terça-feira, 23 de junho de 2009

Porque é bom sorrir?


Uma vez me perguntaram por que eu ria tanto. Confesso que a principio essa pergunta me paralisou, mas me levou a reflexão e percebi que rir afeta o ânimo de todos. Algumas vezes, para aqueles que vêem o sorriso faz bem e outras vezes, por incrível que pareça, faz mal.
Para alguns, o sorriso alheio causa desconforto. Pergunto-me como isso pode ser? Mas refletindo sobre o assunto, penso que o sorriso causa mal-estar àquele que se encontra em estado de tristeza e descrê da possibilidade da própria alegria. Dessa forma, o sorriso alheio deflagra a ausência do estado de alegria e constata o estado de tristeza e a incapacidade de se fazer feliz.
Porém, a grande maioria se beneficia do sorriso, mesmo quando alheio. Receber um sorriso sinaliza uma recepção positiva do outro, captura a atenção dos demais. Quando se sorri e o recebe de volta, quase que instantaneamente se forma um elo, pois como diz um dos maiores especialistas no estudo de expressões faciais, Paul Ekman, professor da faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, o sorriso é um sinal que buscamos instintivamente quando vemos um rosto sendo difícil não sorrir de volta. E ainda, aquele que sorri se beneficia com o aumento do colesterol bom (aumento de 26%), diminuição do estresse (pelo aumento da produção do hormônio anti-estresse, como beta-endorfinas em 27%) e afasta o risco cardíaco, principalmente em diabéticos, além de aumentar em 87% imunidade pelo aumento do hormônio do crescimento envolvido na resposta imune.

Ou seja, rir faz muito bem!!!!!

Você já sorriu hoje???


Agradeço meu amigo por ter cedido esse belo sorriso para ilustrar os benefícios do sorriso.


Dados retirados do encarte Equilíbrio da Folha de S. Paulo do dia 23 de abril de 2009 e do blog Meu Mundo de Eric do Rego Barros (http://ericdoregobarros.blogspot.com/)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Livre-Arbítrio


Ao final do mês de maio deste ano 2009, li um artigo interessante no qual abordava o tema livre-arbítrio e colcava em xeque sua veracidade. Baseava-se em perguntas fundamentais:

Somos livres para fazermos o que queremos?
Podemos responsabilizar alguém por seus atos?
A justiça é possível?

 
Livre-arbitrío é a crença ou doutrina filosófica que defende que a pessoa tem “poder” de escolher suas ações. A existência do livre-arbítrio tem sido uma questão central na história da filosofia e na história da ciência. O conceito de livre-arbítrio tem implicações religiosas, morais, psicológicas e cientificas, cada qual “adaptando” às suas verdades.
Mas Benjamin Libet, da Universidade da California, realizou um experimento com eletroencefalograma e demonstrou que a atividade cerebral responsável pelos movimentos voluntários tem início cercade 300 milissegundos antes da decisão consciente de mexer algum membro. Contudo, ele também não responde quem ou o que então decide em mexer ou não um membro. Também não leva em consideração o incosciente, talvez porque não possa ve-lo ou medi-lo.

Hoje a ciência é quase unâmine em afirmar que o livre-arbitrio é uma ilusão, assim como a consciência para eles é um efeito colateral de vários sistemas cerebrais em rede, que nos leva a acreditar que existe uma alma no comando. O mais interessante é que filosofos neurociêntistas acreditam que o livre-arbítrio “é algo como um tique nervoso ou a necessidade que o viciado tem em conseguir droga – processos a meio caminho entre o involuntário e o voluntário.” Penso que o que eles falam, pelo que descrevem, é do instinto. Assim sendo, “se nada pode ser qualificado como inapelavelmente voluntário, é a própria noção de crime doloso que cai por terra”, ou seja, não temos mais intensão e nem culpa por nada. Somos absolvidos de qualquer ato até mesmo antes de sermos julgados. E como explicar as compulsões, impulsos e desejos vencidos? Seja como Daniel Dennett propõe, onde temos o poder de veto sobre o veto ou que realmente temos o poder de decidir, escolher e realizar nossas ações, sempre teremos uma escolha em fazer ou não fazer. Mais uma vez assistimo a disputa pelo poder, a guerra do saber, na qual as ciências competem entre si a verdade das coisas. Todavia, não há necessidade de anular uma sobre a outra, sendo possível a mesma verdade caber em todas sem que uma ou outra seja preterida ou subjulgada, uma vez que verdadeira VERDADE é JUSTA em todas as medidas, em todos os espaços.