quarta-feira, 22 de julho de 2009

O cérebro


Você cuida bem do seu cérebro?
Ele é o principal órgão que comanda todo o resto do seu corpo e por isso já deveria ter atenção especial. Você se alimenta com o que ele precisa ou com o que o prejudica? Você faz exercícios para ele? Ele não é músculo, mas para garantir o seu bom funcionamento ele também precisa se exercitar, ser útil. Ler, estudar, fazer palavras cruzadas e/ou Sudoko são boas alternativas. Um estudo inédito da Faculdade de Medicina da USP mostra que alterações vasculares cerebrais são mais importantes do que o Alzheimer no desenvolvimento de demência. 30% dos casos de demência grave tiveram origem somente vascular, contra 25% que foram causadas apenas por doença de Alzheimer.
Para coordenadora do Banco de Cérebros da USP, Lea Gringerg, 40% dos casos de demência poderiam ser evitados com controle de fatores de risco vascular. Desses fatores o mais importante é a hipertensão arterial, que pode levar a microinfartos em vasos pequenos no cérebro (arteríolas), prejudicando a oxigenação e a chegada de nutrientes a região, degenerando prolongamentos, celulares dificultando a circulação de informações. E quando a causa é mista(vascular e Alzheimer), o Alzheimer poderia se manifestar até 10 anos mais tarde, dependendo da escolaridade do indivíduo.
No Brasil, estima-se que 8 a 12% da população acima de 65 anos de idade apresenta algum grau de demência. A demência vascular é talvez tão agressiva quanto o Alzheimer e pode atingir o indivíduo em uma fase precoce da vida produtiva. Os sintomas da demência vascular são semelhantes aos do Alzheimer, porém a cada novo microinfarto o declínio da cognição é mais brusco do que a queda cognitiva no Alzheimer.

Os principais fatores de risco são:

Hipertensão arterial
Doenças cardiovasculares
Aterosclerose
Diabetes
Tabagismo
Condições que favoreçam a coagulação sanguínea
Distúrbios genéticos

Sintomas:

Problemas de memória
Dificuldade em se concentrar
Mudança de humor
Fraqueza
Dificuldade em se expressar
Depressão

Dados retirados do artigo do caderno de Saúde do Jornal Folha de S.Paulo- 15/07/2009