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sábado, 29 de setembro de 2012

29 de Setembro - Dia Mundial do Coração



É possível mantê-lo saudável!
 
 “Atualmente as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em nosso pais…e continuarão sendo a primeira causa em mortalidade até o ano de 2050.” 
 
Estudo Internacional constatou que em 90% dos casos os fatores de risco que levam ao infarto do miocárdio são a presença de hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado (presente em quase todos os obesos), tabagismo, obesidade abdominal e estresse de forma isolada ou associados entre si.
O segredo, segundo o Dr. José Leão, é manter a atenção sobre o estilo de vida e ser perseverante.
Por outro lado, como ensina o médico, alguns comportamentos são protetores, sendo que a presença está associada a uma menor probabilidade de desenvolver o infarto. São eles: consumo diário de frutas e verduras, baixa ingestão de álcool e atividade física regular.
Recomenda-se que os check-ups de coração comecem a partir dos 20 anos de idade ou caso apresente algum sintoma sugestivo de problemas cardíacos, tais como dores no peito (angina) desencadeadas pelo esforço físico ou emoções, aliviadas com repouso; falta de ar e inchaço nas pernas ou pelo corpo; sensação de alteração do ritmo cardíaco associado ou nãop a palpitação e desmaios etc.
“Também deve procurar o Especialista, a pessoa que tenha um familiar direto, pai/ com idade igual ou menor de 55 anos ou mãe com idade igual ou menor de 60 anos que tenham apresentado infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral ou morte súbita”.

 
 

Fonte: Folha de S.Paulo, Folha de Alphaville e Hospital Albert Einstein

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Raiva, construtiva???






“...Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo”

Mahatma Ganghi



Emoções... Por vezes difíceis de serem distinguidas, percebidas, entendidas, aceitas e muitas vezes, controladas. Mas, a verdade é que ela sempre está a nos rondar, influenciando nossas ações e interpretações dos fatos, queiramos ou não. Percebemos ou não.
Quem controla quem? Embaraçoso dizer, mas a maioria se deixa levar pelas emoções e a culpabiliza pelos seus atos, às vezes insanos. Outros creem que as têm sobre seu poder, mas apenas deslocam sua manifestação, que indiretamente e inconscientemente, se voltam contra quem às sente. Aparecem as doenças psicossomáticas.
Uma grande confusão, é fácil e frequentemente feita: sentimento e emoção, não são a mesma coisa. “Um sentimento é a construção de uma estrutura emocional vivenciada”. As emoções são respostas neuro-hormonais e os sentimentos são essas emoções refletidas, analisadas e conceitualizadas, podendo haver transformações na forma do individua se relacionar com o meio.
Algumas emoções são inerentes ao ser humano. Todo e qualquer ser humano as sentem, mesmo quando quer nega-las. Uma delas é a raiva. Todos sentem em algum momento da vida. E os ditos populares são partes de verdade e expressam muito bem alguns fatos, por exemplo, “ninguém gosta de engolir sapo”. Neste caso, o sapo ao qual se refere, é a raiva. E quando não engolida e nem analisada, acaba por causar estragos no meio, nos relacionamentos e muitas vezes sendo até perigosa por levar à ações violentas e impensadas, o que é pior. Contudo, igualmente péssimo é quando a raiva engolida. Porém, agora o estrago é contra quem as sente, atacando o coração através de uma hipertensão, a tireoide, os rins e até mesmo, propiciando um pacote completo de todas essas doenças e mais outras, algumas irreversíveis, como a diabetes, com a obesidade.
Sim, a raiva engorda! Além de a raiva acelerar a produção da adrenalina, o que nos prepara para fuga ou ataque, “na raiva ocorre uma elevação do açúcar no sangue, numa antecipação” ao gasto calórico necessário para o consumo dos músculos em uma das ações já citadas, ocasionando também um desequilíbrio da fome/saciedade.
Aqui gostaria de fazer uma distinção, que julgo importante. A emoção é a reação neuro-hormonal de um fato ocorrido contra nós. Este fato pode ser a ação de outrem impedindo a realização de algo que almejamos ou palavras deferidas contra nós.
A nossa resposta a essas ações, diferencio em: instintivas quando não percebida a tempo de serem analisada e refletidas provocando manifestações inadequadas de ações de agressividade verbal, fugindo ou atacando fisicamente e até mesmo quando nos paralisamos (a engolimos). E, humanas quando transformadas em sentimentos. As emoções quando percebidas e analisadas levam a ações construtivas ou não, a depender do nosso livre-arbítrio, mas não são instintivas, são elaboradas, planejadas e por isso podendo ser produtivas e criativas.
Chamo de humanas porque apenas nos humanos possuímos o córtex pré-frontal no qual ocorrem as ações intelectuais e racionais. Porém, para que esse trânsito químico-hormonal todo seja realizado, é necessário que o autor das emoções tenha um olhar interno, no qual consiga se aperceber das próprias emoções, as matrizes biológicas, a tempo de desviar o transito da ação para o pensamento, impedindo o prejuízo para si mesmo.
Quando não acionamos, através do pensar, do raciocínio o córtex pré-frontal, o hipotálamo, estrutura que regula o sistema endócrino e além do equilíbrio da pressão arterial, fome, saciedade e desejo sexual, trabalha em desarmonia as impressões sensitivas internas e externas não obtendo uma resposta adequada, deixando de ser construtiva.  
Assim sendo, se não quisermos adoecer, ao nos darmos conta de alguma sensação, usemos do tempo para reconhecermos qual emoção sentimos, analisarmos o que ela quer nos dizer e por fim, pensarmos na melhor estratégia a ser usada.
Podemos planejar uma ação vingativa, como Hitler, mas essa, ainda que pareça satisfatória, é apenas momentânea e novamente a insatisfação se voltará contra si. Ou podemos, como muitos líderes, Thomas Edison, Charlie Chaplin e outros que usaram a raiva por ter vivenciado historias trágicas para alavancarem sua vida. Mas para tal é preciso senti-la, reconhecê-la e transformá-la, criando algo que lhe agrade.

 


Fonte: Psiquê Ano IV No. 80 João Oliveira
 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Para todo o sempre


A tentação em resolver o excesso de peso sem esforço e em curto espaço de tempo é enorme e difícil de resistir, ainda mais sabendo que “gordinhos(as)” tendem a buscar “soluções mágicas”e que querem “ser emagrecidos” e não emagrecer assumindo e se comprometendo com o processo e mudanças necessárias para obtenção do resultado desejado, criou-se os shakes. Com a promessa de serem substitutos nutritivos e de baixa caloria para as refeições, os shakes foram criados em 1980 nos EUA, com a promessa de conseguir acabar com a guerra contra balança. Contudo, uma dieta equilibrada e não restritiva é fundamental para alcançar e, principalmente, manter o peso ideal a longo prazo, acabando com o indesejado “efeito sanfona”.


Sefundo, o Dr. Antonio Herbert Lancha Jr. Chefe do Laboratório de Nutrição e Metabolismo Aplicado à Atividade Motora da Universidade de São Paulo (USP), não é recomendável tomar esses shakes por conta própria, sem orientação, deve-se consultar uma Nutricionista, além de um Endocrinologista. Ainda assim, mesmo sob orientação o uso do Shakes deve ser limitado a uma refeição por dia. E as demais refeições devem ser completas, de modo a suprir as carências nutricionais.

Dr. Lancha Jr., ainda pondera que “o uso do Shake não corrige os problemas causados por uma alimentação irregular e de má qualidade. Passado algum tempo, se não houver reeducação alimentar, a pessoa volta a engordar”.

O porquê se come errado que deve ser investigado e tratado. A mudança necessária para se levar uma vida saudável que devem ser estudadas para que a perda de peso e manutenção do peso adquirido se mantenham para todo o sempre.

De nada adianta querer restringir ao máximo os alimentos, já que ninguém aguenta viver em privação apara sempre. E que ainda consiga, terá perda de nutrientes importantes, uma vez que nenhum nutriente deve ser excluído, seja ele carboidratos, lipídios, proteínas, gorduras, vitaminas ou minerais. Todos são importantes e cumprem uma função para o organismo dentro das medidas e quantidades certas.

O engorda e emagrece constante, além de dificultar cada vez mais o emagrecimento, ainda pode levar a variação de pressão arterial, problemas de glicemia, resistência à insulina e colesterol alterado. O melhor é a reeducação alimentar.

A nutricionista Cíntia C. Gimenes, alerta que “o emagrecimento rápido e sem orientação, pode causar perda de massa muscular, água, eletrólitos e minerais em vez de gordura, além de desregular o metabolismo, ficando mais lento”. É importante considerar as diferenças individuais e alterar a rotina, para tratar o sobrepeso e obesidade com adoção de uma vida mais ativa e uma dieta equilibrada, não por um curto espaço de tempo, mas para todo o sempre.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Para começar bem o dia





Algumas pessoas tem o hábito de, após levantar-se não se alimentarem. E só irão fazê-lo na hora do almoço.

Péssimo hábito!

Pular refeições é péssimo para o organismo que entende que irá faltar “combustível” e passa a economizar o casto calórico e super aproveita os nutriente e, pior, gorduras e açucares, da próxima refeição, que por ter se privado da refeição anterior acaba comendo mais na seguinte.

Mais grave ainda se essa refeição for o café da manhã. Tomar um bom café da manhã significa repor as energias gasta durante a noite. Energias essa que serão necessárias nas atividades diurnas. Pular essa refeição pode gerar irritabilidade, fraqueza e desconcentração.

A nutricionista Carla Yamashita, do Fleury sugere como ideal um café da manhã composto por fibras integrais, carboidratos e proteínas. “Segundo ela, as fibras são importantes para o funcionamento intestinal, controle do colesterol e da glicemia”.



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A Guerra da Indústria das Guloseimas contra Direito do consumidor e sociedades Médicas


A escalada da obesidade Infantil no Brasil vem preocupando autoridades da Saúde Publica, que estudam regulamentar ainda mais a publicidade infantil de alimentos com alto teor de gordura, sódio e açúcar bem como de bebidas com baixo teor nutricional.



O aumento dos índices de obesidade infantil é alarmante e de certo que as propagandas não são as únicas vilãs, mas ainda assim, tudo que puder ser feito para diminuir esse índice vale a pena ser feito. Se pensarmos que a influência desse ou daquele fator é pequena nossas crianças continuarão engordando e ficando doentes cada vez mais.

O Código Brasileiro de Publicitária do Conar, um dos mais rígidos do mundo, já diz que “quando os produtos forem destinados às crianças, sua publicidade deverá abster-se de qualquer estímulo imperativo de compra.” Mas um projeto que tramita no Senado quer limitar os horários para veiculação de comerciais de alimentos “engordativos” entre 21h e 6h, seguidos de alertas sobre risco do consumo excessivo dos produtos.

Florianópolis e Belo Horizonte, tomaram a frente e proibiram a venda de alimentos com brindes colecionáveis como as redes de fast food oferecem incentivando as crianças a comerem mais. E quem resiste? Até eu, uma adulta que já entrou na casa dos “enta”, já pedi o lanche infantil só para ficar com os brindes, imaginem uma criança que não tem discernimento, senso crítico em relação ao anuncio, a comida e ao malefício que lhe fará? Ela apenas pensa na diversão, na alegria que o brinquedo, o brinde lhe trará. O apelo é tão envolvente, que lógico, que influência diretamente na escolha do produto pela criança.

Estudos realizados mostram que o aumento de mais de 200% na incidência de sobrepeso entre crianças de cinco a nove anos nos últimos 30 anos, não é apenas devido às propagandas. Inúmeros fatores contribuem, sendo o maior deles a genética, seguida pelos hábitos familiares entre outros fatores externos.

“A publicidade induz o filho a pedir”, mas é o adulto que libera e provê o alimento à criança. Essa permissividade pode ser explicada pela culpa da ausência dos pais no dia-a-dia da criança, pela falta de tempo em olhar e cuidar melhor da criança. Também pode ser explicada por ser um hábito também incorporado pela modernidade e comodismo do adulto. “Não adianta proibir refrigerante e colocar a garrafa na mesa”. A criança incorpora novos hábitos e condutas mais pelo exemplo do que pela palavra, pela ordem. Especialista sobre o assunto, obesidade, concordam que proibir não é um bom negócio. Por vezes pode aumentar ainda mais a vontade e o descontrole com aquele determinado alimento. Além do exemplo, o melhor é persuadir a criança a experimentar e optar por outros alimentos.

Quando há uma criança obesa na família, a família inteira deve ser tratada para que haja sucesso no emagrecimento daquele indivíduo. Não só a dieta alimentar deva ser igual para todos os membros da casa, como analisar os valores dados aos alimentos. Se os adultos estão usando-os de maneira adequada, servindo para nutrir ou se o alimento está servindo como premio e castigo. Enfim, a dinâmica familiar deve ser observada e adequada para que a criança emagreça de forma saudável.


Fonte: Equilibrio da Folha de S.Paulo, 07/08/2012 matéria de Juliana Alves

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Belo


Platão foi o primeiro a formular explicitamente a pergunta e moldar uma resposta. O que é o Belo? O belo é identificado com o bem, com a verdade e a perfeição. Para ele, o Belo existe independentemente do mundo concreto. O belo pertence ao “mundo das ideias”, da criação. O Belo era um ideal que não pertencia ao humano, aos traços individuais e a manifestação das suas emoções. A verdade é que o ideal de beleza sempre existiu e já foi pautado em proporções ideias matemáticas, relações geométricas fixas.


Para Aristóteles: “o belo não pode ser desligado do humano, está em nós” E se é do humano, é volátil, temporal e cultural. Está intrínseco valores e representações e por essa razão variam conforme o tempo, país e crença da época.

O Belo feminino e desejado já pertenceu as “gorduchinhas” com acentuadas curvas corpulentas que simbolizavam fartura.



 
  “As três graças”, obra-prima de Rubens no séc. XVII, hoje estariam mais para “as três desgraças”, por termos atualmente um ideal estético feminino que se aproxima das formas esguias e com músculos definidos da arte greco-romana.
 
 
Madona do cravo de  Leonardo da Vinci
 
 
 A modelo Isabeli Fontana com os filhos mostrando corpo esguio

O modelo de beleza hoje representa uma pessoa bem sucedida, autônoma, moderna, controlada, inteligente, jovem, atlética e saudável. Essa tensão psicológica, reforçada pelas mídias com bombardeio de imagens, reforçam ideologia do ter, fazendo-as reféns da opinião alheia e de imagens muitas vezes irreais, esquecendo os próprios valores e quem são.  


Especificamente, se falarmos da estética do corpo, estaremos falando de um universo único, particular e personalizado, que pensa, sente, fala e se movimenta de maneira que lhe é própria e peculiar, ou seja, será ainda mais variável. A estética do corpo está intimamente ligada a autoimagem e autoestima de cada um. Daí a importância em se ter um bom autoconhecimento para termos uma autoimagem mais próxima da real.
A imagem de cada corpo é a imagem que, consciente ou inconscientemente, fazemos de nós mesmos e queremos que os outros acreditem que somos.
O corpo, ou nossa imagem, resume quem somos física, social e intelectualmente.
A imagem corporal se desenvolve durante toda a vida, do nascimento até a morte. É uma estrutura complexa e subjetiva, de reconstrução incessante, resultante do processamento de estímulos externos advindos da aceitação dos outros, principalmente os pais e da nossa própria aceitação.
Nossas características físicas apesar de serem herdadas, hoje podem ser levemente modificadas e também voluntariamente interagimos com o mundo, influenciando-o e modificando a forma de ser e estar através de maquiagens, ginásticas e cirurgias plásticas.

Quando temos uma visão deturpada de nós mesmos, gera estresse, forte autocrítica, complexos e cada vez mais agrava a percepção distorcida. Esse quadro leva a uma preocupação exagerada com o espelho, uma preocupação obsessiva com a aparência, que na verdade é apenas reflexo de angústia e distúrbio psicológico podendo chegar a uma desordem dismórfica da autoimagem, fundindo-se com a psicopatologia, no qual a aparência adquire um enorme significado e o comportamento é afetado. Também pode acarretar outros distúrbios como: Distúrbios alimentares, depressão, fobias, abuso de álcool e abuso de drogas.

Desordem dismórfica da autoimagem é uma preocupação com um “defeito” discreto na aparência, real ou imaginado. Pessoas com esse problema não se comprometem, não enfrentam problemas, fogem das situações, transferem para outros a responsabilidade por tudo que lhe acontece. São pessoas insatisfeitas consigo mesma, que projetam a resolução dos seus problemas na aparência.

“Os vários sintomas corporais são mensagens da própria psique e está intimamente ligado aos complexos”  (Carl G. Jung)

Quando se conhece, valorizando-se nos aspectos positivos e aceitando-se nos aspectos negativos, podemos ir mudando-os um a um se quisermos, mas sempre no sentindo de buscarmos saúde e não pela imposição de um padrão massificado.

“O corpo não é um objeto no espaço, mas um processo no tempo. Somos um corpo que sente, pensa, imagina e sonha” (Stanley Keleman)

Sendo que saúde para a Organização Mundial da Saúde, "é um estado completo de bem-estar físico, mental e não mera ausência de moléstia ou enfermidade."
Assim, nossa imagem projetará nosso verdadeiro eu, realçando os aspectos positivos, nossas qualidades. Isso também não quer dizer que não devamos almejar a beleza. Buscar a beleza encoraja e promove uma autoimagem forte e positiva. Aumenta a autoestima e o bem estar. Pequenas alterações no exterior podem criar alterações extraordinárias no interior, já que ajudam a desenvolver a autoconfiança, mas não o transformam em outra pessoa.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Vira, Vira, Vira, Virou…

Curiosidade… é o que acaba levando muito jovens, crianças recém ingressas na adolescência a darem o primeiro gole. Esse “batismo” no mundo do álcool tem ocorrido entre os 13 e 17 anos, em média aos 15 anos de idade. Assustadoramente, 37% dos entrevistados contam que beberam antes dos 13 anos de idade. E 28% dos jovens dizem terem experimentado bebidas alcoólicas em casa e 19% estavam com os pais quando o fizeram. Mesmo aqueles que não bebem em casa, 58% dizem que seus sabem que eles bebem. Mas se bebida alcoólicas são proibidas para menores de idade, como e o que levam esses jovens a beberem? Antes dessa nova lei e fiscalização (mais importante do que a própria lei), muitos estabelecimentos acabavam vendendo bebidas sem a apresentação de documentos. Ou o menor comprava através de algum maior de idade. Mas a razão que os leva a beber em 54% foi a curiosidade e 40% a diversão como maior incentivo. Alguns também relataram a pressão de amigos para beberem e se sentirem pertencentes ao grupo, sendo que 54% deles estavam com amigos no 1º gole. O principal prejuízo em ingerir álcool nessa faixa etária é que “o sistema nervoso está em desenvolvimento e o álcool pode inibir esse desenvolvimento”. Além do mal que possa fazer a si mesmo, ingerir álcool aumenta o comportamento de risco, inerente ao adolescente, ficando fortíssimo tendo como consequências o sexo sem preservativo (+ de 6%) e acidentes de carro envolvendo mortes por dirigir bêbado. Quase metade deles já dirigiu após beber ou pegaram carona com alguém que estava bêbado. Mesmo sabendo as implicações nocivas dessa atitude, 31% dos jovens dizem beberem até passarem mal.

Além desses males, que já seriam razões suficientes para um consumo consciente, o álcool regular associado ao fumo tem maior risco de câncer de boca, faringe, laringe e esôfago. Sendo que bebedores e fumantes associados têm 12 vezes mais chances de desenvolver um câncer, principalmente o de esôfago, do que alguém que só fuma ou só bebe. E nesta pesquisa estamos considerando apenas 1 lata de cerveja por dia e um cigarro/charuto ao dia.

Do consumo social ao alcoolismo pode ser “um pulo”. Nunca se sabe quando um evoluirá para o outro. Um a cada três bebedores abusivos vai se tornar um doente crônico, conforme classificação da OMS.

Depois de experimentar a primeira dose de álcool, 3 entre 5 se tornaram bebedores regulares. Um em cada cinco desses bebedores se tornará um abusador e por fim, 1 a cada 3 que abusam de álcool se tornará dependente.

Os limites entre o uso regular e o abusivo não são perceptíveis facilmente, principalmente porque existe no Brasil uma cultura conhecida internacionalmente como “fiesta Drinking”que é beber no fim de semana em quantidades excessivas e ficar embriagado. Muitas gente começa bebendo apenas nos fins de semana e depois passa a beber no meio da semana, passa do seu limite e começa a perder o “passo da realidade”, não consegue identificar seus sentimentos e vai desenvolvendo a dependência aos poucos. Sem se dar conta a pessoa cria estratégias e rituais para afirmar, para si e para os outros, que não perdeu o controle, que ela pode parar na hora que quiser. Ela muda hábitos e rotinas, por vezes até o circulo de amigos e o convívio com a família, excluindo coisas necessárias para incluir a bebida. Mas não é o que acontece. A dependência só é percebida quando se tenta parar e não consegue.

Porque é difícil sair da dependência sozinho?

Primeiramente por que beber é um hábito socialmente aceito. Segundo por que num primeiro momento o álcool aumenta a atividade da dopamina, neurotransmissor ligado ao prazer. No cérebro a região que reconhece essa sensação é ativada pela dopamina, o que leva a repetição da ação. O Hipocampo, por sua vez guarda apenas as memórias boas relacionadas ao álcool, apagando os micos e demais coisas desagraveis que ocorrem. Marcando o beber com resultado de prazer (reforço positivo). Posteriormente, com o tempo o cérebro precisa de níveis mais altos de dopamina para funcionar, levando a pessoa a ingerir mais doses. E assim, o vício está instalado. Mesmo que a pessoa queira parar, sozinha, dificilmente ela conseguirá porque ocorrem as crises de abstinência, que variam de tremores, sudorese até insônia, náuseas e vômitos de 6 a 48 horas após o último gole. A abstinência pode se tornar perigosa quando a pessoa apresenta confusão mental, alucinações e até convulsões. São sintomas do delirium tremens e começa dentro de 48 a 96 horas após a última dose.

Dessa forma, todo tratamento deve ser acompanhado por profissionais especializados no assunto, algumas vezes fazendo uso de medicação para controle dos sintomas e até de internação.



Leia também: http://migre.me/72sD7

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A quantas anda seu coração???

O coração humano é uma bomba!






Podemos usa-lo em metáforas, e aí ele pode ser uma bomba quando dizemos que estamos de “coração partido” ou algo doce e agradável ao nos sentirmos apaixonados. Em ambas situações, metaforicamente ou não, ele tem importância vital para o bom funcionamento do nosso organismo e em nosso bem-estar.



Todas as emoções parecem ser sentidas pelo coração, ainda que direcionadas pela razão já que é a razão que dá sentido ao amor perdido. Ela que traduz “o que os olhos vêem...” para o coração que sente.



Desde as culturas antigas, o coração já se encontrava associado as emoções. Talvez porque ainda não conheciam as funções do cérebro e o coração é um órgão que percebesse a váriação do funcionamento conforme as emoções. Assim sendo, não aja por impulso, pense, repense e analise seus sentimentos para bem cuidar do seu coração. Isso porque ele não é apenas um receptaculo de emoções, mas um múscilo oco, do suistema circulatório, que se localiza no meio do peito, sob op osso esterno, ligeiramente deslocado para esquerda, responsável por alimentar todo nosso organismo através do bombeamento do sangue, que circula pelo nosso corpo.



Num estado emocional passivo, o coração bombeia o sangue por todo o organismo em 45 segundos. Batendo cerca de 110 mil vezes por dia bombeando, aproximadamente, 5 litros de sangue careregado de nutrientes e oxigênio necessário às nossas células.



As emoções podem influir no estado do coração, mas o perigo maior vem dele mesmo. Ao não darmos atenção à esse órgão tão importante em nossas vidas, negligenciamos sua manutenção, provocando assim, o mau funcionamento do mesmo ou popularmente conhecido como Infarto.



Infarto agudo do miocárdio (IAM) ou enfarte agudo do miocárdio (EAM), é um processo de necrose (morte do tecido) de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio, ocorrido pela obstrução das coronárias ou por espasmos das coronárias, na qual elas se contraem violentamente, produzindotambém o deficit parcial ou total de sangue ao músculo cardiáco. Esse tipo de espasmo também pode acontecer em vasos comprometidos pela aterosclerose. O coração sofre uma injúria irreversível e pode ir parando de funcionar, o que pode levar à morte súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca com conseqüências desde a completa recuperação até severas limitações da atividade física.

O infarto do miocárdio é a causa mais freqüente de morte nos Estados Unidos.



As anginas do peito podem evoluir para um infarto do miocárdio quando não tratadas. A angina de peito pode ser considerada uma dor amiga, uma manifestação desagradável, mas que avisa estar acontecendo algo de errado e grave com o coração, fazendo com que a pessoa atingida procure recurso médico antes que a doença se agrave.
Duração da dor - geralmente é de mais curta duração, se durar mais do que 15 minutos provavelmente se trata de infarto.
A dor surge com o esforço e passa com a parada, com o repouso.
As manifestações paralelas não costumam ser tão intensas como no infarto.
Os sintomas da angina de peito instável costumam surgir em repouso ao levantar pela manhã, e são de aparecimento súbito, com dores e desconforto moderado a severo, evoluem rapidamente para um estágio em que há um aumento no desconforto e na dor, tanto na intensidade como severidade.

Nos homens a dor pré-cordial é o sintoma mais freqüente, já nas mulheres o cansaço e fadiga extrema são os sintomas mais encontrados.
Nas mulheres é mais freqüente sentir náuseas, dores no epigástrio, ou nas costas, pescoço ou queixo.
Muitas vezes, sintomas outros que não a dor, são sentidos já há muito tempo antes do infarto ocorrer.
A dor geralmente irradia para o braço esquerdo, mas em 15% dos atingidos irradia para o braço direito.
Muitos sintomas de doença das coronárias são ignorados pelos pacientes e também pelos médicos. Existem infartos silenciosos, que são revelados ao eletrocardiograma ou outros exames por ocasião de exames rotineiros.




A principal causa do infarto é a aterosclerose, processo no qual placas de gordura se desenvolvem, ao longo dos anos, no interior das artérias coronárias, criando dificuldade à passagem do sangue.

Na maioria dos casos, o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando a formação do trombo e interrupção do fluxo sanguíneo.

Nos diabéticos e nos idosos, o infarto pode ser “silencioso”, sem sintomas específicos. Por isso, deve-se estar atento a qualquer mal-estar súbito que apresentado por esses pacientes.



Fatores de risco:


Tabagismo: O cigarro é o maior fator de risco para a morte cardíaca súbita.

Colesterol:O colesterol ruim (LDL), quando em excesso, deposita-se no interior das artérias, levando à aterosclerose.



Diabetes mellitus: A chance de ocorrência de infarto em diabéticos é 2 a 4 vezes maior.



Hipertensão arterial: Metade das pessoas que infartam é hipertensa.



Obesidade: Especialmente, a obesidade abdominal (acúmulo de gordura na região da cintura) aumenta a chance de um ataque cardíaco.



Estresse e Depressão: Além de fator de risco, quando não tratados, pioram a evolução dos pacientes após o infarto.

Cuidem bem do seu coração para, ainda viver, grandes emoções!





quarta-feira, 13 de abril de 2011

Amor também é ciência


Inspirada pela crônica e indignação de Antonio Prata, da Folha de S.Paulo, escrevo tentando esclarecer que o amor também é ciência e estudado. De certo que não são gastos as mesmas cifras gastas às cerdas e ergonômetria das escovas de dentes. Contudo, creio eu, que enormes horas de trabalho de cérebros tão talentosos quanto aqueles da química, da física e de outras tantas outras ciências também foram aplicadas no estudo sobre o amor

Desenvolver uma escova “high-tech da assepsia bucal” pode parecer “fichinha” diante da complexidade que envolve as relações humanas, principalmente a amorosa. Quando estudamos um objeto, no caso, a escova de dente, estamos falando de um produto único, mesmo considerando os diversos modelos e marcas. Falamos de um. Ao falarmos de uma relação nossa equação matemática é outra. Falamos de um grupo, mesmo que seja apenas dois. Mesmo se falássemos de indivíduo, único, suas peculiaridades já seriam bem mais complexas que as escovas de dentes. Mesmo considerando as variações de modelos e marcas que corresponderiam as diferenças individuais, a diversidade humana no que se refere à personalidade já é bem mais rebuscada que escovas de dentes, mas ainda assim podemos usar uma equação matemática simples. Nas relações a equação em questão é de nível médio, sendo necessário usarmos matrizes, determinantes e variáveis. E são essas variáveis que complicam tudo em todas as ciências envolvidas no estudo do amor. Nada é exato, concreto e nem sempre os resultados serão os mesmos quando expostos situações semelhantes. Trabalhamos com o abstrato, subjetivo, subliminar, individual e inconsciente, apesar de termos pelo menos dois no grupo. Socorro!!!! Peço a ajuda da sociologia, da língua portuguesa, da história, da comunicação, da química, da biologia, medicina, da neurociência e da psicologia. Com certeza precisarei de outras que ainda não citei.


A palavra relacionamento provavelmente vem de a palavra relacionar: Estabelecer relação ou analogia entre coisas diferentes. Assim sendo, o relacionamento entre pessoas é a forma como eles se tratam e se comunicam.


O trato às pessoas envolve conceitos, culturas, educações e valores diferentes que podem até se chocarem. Isso sem considerarmos as histórias de vida de cada um que originam os traumas e complexos, estopins de muitas discuções e brigas.


Algo que parece mais simples do que o trato, a comunicação, é um processo que envolve a troca de informações que envolvem símbolos como suporte para este fim: gestos de mãos, fala, escrita e outros que permitem interagir e efetuar algum tipo de troca.


Aqui já encontramos pelo menos duas dificuldades. A primeira é preciso interagir. Para isso os envolvidos precisam querer, ato volitivo, voluntário e espontâneo, no qual o outro não exerce força. Pode até influenciar, mas não terá o controle total do querer do outro. A segunda deve haver troca. Troca é troca. Um dá e o outro recebe. Parece simples, mas é ledo engano. Misturam-se com as expectativas, possibilidades e novamente o querer de cada um. Isso sem considerarmos o individualismo de cada um. E não falo da individualidade de cada um, saudável e necessária apara o bom desenvolvimento do ser humano. Falo do egoísmo.


Antes de partirmos para outras ciências, nos atentando ainda um pouco mais no ato de se comunicar, para a semiótica comunicar-se é a materialização do pensamento/sentimento. Ferrou! Ou seja, antes mesmo de comunicar-me com alguém, e veja bem, isso precede relacionar-se, devo estar ciente dos meus pensamentos e sentimentos. Quem está? Vivemos cada vez mais num ritmo e num mundo voltado para as exigências do externo, do cumprimento de metas, horários e prazos e negligenciamos a nos mesmos.
Como você pode perceber estudar o amor é deveras oneroso e trabalhoso tendo que ser feito cuidadosamente para que uma ciência não se sobreponha a outra, para que os românticos e os revolucionários não percam a ilusão da magia e a ausência das tecnocracias e para que as relações não sejam ausentes de discuções.


Pode parecer sadismo ou masoquismo, mas atritos nas relações são importantes e necessários. Uma DR (discução de relação) é que nos faz sair do invólucro do egoísmo, é uma tentativa de atentarmos também para a necessidade do outro. É a possibilidade de olharmos para nossas mazelas. É a chance de melhorarmo-nos como pessoa e como ser humano.


Talvez Pontes, por essa perspectiva e com um pouco de criatividade(capacidade dotada apenas aos humanos), seja mais romântico discutir na cozinha, às duas e meia da manhã as necessidades amorosas do casal.








sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Altos e Baixos

Nosso corpo é uma grande e inteligente máquina. Perfeita quando em perfeito estado. Contudo, cada vez mais estamos encontrando algumas alterações. As emoções influenciam e são influenciadas pelos hormônios, que por sua vez controlam todo organismo. Aí surge a grande pergunta: o que vem primeiro? Por hora isso é o que menos importa. Precisamos aprender a mantermo-nos saudáveis, física e mentalmente. Algumas vezes tentamos realizar mudanças físicas e comportamentais e mesmo que, aparentemente, estejamos fazendo tudo certo, não conseguimos êxito. Talvez sejam nossos hormônios que estão alterados.
Estudo com 55 mil pacientes acabou provando que pacientes com hipodireoidismo subclínico (sem sintoma) têm mais probabilidade de desenvolver doenças coronarianas.
A tireóide é uma glândula responsável pela produção de T3 e T4, que regulam funções do coração, cérebro, fígado, rins e outros. Quando a tireóide produz esses hormônios numa quantidade menor do que a necessária dizemos que a pessoa tem hipertireoidismo. Ou seja, o metabolismo fica mais lento, podendo causar constipação, cansaço excessivo, sonolência, aumento de peso, queda de cabelo, infertilidade e depressão. Já o aumento da produção desses hormônios, chamado de hipertireoidismo, acelera o metabolismo causando perda de peso, agitação, insônia, palpitação entre outros sintomas.
Assim, pacientes que os níveis hormonais de TSH alto podem sinalizar falha no funcionamento da tireóide, mesmo que ainda o T3 e T4 não apresentem queda. E nessas pessoas há um aumento dos níveis de colesterol e triglicérides, aceleração do processo de formação de placas de gordura e aumento das lesões na parede interna dos vasos.
A pesquisa revisou dados de pessoas em vários países ao longo de 20 anos e publicou no “Journal of the American Medical association”.  Os dados indicaram que o risco de ter uma doença coronariana ou infarto é 89% maior nessas pessoas. A chance de morrer também é 58% mais alta para esse grupo.
O problema atinge 8 a 9% dos brasileiros, principalmente mulheres e freqüentemente atinge a geração futura: as filhas. Então vale a pena realizar exames regulares e visitas ao médico.



Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Matebolica

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Cada um na sua


Diga Não ao ATO MÉDICO



As entidades do setor de saúde vêem lutando contra o projeto de Lei SCD nº 268/202.  Algumas ações estão sendo feitas e obtivemos um primeiro resultado desse esforço ao conseguirmos, pelo menos que o projeto não fosse aprovado “a toque de caixa”, com tamanha urgência tendo ainda pontos bastante controvertidos.  Não queremos nada de ninguém, apenas o que é de direito. Cada um na sua...
A maior discordância é o do artigo 4º que na redação atual, restringe apenas aos médicos a possibilidade de apontar as doenças (diagnóstico nosológico) e prescrever tratamentos, excluindo por direito, os  3 milhões de profissionais da saúde (biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, profissionais da educação física, psicólogos, técnicos em radiologia e terapeutas ocupacionais), devidamente formados e perfeitamente habilitados para exercerem sua profissão, de atuarem plenamente na sua profissão, em detrimento de 340 mil médicos.

Não estamos desfazendo da classe médica. Eles têm o seu mérito e competência, 13 áreas da saúde regulamentadas.contudo apenas dentro da sua área de estudo e atuação E não das outras  Cada área da saúde demanda 4 ou 5 anos de estudo apenas dentro do seu objeto de estudo. A formação médica é de no mínimo 6 anos de formação e pelo menos 2 anos de especialização. “Para adquirir as habilidades e competências para fazer o diagnóstico e as respectivas prescrições terapêuticas nas 13 áreas das profissões regulamentadas, os médicos teriam que estudar no mínimo mais 50 anos. Assim, ao delegar aos médicos o exercício de atos privativos para os quais eles não possuem treinamento, o Estado coloca em risco aumente a a saúde da população e engessa o desenvolvimento das profissões da saúde.”
Outro ponto de desacordo é sobre os artigos que restringem aos médicos a chefia da equipes de saúde.

Para saber mais acesse:
http://www.atomediconao.com.br/ e engrosse a lista de abaixos-assinados virtuais.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Liberar ou não liberar?

Ontem ocorreu o plebiscito sobre liberação do THC (tetrahidrocannabinol) nos E.U.A. e aqui no Brasil esse assunto também é muito discutido. Alguns são contra e outros a favor e ambos justificam e argumentam por várias razões. Todos os argumentos, vistos e analisados isoladamente possuem suas vantagens e parecem atingir seus objetivos. Contudo sabemos que o ser humano ainda precisa de freios humanos, limites para fazer cumprir o que é certo. Os argumentos mais defendidos são da comercialização para coibir o tráfico e do uso medicinal. Ainda não tenho opinião formada sobre tal assunto, mas vale a reflexão.

Bem, em outros textos seguintes irei colocando outros argumentos e percorrendo um pouco mais para que possamos juntos deliberar e rascunhar uma conclusão.

Até onde sei, estudei e vi durante meu estagio em hospitais psiquiátricos foi que apesar da maconha não fazer mal para a saúde como outras drogas, se assemelhando ao malefício do cigarro e de não causar dependência química, apenas psicológica, ela é uma porta de entrada para uso de outras drogas e pode ser o “start” para psicoses em pessoas que já possuem a predisposição.

Arthur Guerra, psiquiatra responsável pelo Grupo de Drogas da Faculdade de Medicina da USP afirma que já desconfiava da relação entre o uso crônico da maconha e o aparecimento de casos psicóticos, comprovados agora pelo estudo publicado no peródico “Archives of General Psychiatry”

A ONU estima que 190 milhões de pessoas usem maconha no mundo todo. Desses a pesquisa selecionou 3.801 homens e mulheres entre 26 e 29 anos que usavam skunk- maconha mais forte e com maiores quantidades de psicoativo. A pesquisa também avaliou 228 pares de irmãos para estudo sugerindo que fatores genéticos e/ou ambientais têm menos chance de serem responsáveis pela psicose e pelas alucinações.

Esse estudo concluiu que jovens que fumam maconha há seis anos ou mais, apresentam risco maior (2x mais) de terem episódios psicóticos de alucinação ou delírios em relação a pessoas que nunca consumiram a droga. Contudo, não especificaram quantidade de cigarros/dia e nem a freqüência de uso.

A maconha pode ter bom uso medicinal, mas quem controlaria a venda e uso? Também, ainda não se sabe qual efeito colateral do uso prolongado mesmo fazendo uso medicinal, já que todo e qualquer droga medicamentosa possui sua contra-indicação e feito colateral.

Qual é a real intenção de quem defende essa causa? Curar ou usar? Não há outros medicamentos comprovados que causem menos danos ou riscos aos doentes?

Qual seria o custo/benefício do uso medicamentoso?

Há muito que percorrer ainda. Não devemos cair na tentação de defender ou proibir analisando um único prisma, todos devem ser considerados e considerados em sobreposição.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Longevidade

“A capital mundial da longevidade” é Okinawa, uma província ao sul do Japão, formada por pequenas ilhas, na qual habitam o maior número de centenários do mundo. Sendo eles autônomos em 80% dos seus velhos, dispensando cuidados hospitalares. E qual o segredo para viver tanto? Segundo o geriatra e cardiologista Makoto Suzuki, diretor do centro de longevidade de Okinawana, só a hereditariedade não justifica a longevidade, mas claro que ajuda. Porém, além da genética, outros fatores influenciam podendo aumentar em até 17 anos a vida. São eles: bons hábitos alimentares, atividade física, auto-ajuda (cultivo da autonomia e da espiritualidade) e ajuda mútua (apoio social ou voluntarismo).



Para Makoto, qualquer pessoa de qualquer país pode seguir essa receita e ter vida longa. Mas aqui eu pergunto: para quê viver? Por que você quer viver tanto? Se for para cumprir um propósito nobre, muito que bem. Alias só se vive muito se incluirmos ajuda ao próximo, (ajuda mútua) não é?

 
 
Fonte: FolhaSP - caderno Saúde pag C9 de 11/08/2010

domingo, 28 de março de 2010

Viciados em Net


Antes de falarmos propriamente do assunto, creio que caiba conceituar vício.
Vício (do latim "vitium", que significa "falha ou defeito" ) é um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem.

O termo também é utilizado de forma amena, contudo não possue o mesmo sentido, como por exemplo, viciado em chocolate, designando a pessoa adoradora de chocolate.

Muito comum, aos dependentes ou viciados, é usar a palavra adicto, termo inexistente na linga portuguesa. Termo usado na referencia de uma atividade ou um estado menor que dependência e maior que um simples hábito. De fato, seria algo que se aproxima muito de uma forte compulsão.

Dentro das dependências sem substância, que podem ser comparadas a comportamentos compulsivos, a única reconhecida nas classificações oficiais (CID-10 e DSM-IV) é o Jogo Patológico. Entretanto, o uso por Compulsão da Internet, bem como o excesso de exercício físico (Vigorexia), de trabalho (workaholic),, o Sexo Compulsivo, a Compulsão às Compras, alguns incluídos nos Transtornos do Controle de Impulsos, são quadros que devem ser mais bem estudados pelas importantes implicações na vida cotidiana. Portanto a adicção à Internet deve ser considerada uma adicção especificamente psicológica (ou comportamental).

Não só jovens, mas adultos também estão permanecendo mais tempo diante da internet. Isso talvez ocorra por que pessoas com alguns transtornos psicológicos primários, ou seja, pessoas com timidez, dificuldades no estabelecimento de relações interpessoais, inabilidades sociais e com baixa auto-estima acabam se favorecendo do anonimato, da ausência de comunicação verbal e do distanciamento para se socializarem e interagirem com outras pessoas. Estes são fortes fatores favorecedores ao uso compulsivo na net já que estas pessoas podem vencer suas dificuldades, adotando outras identidades e criar realidades alternativas sem as barreiras do contacto interpessoal direto (Estévez, 2001).

São pessoas que freqüentam continuamente chats, sites de relacionamentos e de programas de conversas instantâneas pela internet, em busca de prazeres negados pela realidade concreta, encontrando na rede a possibilidade de realizar todas suas fantasias, especialmente as sexuais, adotando outras identidades e criando realidades alternativas sem as barreiras do contacto interpessoal direto (Estévez, 2001). Esse tem sido o ponto chave, aparecendo sob a forma da busca continuada e excessiva de material erótico e pornográfico.

Contudo, para que a adicção a Internet seja considerada uma doença deverá primeiro, ser considerada assim no âmbito científico, de maneira consensual. Isso de forma alguma minimiza o problema de pessoas que chegam aos consultórios psiquiátricos em busca de “cura”.

Assim como em outras compulsões, pode-se facilmente confundir o “muito uso” com compulsão. Usar a internet é uma coisa, usar bastante a internet é outra coisa, usar continuamente e persistentemente a internet é ainda outra coisa e, somente usar abusivamente ou compulsivamente a internet é que se enquadraria no Transtorno de Uso Compulsivo à Internet, ou Adicção à Internet.

Ainda que não se saiba, até o momento e com certeza, se os problemas relacionados à Internet serão clinicamente significativos no futuro ou se serão de irrelevantes, o que se tem constatado é que seu uso pode estar presente em diversas patologias psíquicas, ora aparecendo como condição secundária à essas patologias, ora constituindo-se numa condição primária da própria patologia. No primeiro caso teríamos a manifestação de alguns transtornos através da Internet, como seria o caso da adicção ao jogo e ao sexo, no segundo caso como a nova descrição psicopatológica da Adicção à Internet.

Assim, denominar um compulsivo pela net é bem complicado uma vez que a Internet é um importante meio de trabalho para muitos, uma oportunidade de extraordinária criatividade para outros e uma vasta fonte de informação para todos. Com isso é prudente diferenciarmos o lazer, o trabalho e a informação da adicção, propriamente dita. Em resumo, tal como em outras dependências, no uso compulsivo à Internet existe uma absoluta necessidade de realizar essa atividade e, em não se levando a cabo, experimenta-se ansiedade.

O mais sensato, por ora, seria reservar a denominação "compulsão à Internet" aos usuários que, além de preencherem critérios de adicção, recorressem à Internet para jogos, bate-papo e pornografia, sendo que, dependente é a pessoa que se utiliza excessivamente da Internet, gerando uma distorção de seus objetivos pessoais, familiares e/ ou profissionais. Se uma pessoa passa horas e horas conectada, negligenciando obrigações familiares, pessoais e profissionais de forma reiterada, podemos estar diante de uma situação de adicção. Mesmo assim, não está claro se a compulsão à Internet deva ser considerada uma patologia própria ou se ela representa apenas um sintoma de algum outro estado emocional subjacente.



Ballone GJ - Compulsão à Internet, Mito ou Realidade, in. PsiqWeb, Internet, disponível em atualizado em 2003

sexta-feira, 12 de março de 2010

Drogas lícitas matam?

Segundo a Junta Internacional de Fiscalização a Entorpecentes, ligada à ONU, revela que houve um crescimento do abuso de medicamentos, sendo que em alguns países o consumo desses medicamentos já é maior do que o consumo de heroína, cocaína e ecstasy juntas.

Algumas drogas lícitas estão sendo usados com dosagens acima da recomendada ou para outros fins como os benzodiazepínicos (tranqüilizantes), analgésicos opióides e anfetaminas (como os inibidores de apetite). Esse tipo de abuso é mais comum até do que o vício em maconha, a principal droga ilícita no mundo.

A maior dificuldade em controlar o abuso e uso inadequado é que são medicamentos úteis para tratar doenças e por isso não podem simplesmente serem abolidos. Mas quando são usados de forma abusiva podem causar dependência e tolerância, precisando aumentar a dose para obter o mesmo efeito e acabam trazendo problemas como taquicardia, hipertensão, convulsões e até levar à morte.

E por falar em morte, duas drogas lícitas, psicoativas amplamente utilizadas e comercializadas no mundo: álcool e cigarro, já respondem por mais mortes que todas as substâncias ilícitas somadas.

“Segundo a OMS, o número de fumantes no planeta está em torno de 1 bilhão, correspondendo a 17% da população.” Os usuários de álcool, entre 12 e 65 anos de idade, considerando que pelo menos uma vez já consumiu de álcool, está em 75% da população e os que são considerados alcoólatras chegam a 12,3%.

Já os usuários de drogas ilícitas não excedem 5% da população com idade entre 15 e 64 anos e o que podem ser considerados dependentes está abaixo de 0,6%.

A OMS divulgou que o tabaco mata por ano 5 milhões de pessoas (10% de todos os óbitos) e 1,8 milhões (3,2%) morrem por decorrência do álcool. Já as mortes devido às drogas ilícitas estão em torno de 200 mil/ano (0,4%). Não estou com isso fazendo apologia ao uso das drogas ilícitas, apenas ressaltando os prejuízos de outras drogas que são subestimadas.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Uma coisa leva a outra


Índices altos de colesterol totais estão relacionados a maior risco de desenvolver câncer de próstata, foi o que um estudo com mais de 5 mil homens pela Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health encontrou. Aqueles com níveis totais de colesterol menores de 200 mg/dl apresentaram 59% menos risco de desenvolver câncer de próstata agressivo. Isso talvez porque as moléculas de colesterol interfiram na sobrevida das células cancerosas, burlando o ciclo normal de vida e morte celular. Contudo, altos índices de “colesterol bom”, o HDL está associado a um menor risco de desenvolvimento de câncer. O Tufts Madical Center que apresentou esse estudo no congresso da American Heart Association, em Orlando. A resposta de como isso acontece ainda não está totalmente esclarecida, mas acredita-se que seja pelo fato do HDL estar relacionado ao mecanismo inflamatório, sendo que HDL desempenha um papel antiinflamatório, matando assim a s células cancerosas. Outra hipótese pode estar no efeito antioxidante de uma proteína existente no HDL, já que substâncias antioxidantes ajudam na prevenção dos tumores. Porém, não podemos esquecer que geralmente quem possui altos níveis de HDL apresentam melhores hábitos de vida, o que também influência no aparecimento ou não dos cânceres.


Colaboração do Dr. Carlos Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Dados retirados do caderno Saúde do Jornal Folha de S. Paulo (21/11/2009)