carboidrato com baixo teor de fibra, ainda acrescido de leite integral, por uma vitamina de frutas com leite desnatado e 2 biscoitos recheados ou 4 sem recheio. Ou ainda um pão integral com queijo. Ou um iogurte de frutas picadas.

Cuide do seu corpo, cuide da sua saúde...
Escolha o melhor...
Faça troca inteligêntes!!!

 

 

 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Raiva, construtiva???






“...Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo”

Mahatma Ganghi



Emoções... Por vezes difíceis de serem distinguidas, percebidas, entendidas, aceitas e muitas vezes, controladas. Mas, a verdade é que ela sempre está a nos rondar, influenciando nossas ações e interpretações dos fatos, queiramos ou não. Percebemos ou não.
Quem controla quem? Embaraçoso dizer, mas a maioria se deixa levar pelas emoções e a culpabiliza pelos seus atos, às vezes insanos. Outros creem que as têm sobre seu poder, mas apenas deslocam sua manifestação, que indiretamente e inconscientemente, se voltam contra quem às sente. Aparecem as doenças psicossomáticas.
Uma grande confusão, é fácil e frequentemente feita: sentimento e emoção, não são a mesma coisa. “Um sentimento é a construção de uma estrutura emocional vivenciada”. As emoções são respostas neuro-hormonais e os sentimentos são essas emoções refletidas, analisadas e conceitualizadas, podendo haver transformações na forma do individua se relacionar com o meio.
Algumas emoções são inerentes ao ser humano. Todo e qualquer ser humano as sentem, mesmo quando quer nega-las. Uma delas é a raiva. Todos sentem em algum momento da vida. E os ditos populares são partes de verdade e expressam muito bem alguns fatos, por exemplo, “ninguém gosta de engolir sapo”. Neste caso, o sapo ao qual se refere, é a raiva. E quando não engolida e nem analisada, acaba por causar estragos no meio, nos relacionamentos e muitas vezes sendo até perigosa por levar à ações violentas e impensadas, o que é pior. Contudo, igualmente péssimo é quando a raiva engolida. Porém, agora o estrago é contra quem as sente, atacando o coração através de uma hipertensão, a tireoide, os rins e até mesmo, propiciando um pacote completo de todas essas doenças e mais outras, algumas irreversíveis, como a diabetes, com a obesidade.
Sim, a raiva engorda! Além de a raiva acelerar a produção da adrenalina, o que nos prepara para fuga ou ataque, “na raiva ocorre uma elevação do açúcar no sangue, numa antecipação” ao gasto calórico necessário para o consumo dos músculos em uma das ações já citadas, ocasionando também um desequilíbrio da fome/saciedade.
Aqui gostaria de fazer uma distinção, que julgo importante. A emoção é a reação neuro-hormonal de um fato ocorrido contra nós. Este fato pode ser a ação de outrem impedindo a realização de algo que almejamos ou palavras deferidas contra nós.
A nossa resposta a essas ações, diferencio em: instintivas quando não percebida a tempo de serem analisada e refletidas provocando manifestações inadequadas de ações de agressividade verbal, fugindo ou atacando fisicamente e até mesmo quando nos paralisamos (a engolimos). E, humanas quando transformadas em sentimentos. As emoções quando percebidas e analisadas levam a ações construtivas ou não, a depender do nosso livre-arbítrio, mas não são instintivas, são elaboradas, planejadas e por isso podendo ser produtivas e criativas.
Chamo de humanas porque apenas nos humanos possuímos o córtex pré-frontal no qual ocorrem as ações intelectuais e racionais. Porém, para que esse trânsito químico-hormonal todo seja realizado, é necessário que o autor das emoções tenha um olhar interno, no qual consiga se aperceber das próprias emoções, as matrizes biológicas, a tempo de desviar o transito da ação para o pensamento, impedindo o prejuízo para si mesmo.
Quando não acionamos, através do pensar, do raciocínio o córtex pré-frontal, o hipotálamo, estrutura que regula o sistema endócrino e além do equilíbrio da pressão arterial, fome, saciedade e desejo sexual, trabalha em desarmonia as impressões sensitivas internas e externas não obtendo uma resposta adequada, deixando de ser construtiva.  
Assim sendo, se não quisermos adoecer, ao nos darmos conta de alguma sensação, usemos do tempo para reconhecermos qual emoção sentimos, analisarmos o que ela quer nos dizer e por fim, pensarmos na melhor estratégia a ser usada.
Podemos planejar uma ação vingativa, como Hitler, mas essa, ainda que pareça satisfatória, é apenas momentânea e novamente a insatisfação se voltará contra si. Ou podemos, como muitos líderes, Thomas Edison, Charlie Chaplin e outros que usaram a raiva por ter vivenciado historias trágicas para alavancarem sua vida. Mas para tal é preciso senti-la, reconhecê-la e transformá-la, criando algo que lhe agrade.

 


Fonte: Psiquê Ano IV No. 80 João Oliveira
 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Para todo o sempre


A tentação em resolver o excesso de peso sem esforço e em curto espaço de tempo é enorme e difícil de resistir, ainda mais sabendo que “gordinhos(as)” tendem a buscar “soluções mágicas”e que querem “ser emagrecidos” e não emagrecer assumindo e se comprometendo com o processo e mudanças necessárias para obtenção do resultado desejado, criou-se os shakes. Com a promessa de serem substitutos nutritivos e de baixa caloria para as refeições, os shakes foram criados em 1980 nos EUA, com a promessa de conseguir acabar com a guerra contra balança. Contudo, uma dieta equilibrada e não restritiva é fundamental para alcançar e, principalmente, manter o peso ideal a longo prazo, acabando com o indesejado “efeito sanfona”.


Sefundo, o Dr. Antonio Herbert Lancha Jr. Chefe do Laboratório de Nutrição e Metabolismo Aplicado à Atividade Motora da Universidade de São Paulo (USP), não é recomendável tomar esses shakes por conta própria, sem orientação, deve-se consultar uma Nutricionista, além de um Endocrinologista. Ainda assim, mesmo sob orientação o uso do Shakes deve ser limitado a uma refeição por dia. E as demais refeições devem ser completas, de modo a suprir as carências nutricionais.

Dr. Lancha Jr., ainda pondera que “o uso do Shake não corrige os problemas causados por uma alimentação irregular e de má qualidade. Passado algum tempo, se não houver reeducação alimentar, a pessoa volta a engordar”.

O porquê se come errado que deve ser investigado e tratado. A mudança necessária para se levar uma vida saudável que devem ser estudadas para que a perda de peso e manutenção do peso adquirido se mantenham para todo o sempre.

De nada adianta querer restringir ao máximo os alimentos, já que ninguém aguenta viver em privação apara sempre. E que ainda consiga, terá perda de nutrientes importantes, uma vez que nenhum nutriente deve ser excluído, seja ele carboidratos, lipídios, proteínas, gorduras, vitaminas ou minerais. Todos são importantes e cumprem uma função para o organismo dentro das medidas e quantidades certas.

O engorda e emagrece constante, além de dificultar cada vez mais o emagrecimento, ainda pode levar a variação de pressão arterial, problemas de glicemia, resistência à insulina e colesterol alterado. O melhor é a reeducação alimentar.

A nutricionista Cíntia C. Gimenes, alerta que “o emagrecimento rápido e sem orientação, pode causar perda de massa muscular, água, eletrólitos e minerais em vez de gordura, além de desregular o metabolismo, ficando mais lento”. É importante considerar as diferenças individuais e alterar a rotina, para tratar o sobrepeso e obesidade com adoção de uma vida mais ativa e uma dieta equilibrada, não por um curto espaço de tempo, mas para todo o sempre.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Para começar bem o dia





Algumas pessoas tem o hábito de, após levantar-se não se alimentarem. E só irão fazê-lo na hora do almoço.

Péssimo hábito!

Pular refeições é péssimo para o organismo que entende que irá faltar “combustível” e passa a economizar o casto calórico e super aproveita os nutriente e, pior, gorduras e açucares, da próxima refeição, que por ter se privado da refeição anterior acaba comendo mais na seguinte.

Mais grave ainda se essa refeição for o café da manhã. Tomar um bom café da manhã significa repor as energias gasta durante a noite. Energias essa que serão necessárias nas atividades diurnas. Pular essa refeição pode gerar irritabilidade, fraqueza e desconcentração.

A nutricionista Carla Yamashita, do Fleury sugere como ideal um café da manhã composto por fibras integrais, carboidratos e proteínas. “Segundo ela, as fibras são importantes para o funcionamento intestinal, controle do colesterol e da glicemia”.



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A Guerra da Indústria das Guloseimas contra Direito do consumidor e sociedades Médicas


A escalada da obesidade Infantil no Brasil vem preocupando autoridades da Saúde Publica, que estudam regulamentar ainda mais a publicidade infantil de alimentos com alto teor de gordura, sódio e açúcar bem como de bebidas com baixo teor nutricional.



O aumento dos índices de obesidade infantil é alarmante e de certo que as propagandas não são as únicas vilãs, mas ainda assim, tudo que puder ser feito para diminuir esse índice vale a pena ser feito. Se pensarmos que a influência desse ou daquele fator é pequena nossas crianças continuarão engordando e ficando doentes cada vez mais.

O Código Brasileiro de Publicitária do Conar, um dos mais rígidos do mundo, já diz que “quando os produtos forem destinados às crianças, sua publicidade deverá abster-se de qualquer estímulo imperativo de compra.” Mas um projeto que tramita no Senado quer limitar os horários para veiculação de comerciais de alimentos “engordativos” entre 21h e 6h, seguidos de alertas sobre risco do consumo excessivo dos produtos.

Florianópolis e Belo Horizonte, tomaram a frente e proibiram a venda de alimentos com brindes colecionáveis como as redes de fast food oferecem incentivando as crianças a comerem mais. E quem resiste? Até eu, uma adulta que já entrou na casa dos “enta”, já pedi o lanche infantil só para ficar com os brindes, imaginem uma criança que não tem discernimento, senso crítico em relação ao anuncio, a comida e ao malefício que lhe fará? Ela apenas pensa na diversão, na alegria que o brinquedo, o brinde lhe trará. O apelo é tão envolvente, que lógico, que influência diretamente na escolha do produto pela criança.

Estudos realizados mostram que o aumento de mais de 200% na incidência de sobrepeso entre crianças de cinco a nove anos nos últimos 30 anos, não é apenas devido às propagandas. Inúmeros fatores contribuem, sendo o maior deles a genética, seguida pelos hábitos familiares entre outros fatores externos.

“A publicidade induz o filho a pedir”, mas é o adulto que libera e provê o alimento à criança. Essa permissividade pode ser explicada pela culpa da ausência dos pais no dia-a-dia da criança, pela falta de tempo em olhar e cuidar melhor da criança. Também pode ser explicada por ser um hábito também incorporado pela modernidade e comodismo do adulto. “Não adianta proibir refrigerante e colocar a garrafa na mesa”. A criança incorpora novos hábitos e condutas mais pelo exemplo do que pela palavra, pela ordem. Especialista sobre o assunto, obesidade, concordam que proibir não é um bom negócio. Por vezes pode aumentar ainda mais a vontade e o descontrole com aquele determinado alimento. Além do exemplo, o melhor é persuadir a criança a experimentar e optar por outros alimentos.

Quando há uma criança obesa na família, a família inteira deve ser tratada para que haja sucesso no emagrecimento daquele indivíduo. Não só a dieta alimentar deva ser igual para todos os membros da casa, como analisar os valores dados aos alimentos. Se os adultos estão usando-os de maneira adequada, servindo para nutrir ou se o alimento está servindo como premio e castigo. Enfim, a dinâmica familiar deve ser observada e adequada para que a criança emagreça de forma saudável.


Fonte: Equilibrio da Folha de S.Paulo, 07/08/2012 matéria de Juliana Alves

sábado, 28 de julho de 2012

SAN


Não se trata nem do tio SAN e nem de algum professor de artes marciais, mas de um transtorno alimentar que caracterizasse pelo hábito em assaltar a geladeira.



A Síndrome Alimentar Noturna, chega a afetar 3 milhões de brasileiros, 1.5% da população. A maioria são brancos com idade entre 12 e 20 anos e 90% mulheres. O hábito de comer durante a madrugada não é mais visto como um simples e inofensivo “lanchinho”. O tema tem sido abordado com seriedade e estudado a fundo suas consequências e já é visto como um transtorno alimentar.

Estudo da Abeso, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, revela que a SAN “caracteriza-se episódios frequentes de excessiva fome noturna e, por consequência, maior ingestão calórica após as 19 horas”. A dieta deixa de ser saudável quando 55% ou mais da ingestão calórica diária ocorre após esse horário. E ainda que a maior ingestão de alimentos com alto valor calórico à noite, combinados com insônia e falta de apetite nas primeiras horas da manhã são os principais sintomas da doença.

Com a chegada da noite, uma vontade incontrolável de comer a acompanha e o ataque à geladeira se tornam inevitável. Em geral, quem sofre deste transtorno ingere a comida praticamente sem mastigar, na tentativa de reduzir temporariamente a ansiedade e o faz às escondidas.
A alimentação predominantemente noturna cria um desequilíbrio no metabolismo, tornando-o mais lento durante o dia. Por isso, não é ao acaso que cerca de 10% dos obesos e 27% dos obesos mórbidos possuem a síndrome.

Os alimentos eleitos pelos “comilões noturnos” são os ricos em carboidratos e gorduras, aumentando em muito o risco à diabetes e a obesidade.

O ideal é que as refeições sejam realizadas em proporções adequadas, sendo:

15% no café da manhã

11.7% no lanche da manhã

30% no almoço

11.7% no lanche da tarde

20% na janta e

11.6% na ceia

A SAN ou Síndrome do comer Noturno (SCN) pode ter várias origens, mas tem mostrado estreita relação com fatores sociais, culturais, familiares e emocionais. Dietas muito restritivas podem aumentar em 15 vezes o risco de adquirir algum tipo de transtorno alimentar.

Mas a SAN tem tratamento. Ele é feito com equipe multi e interdisciplinar com nutricionista para melhorar o hábito alimentar diurno e orientar sobre as calorias e nutrição dos alimentos; endocrinologista, podendo incluir uso de medicamento para conter a ansiedade e a compulsão; e psicólogos para entender e aprender a lidar com o estresse e a ansiedade e com outros gatilhos emocionais, como por exemplo, a culpa e punição.





quarta-feira, 27 de junho de 2012

Armadilhas Light X Diet




Engana-se quem acha que são iguais. Muita gente não sabe mesmo a diferença entre esses dois produtos e acreditam que ambos são menos engordativos que os produtos normais.

Produtos dietéticos são produtos isentos de açúcar, sódio e proteína e geralmente são recomendados para diabéticos. Porém, não é pelo simples fato de não conterem açúcar que não engordem. Muitos alimentos dietéticos costumam ser até mais gordurosos e calóricos que os alimentos normais. O aumento da gordura nesses produtos tem a função de dar saciedade e garantir a textura. A gordura também tenta, no lugar do açúcar, dar algum sabor ao produto. E ainda, segundo a nutricionista Catharina Paiva, que também trabalha no Dante Pazzanese além do valor calórico, devemos observar nos rótulos as seguintes informações:

Proteína (em gramas): fundamental para a musculatura.

Gordura total (em gramas): apesar de carregar má reputação, é importantíssima para nossas células, porque está por trás do aproveitamento de vitaminas. Gordura saturada (em gramas): em excesso, favorece o acúmulo de colesterol ruim nos vasos. Gordura trans (em gramas): essa é a verdadeira vilã. Faz subir os níveis de colesterol ruim e, dessa forma, bota o peito em risco. Fibras (em gramas): auxiliam no trânsito intestinal e dão um chega pra lá na prisão de ventre. Sódio (em miligramas): acusado de fazer subir a pressão arterial, também promove a retenção de líquidos quando consumido além da conta.

E ainda para um produto ser considerado menos calórico, deve ter a redução de calorias, em pelo menos, 25%. Por vezes, principalmente quando a diferença calórica de um produto light e normal for pequena, vale mais a pena consumir o produto normal em menos quantidade do que o light ou diet que perdem em saciedade e dão a falsa ilusão de não engordar, levando a pessoa a consumi-los em maior quantidade.



Dada a dica: fique de olho nos rótulos


Fonte: colaborou com algumas informações o site: emagrecendobrasil


sexta-feira, 15 de junho de 2012

ONU Mulheres





Foi criada há um ano a ONU Mulheres, tendo como diretora-executiva, Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile (2006-2010). A criação da ONU Mulheres coincidiu com profundas mudanças no mundo em relação à desigualdade de gêneros até as mobilizações pela liberdade e a democracia no mundo árabe, reafirmando a convicção da ONU Mulheres de que um futuro sustentável só poderá ser alcançado por mulheres, homens e jovens que desfrutem da igualdade plena.

Desde o século passado temos testemunhado transformações como nos direitos legais, avanços na educação e participação das mulheres na vida pública. Contudo, ainda precisamos de governos que modifiquem leis, empresas que ofereçam empregos decentes e remunerações iguais, (hoje ainda com um GAP de pelo menos 30% menor), pais e mães que ensinem seus filhos e filhas que todos os seres humanos têm que ser tratados do mesmo modo.

Apesar dos enormes avanços, nenhum país pode se declarar totalmente livre da discriminação de gênero. Essa desigualdade se manifesta nos hiatos de salários e oportunidades, na baixa representação de mulheres nos postos de liderança, nos casamentos precoces e na violência contra as mulheres em todas as suas formas.

Porém, a maior disparidade está na área rural. Mulheres e meninas enfrentam alguma das piores desigualdades no acesso a serviço sociais, à terra e a outros bens de produção.

Dar o mesmo acesso as mulheres agricultoras oferecido aos homens, tiraria da fome entre 100 e 150 milhões de pessoas. Dar renda, direito à terra e crédito às mulheres, haveria menos meninos e meninas desnutridos.

Por outro lado, toda mulher deve ter o direito de escolha em trabalhar fora ou não. O que já foi bandeira do feminismo, hoje pode ser um estrangulamento da liberdade de escolha, uma prisão. A mulher deveria ter liberdade suficiente para decidir trabalhar fora ou não. Casar ou não, ter filhos ou não sem constrangimento. A ideia de casar e ficar em casa cuidando dos filhos deve ser uma opção não vista como algo contra as mulheres, como uma ideia machista e preconceituosa, porque se não saímos do machismo radical para o feminismo radical e continuaremos aprisionadas em escolhas de massa ditadas por poucos.





Fonte: Jornal Folha de S. Paulo, tendências/debates, 8 de março 2012. Algumas frases são quase literais e pertencem a Michelle Bachelet e a Talyta Carvalho.



quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa



O objetivo é despertar uma consciência social e política, da existência da violência contra a pessoa idosa.


 
O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, 15 de junho será marcado com uma Blitz, a partir das 7 horas no semáforo da Rodoviária, realizada pelo Conselho Municipal dos Direitos do Idoso, Secretaria Municipal de Assistência Social através do Núcleo de Convivência do Idoso, Centro de Referência de Assistência Social - CRAS e Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS.

No Brasil, as violências contra idosos se expressam em tradicionais formas de discriminação, são frequentes as denúncias de maus-tratos e negligências. E no lar onde convive com a família, que é a chave da sociedade, o elemento básico, não como lugar, mas sim como relação, que ocorre choque de gerações.

Assim, buscando romper com esse pacto do silêncio a Organização das Nações Unidas (ONU), declarou o dia 15 de junho como Dia Mundial de Conscientização da Violência à Pessoa Idosa.

As pessoas idosas têm asseguradas na Constituição Federal e em leis específicas os direitos necessários para viver com dignidade. O Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03) prevê que, é obrigação do Poder Público garantir às pessoas idosas a proteção à vida, à saúde, à acessibilidade, ao atendimento preferencial, entre outras medidas que garantam o seu bem-estar e envelhecimento saudável.

É preciso formar uma consciência para denunciar e romper com esse ciclo de violência e proteger nossos idosos.



segunda-feira, 11 de junho de 2012

Paradoxos


Brasil, o país do paradoxo: mais de 45 milhões de pessoas desnutridas e/ou com anemias, levam o governo federal a criar o Fome Zero e do outro lado mais de 70 milhões, por volta de 40% da população adulta (IBGE) apresentam excesso de peso, sendo que encontramos mais de 8% de homens e mais de 12% de mulheres com obesidade em algum grau.

São aproximadamente 80 mil mortes associadas à obesidade. Não se trata de estética ou pré-conceito, mas de saúde. É ledo engano achar que um gordo pode ser saudável. Não por muito tempo. Com o avançar dos anos irá adquirir alguma doença associada que poderia ser evitada caso mantivesse o peso normal.

A obesidade pode ter início em qualquer época da vida. Contudo é notório que a obesidade infantil esteja aumentando vertiginosamente. Segundo OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) nos últimos 20 anos houve um aumento de 240% de obesidade entre crianças e adolescentes brasileiros.

A obesidade infantil se inicia com os pais, mesmo que estes não apresentem excesso de peso ou obesidade. Estima-se que 30% da gordura corpórea sejam de determinação genética. Herda-se uma pré-disposição, uma probabilidade, mas é um ambiente facilitador que disponibiliza a manifestação da obesidade. Alguns pediatras creditam a obesidade ao desmame precoce que pode levar a introdução inadequada de alimentos suplementares. Porém o desmame tardio, pode igualmente levar ao aumento de peso pela dependência e associação da comida com alguns estados emocionais desfavoráveis. Para o Ministério da Saúde, o Brasil está passando por um período de transição nutricional. Trata-se do abandono de hábitos alimentares saudáveis (o consumo de frutas, verduras e cereais), e da adoção de uma dieta pobre nutricionalmente, rica em sal, açúcar, gorduras e poucas fibras.

Hoje temos muito mais conforto, variedade de produtos e melhores condições de adquiri-las. Mas, exatamente esses fatores em conjunto com menor número de filhos por casal ou filhos únicos, pais tardios e o ingresso da mulher no mercado de trabalho acaba favorecendo a uma superalimentação como forma de superproteção. Na adolescência, o fator mais relevante encontrado foi o sedentarismo estimulado principalmente pelos adventos da modernidade e pela falta de segurança.

O paradoxo está também na questão econômica: quanto maior o poder aquisitivo, maior a obesidade, principalmente entre homens (principalmente entre os executivos) e adolescentes. Curioso é que, os alimentos mais saudáveis são mais caros para serem adquiridos e demandam mais trabalho para serem consumidos, remetendo-nos ao antigo preceito de acumulo de riquezas representado pelo acumulo de gordura corporal.

Entre as mulheres ocorre exatamente o contrário. A obesidade é mais frequente entre as mulheres de menor renda. E aqui novamente podemos supor que estão envolvidos conceitos cristalizados da mulher magra como símbolo de competência e sucesso profissional contrastando com o símbolo de mulher dona-de-casa e corpo corpulento.

Outro fator interessante a ser notado é que a concentração de pessoas com excesso de peso, esta localizada, na sua grande maioria, nas cidades, nos centros urbanos, nas quais se encontra maior oferta de trabalhadores domésticos, fácil acesso aos produtos saudáveis e diversidade de centros de emagrecimentos como médicos, academias, spas e outros.

Tanto o maior poder de renda e a urbanização encontram-se na região sudeste e sul do país, a mesma na qual se encontram o maior número de obesos.










quarta-feira, 23 de maio de 2012

Aproxima ou distancia



Em 24 de maio de 1844, nascia o avo da internet. Samuel Morse emite a primeira mensagem telegráfica, enviada de Washington a Baltimore. Em 1872, o continente americano já era cruzado por mais de 300 mil quilômetros de linhas.
Desde que o Homem existe, já era vivo o desejo em se comunicar. Apesar de diversos interesses em comunicar-se, que podem ser para aproximar, conhecer e unir pessoas, defender a comunidade ou elevar ao sucesso sua empresa, é indiscutível que é uma ferramenta de grande interesse e valor.
Na Antiguidade, os povos utilizavam-se de artifícios naturais e de engenhosidade mais simples pra comunicar-se: Acendiam fogueiras, faziam sinais de fumaça. Os tambores com diferentes tipos e ritmos de batidas, significando coisas diferentes. Os sinos, usados nas igrejas e templos, podendo através de seu toque, significar a hora do culto que se aproxima ou a morte de alguém. Ou nas ferrovias para sinalizar o início e o fim da jornada dos trabalhos diários. Nos ranchos a sineta significava hora da refeição e o gongo nos ringues de lutas para anunciar o fim dos rounds.
A corneta nos exércitos para ordenar o ataque.

Mas tudo se transforma, muda e evolui...

Muitos sinais eram feitos, contudo quando e tratava de longas distâncias esses recursos não possuíam grande eficiência. Descobertas foram feitas que encurtavam distâncias, como a corrente elétrica, em 1747 por Willian Watson. Em 1800, o médico espanhol Francisco Salvá, provou que as correntes voltaicas poderiam ser utilizadas para a emissão de sinais. Tal fato levou Salvá a ser considerado um dos pioneiros na aplicação prática da eletricidade para fins de comunicação. Salvá inventou também um tipo de telégrafo elétrico constituído por fios (cada um correspondendo a uma letra), por vasos de água nas extremidades e por uma pilha de Volta. A letra transmitida era detectada pela formação de bolhas gasosas formadas no vaso correspondente à letra. As bolhas eram obtidas por eletrólise da água. Com este sistema conseguiu enviar mensagens até um quilômetro de distância. Desde então o telégrafo sofreu vários aprimoramentos, mas foi o pintor Samuel F. B. Morse que projetou a construção de um aparelho telegráfico registrador e estabeleceu os princípios relativos a seu código de pontos, traços e intervalos, com base na presença ou ausência de impulsos elétricos.

Do telégrafo para “impressora”.

Por volta de 1915, foi inventado um sistema em que a máquina perfuradora de fita tinha um teclado acoplado, assim como na recepção que também tinha um sistema perfurador de fita com teclado. Este sistema dispensava a intervenção do operador e, além disso, a fita era lida por uma decifradora que imprimia a mensagem numa fita de papel gomada. Em 1931, a empresa americana ATT (American Telephone and Telegraph) criou um sistema de comunicação utilizando uma máquina de escrever telegráfica (TWX) ou teleimpressora, permitindo escrever em folha de papel.

Do telégrafo para o rádio.

Clerk Maxwell, físico inglês, demonstrou certa vez que o éter servia de meio de propagação aos fenômenos elétricos e luminosos. Concluiu que o ar poderia conduzir a luz e a eletricidade a longas distâncias. Mais tarde, outro físico - Hertz - realizava nova descoberta importante: a existência das ondas elétricas, análogas às luminosas, hoje conhecidas como "ondas hertzianas". Tais descobertas, tomadas como fonte de estudo para Marconi, resultaram na radio telegrafia.

Estabeleceu-se, assim, a comunicação entre a Europa e a América, através do Oceano Atlântico. Aproximando continentes.

O telégrafo envelhecia enquanto a comunicação transformava-se, modernizava-se. O conhecimento da eletricidade e do magnetismo tornou a comunicação mais rápida e fácil. Em seguida, outros meios de comunicação foram inventados, com destaque para o telefone, rádio, televisão, pager, fax, celular e internet por meio dos e-mails e agora as inúmeras redes sociais.
Todos eles são bastante utilizados em várias partes do mundo, proporcionando o diálogo e a troca de informações entre pessoas de diferentes pontos do planeta.
Assim, a comunicação vem aproximando as pessoas, recriando um ambiente de relacionamento humano – ainda que à distância e desprovida do “contato pessoal presencial” (GAIARSA, 1984), nem por isso irreal ou desprovida de afeto.



quarta-feira, 16 de maio de 2012

O que te faz feliz?






Até parece propaganda de supermercado, não é? Sim é verdade, temos uma propaganda bem parecida. Mas não, não estou me referindo ao supermercado, mas ao que os cientistas do mundo todo vêm estudando e realizando pesquisas para responder. Aparentemente simples de ser respondida a nível individual, pessoal. Mas, ao tratarmos num âmbito nacional e até internacional, contamos com a ajuda de cientistas do mundo todo para obtermos essa resposta. Esse é um dos temas do Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável.

O que te faz feliz? Assunto subjetivo? Pode ser, mas essa onda está de volta, querendo invadir nosso dia-a-dia. Porém, não mais de forma romântica, “mágica” ou religiosa. Dessa vez, ela vem consistentemente baseada na ciência, podendo ser até quantificada.

Felicidade Interna Bruta – F.I.B. – desde 1970 já é utilizada por alguns países da Ásia como o Butão para medir o progresso e bem-estar de um país. Para alguns economistas, professores da Fundação Getúlio Vargas, o P.I.B., Produto Interno Bruto, é uma medida rústica, já que o aumento de renda, pode não significar um aumento do bem-estar na mesma proporção. Diversas nações que durante os últimos 50 anos, se esforçaram em aumentar suas riquezas e a produção de bens materiais, não obtiveram o crescimento do bem-estar como até hoje era profetizado. Ao contrário, o que experienciaram e o que vemos são nações deprimidas, sendo a depressão o 4º maior problema se saúde pública, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Será que por sermos a 6º economia do mundo, somos um país feliz?

Usando nove eixos como: Vitalidade Comunitária, Diversidade Cultural, Uso do Tempo, Boa Governança, Diversão Ecológica, Saúde, Educação, Bem-Estar Psicológico, Bem-Estar, que se desdobram em 33 indicadores que compõem o Índice de Felicidade Interna Bruta utilizada por Butão, nossos cientistas estão realizando seus estudos, utilizando também outros indicadores usados, por exemplo, por Londres, para adaptarem esse índice para realidade brasileira. 
Uma das maiores colaboradoras aqui no Brasil nesse assunto é a Doutora Susan Andrews, norte-americana radicalizada no Brasil desde 1992, fundadora e coordenadora do Instituto Visão do Futuro em Porangaba (SP) e desde 2007 coordena o movimento Felicidade Interna Bruta (FIB) aqui no Brasil.Algumas cidades, como Bento Gonçalves que já adotam na Gestão Pública conceitos da F.I.B.




quinta-feira, 29 de março de 2012

Automutilação



Diferentemente do que pode parecer, esse não é um ato praticado para chamar a atenção. Nem ao menos é o suicídio. Em menos de 1% dos jovens que se mutilam e a intenção desses atos era o suicídio. Muito pelo contrário. A maioria que se automutila, um em cada 12 adolescentes, comumente mulheres entre 15 e 24 anos, costumam cobrir seus cortes, batidas e queimaduras com as roupas e só são descobertos por acaso. Em geral, é a tentativa de aliviar uma dor emocional, angústia, raiva ou frustrações. Também, menos frequente, pode ser praticada como substituição de dores corpóreas. Isto é, uma dor maior para substituir uma dor menor.

Um estudo realizado no King`s College, em Londres e na Universidade de Melbourne, na Austrália, com 1.802 adolescentes acompanhados por 16 anos foi publicado na revista médica “Lancet”, afirma que menos de 1% dos jovens que se mutilavam, nantinham esse comportamento quando adultos, levando os pesquisadores a concluírem que, na maioria dos casos, o problema se resolve espontaneamente. Contudo isso não significa que seja dispensável tratamento, pois a automutilação está associada a doenças psiquiátricas como depressão, transtorno Bipolar, Síndrome do pânico, Anorexia, Bullying, epilepsia, ansiedade generalizada e merece receber atenção. Dar broncas e represálias ao descobrir esse comportamento dos filhos só piora o quadro. O melhor é recorrer à ajuda médica a fim de ser avaliado e tratado, já que alguns fatores de risco podem estar associados. Além da depressão e ansiedade já citados, abuso de álcool, uso de maconha, família desestruturada, histórico de agressão física na infância, personalidade impulsiva e saber que algum conhecido pratica a automutilação.

O automutilador tende a ter grandes dificuldades para se expressar verbal ou emocionalmente, portanto, não consegue falar publicamente sobre suas angústias nem chorar diante de outras pessoas, por vezes nem quando estão sozinhas. Essa dificuldade de expressão acaba, em muitos casos, sendo um forte fator que desencadeia o comportamento automutilador. Não possui amor próprio e usualmente define a si mesmo como sendo "um lixo humano". Desse modo, alguns tendem a se afastar da família e dos amigos.

Como acontece em outras compulsões, após cessar com a ação de mutilar-se, sentem-se extramente culpados e envergonhados da sua atitude. Alguns abandonam qualquer tipo de atividade em que seja necessária a exibição do corpo, como ir à praia ou a um clube, para que seus cortes e cicatrizes permaneçam ocultas e, desse modo, não tenham que falar sobre o problema. Não possui qualquer expectativa com relação ao futuro, pois se considera incapaz de alcançar qualquer coisa realmente boa. E ainda que consiga não é o bastante para que abandone as práticas autoagressivas, o que faz com que retorne à mesma falta de expectativas a respeito da vida.

Alguns indivíduos afirmam que escrever (textos, poemas, contos, músicas, etc.) lhes parece de grande ajuda, como uma forma de expressar suas emoções, o que não conseguem fazer de outras formas. Desse modo, a necessidade de se automutilar diminui significantemente.

Quando o indivíduo consegue superar a doença, o primeiro problema com que se depara é a sensação de vazio. Muitos ex-automutiladores afirmam que se tornaram incapazes de qualquer sentimento comum ao ser humano, como ódio, raiva, indignação, medo, insegurança, alegria, amor, etc. Sentem-se apáticos e desinteressados com relação a qualquer assunto que os rodeie. "Se alguém morresse ao meu lado, eu não daria a mínima" é uma sentença que bem traduz esse estado de espírito. Tal sensação tem sido observada em vários indivíduos, porém, não se estende por muito tempo. Ainda que tenha alguma recaída, o ex-automutilador tende a sentir cada vez menos falta do comportamento autoagressivo e, com o tempo, o abandona completamente.

Cicatrizes próximas podem ser sinal de problema. Uma forma comum de AM envolve fazer cortes na pele dos braços, nas pernas, coxas e abdômen. Os locais de lesão são, geralmente, áreas escondidas de uma possível detecção por outras pessoas. O número de métodos automutilantes se restringe à criatividade do indivíduo.

Exemplos de formas de automutilação, além de se cortar:

• Esmurrar-se, chicotear-se

• Morder as próprias mãos, lábios, língua, ou braços

• Apertar ou reabrir feridas (Dermatotilexomania)

• Arrancar os cabelos (Tricotilomania)

• Queimar-se, incluindo com cigarro, produto químicos (por exemplo, sal e gelo)

• Furar-se com agulhas, arames, pregos, canetas

• Beliscar-se,

• Ingerir agentes corrosivos, alfinetes

• Envenenar-se, medicar-se (por exemplo, exagerar na dose de remédios e/ou álcool), sem intenção de suicídio.

• bater a própria cabeça contra a parede,

A associação psicoterapia e medicação tem se mostrado eficaz nos casos de automutilação. A psicoterapia, nestes casos, tem como um dos objetivos ajudar o paciente a identificar outras formas de lidar com frustrações que sejam mais eficazes do que seu comportamento. Ainda não há medicação específica indicada para que o paciente pare de se mutilar, entretanto, a medicação pode ser indicada para alívio dos sintomas depressivos e ansiosos que podem colaborar para a manutenção do comportamento.

O ideal é procurar um bom profissional, um psicólogo ou psiquiatra, que possa identificar as causas do problema no paciente e tratá-las

O automutilador necessita, sobretudo, do apoio da família e dos amigos.

sexta-feira, 23 de março de 2012

S.O.S Papais


Em 20 anos a taxa de sobrepeso infantil mais que dobrou. Estamos construindo uma tragédia futura, uma geração de adultos doentes, obesos, hipertensos e diabéticos.


Uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos apresenta peso acima do recomendado pela OMS(Organização Mundial de Saúde), segundo pesquisa do IBGE. O sobrepeso atinge hoje, 34,8% dos meninos e 32% das meninas. Já a obesidade aparece em 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas. Entre Os jovens de 10 a 19 anos 20% eram obesos. Entre as crianças e adolescentes, a velocidade do aumento do excesso de peso está muito maior do que nos adultos. Isso tem haver com múltiplos fatores, genéticos, culturais e sociais. Contudo, a obesidade se inicia com os pais, mesmo que estes não apresentem excesso de peso ou obesidade.

A obesidade se inicia com os pais não só porque estes são modelos para as crianças e pela força da genética, mas porque podem sentir dificuldade em identificar as necessidades do bebê, condicionando-o a receber alimento frente a qualquer mal estar, além da fome criando uma dependência emocional e associação da comida com estados emocionais, reforçado ainda mais pelo desmame tardio. Igualmente prejudicial é o desmame precoce, porém pela introdução inadequada de alimentos suplementares.

Para o Ministério da Saúde, o Brasil está passando por um período de transição nutricional. Trata-se do abandono de hábitos alimentares saudáveis (o consumo de frutas, verduras e cereais), e da adoção de uma dieta pobre nutricionalmente, rica em sal, açúcar, gorduras e poucas fibras. O que se vê é uma inversão nutricional.

Além dessa inversão nutricional, existem questões culturais e sociais que contribuem para o desenvolvimento dos distúrbios psicodinâmicos instalados nos hábitos infantis. A questão cultural e até econômica levam as crianças e os jovens a passarem mais tempo sozinhos sem supervisão de um adulto tendo livre acesso e a disposição um arsenal de alimentos industrializados como bolachas, chocolates, balas, danones etc. que são consumidos na quantidade e na hora que bem entendem, na maioria das vezes sem critérios adequados, usando como referência a vontade. Muitas vezes esses alimentos são consumidos para substituírem a presença e carinho das mães que, hoje, trabalham fora. E a questão social, permeia o crescimento da metrópole, na qual todos andam com pressa, acelerados e a falta de segurança, confinando cada vez mais as crianças dentro de casa, aumentando o sedentarismo, já que as crianças ficam sentadas, presas em frente a TV, computadores e videogames.

Mudar o hábito alimentar é complexo, e campanhas ajudam, mas não bastam, é necessário acompanhamento multidisciplinar. O tratamento da obesidade infanto-juvenil para obter sucesso deve contar com a colaboração dos adultos. Os pais, professores e profissionais multidisciplinares. O tratamento inicia-se na reeducação alimentar familiar. Os pais além de servirem de exemplo para os filhos são os responsáveis pelo que entra em casa e vai para o prato da criança. A presença de obesidade familiar determina não só uma tendência genética, mas uma preferência por alimentos mais gordurosos e uma dieta mais calórica. Cabe aos pais influenciar seus filhos sobre a ingestão e crença alimentar, estratégias de autocontrole e suporte social para combater o excesso de peso. Apesar de ser importante, não basta as escolas ensinarem e oferecerem a criança uma alimentação saudável desde os primeiros anos de vida, período no qual ocorre a formação do hábito alimentar, se em casa só lhe é oferecido alimentos pouco nutritivos. É mais eficiente em longo prazo influenciar na qualidade do alimento do que na quantidade. Influenciar na reeducação alimentar, sugerindo alimentos mais nutritivos e menos calóricos, traz resultados mais satisfatórios devido à alteração do hábito alimentar e porque treina a criança e/ou adolescente a perceber a própria saciedade. A promoção do hábito alimentar saudável em crianças deve ser continua para prevenir a obesidade e garantir uma alimentação com qualidade ao longo da vida.



Fonte: site ABC da Obesidade, Jornal Folha de S.Paulo, C4 (06/03/12) e Jornal Folha de Alphaville (15/03/12)

Leia mais sobre obesidade infantil: http://migre.me/8oQ06

Doenças associadas infantis: http://migre.me/8oQ6M

Aspectos psicológicos da obesidade infantil: http://migre.me/8oQ8n

E tratamentos à obesidade infantil: http://migre.me/8oQ9v