segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Trocas inteligentes


Todos os dias, ao acordarmos nos deparamos com algum tipo de escolha. Levantar ou não levantar? Tomar café ou não tomar café? E se tomar, o que irei escolher para o meu desjejum? Um pouco depois uma nova decisão a tomar: que roupa usar? E assim vai durante todo o dia.

Algumas decisões nos passam despercebido por já fazerem parte do nosso dia-a-dia. Já estão no “automático”. Outras, por vezes, nos requerem um momento de reflexão. Algumas ainda, decidimos no impulso, sem pensar. E outras optamos por serem decididas pelo coração. Mas e o que dizer daquelas decisões que domamos pelo estomago?
Ou pior... pelos “olhos maior que a barriga”?

Apesar de ouvirmos falar, cada vez mais, sobre obesidade como uma preocupação de saúde pública, como sendo uma PANDEMIA que já se alastra por quase todo o mundo e que seus índices são alarmantes, aos fazermos nossas escolhas desconsideramos todos esses fatos.

Mesmo ao escolhermos os alimentos para nossos filhos, por vezes, esquecemos que a criança não tem noção do que é ou não nutritivo. Do que deve ou não comer e oferecemos à ela, apenas alimentos da nossa preferência, o que nem sempre é o mais nutritivo.

Segundo a pediatra Virgínia Weffor, a criança deve ser apresentada ao maior número de alimentos possíveis até os três anos de idade, já que dos três aos cinco, ela passará por uma fase em que recusará novidade. Isso porque pesquisas indicam que para uma criança, diferenciar um sabor novo se é de seu agrado ou não, terá que experimenta-lo no mínimo 10 vezes.
Lembrando que uma criança que chega à adolescência obesa tem 80% de risco de se tornar um adulto obeso.
O combate à obesidade deve se iniciar ainda no ventre materno, com o cuidado da gestante. Pesquisas indicam que gestantes obesas tenderão a ter crianças com maiores chances de excesso de peso. Incentivo à amamentação, retardando a entrada de farináceos e açucares na alimentação da criança. Melhoria da qualidade dos lanches escolares. E mais atividades físicas voltadas para crianças. Esses são alguns pontos do Plano de Ações e Estratégias Para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Um Plano de política pública.
Mais de 33,5% das crianças de cinco a nove anos estão acima do peso, segundo IBGE de 2008/2009. Entre jovens de 10 a 19 anos de idade esse número é de 21,7% de meninos e 19,4% das meninas estão com sobrepeso.

Não dá para ficar esperando que só o Governo faça alguma coisa. E o que você pode fazer em casa?
Além de incentivar a prática de atividade física, que podem reduzir em 30% de chances a ocorrência da obesidade, providenciar que alimentos saudáveis estejam disponíveis, sempre ao alcance das crianças como frutas e legumes cortados prontos para o consumo, realizar trocas inteligentes.
Trocar o fast food que não tem vitaminas e minerais e é rico em gordura saturada e sódio por sanduiches caseiros. Refrigerante por sucos.

Os famosos pacotes de salgadinhos que são ricos em gorduras e sódio, além de possuírem 15% das calorias totais diárias, por pipoca de panela ou torradas com patê caseiro.
Macarrão instantâneo, com alto teor de sódio e excesso de gordura saturada, além das altas calorias e dos corantes, por macarrão com temperos caseiros.

A famosa pizza com refrigerante, que 2 pedaços + 1 lata possuem em média, 541Kcal por 6 unidades de charuto de repolho + 6 unidades pequenas de charuto de uva + ½ pão sírio + 1 colher de sopa de homus com um copo de suco de maracujá com adoçante, com somente 348Kcal.
Até o cereal matinal dá pra ser substituído por conter muito açúcar e amido, carboidrato com baixo teor de fibra, ainda acrescido de leite integral, por uma vitamina de frutas com leite desnatado e 2 biscoitos recheados ou 4 sem recheio. Ou ainda um pão integral com queijo. Ou um iogurte de frutas picadas.

Cuide do seu corpo, cuide da sua saúde...
Escolha o melhor...
Faça troca inteligêntes!!!

 

 

 

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