segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Para todo o sempre


A tentação em resolver o excesso de peso sem esforço e em curto espaço de tempo é enorme e difícil de resistir, ainda mais sabendo que “gordinhos(as)” tendem a buscar “soluções mágicas”e que querem “ser emagrecidos” e não emagrecer assumindo e se comprometendo com o processo e mudanças necessárias para obtenção do resultado desejado, criou-se os shakes. Com a promessa de serem substitutos nutritivos e de baixa caloria para as refeições, os shakes foram criados em 1980 nos EUA, com a promessa de conseguir acabar com a guerra contra balança. Contudo, uma dieta equilibrada e não restritiva é fundamental para alcançar e, principalmente, manter o peso ideal a longo prazo, acabando com o indesejado “efeito sanfona”.


Sefundo, o Dr. Antonio Herbert Lancha Jr. Chefe do Laboratório de Nutrição e Metabolismo Aplicado à Atividade Motora da Universidade de São Paulo (USP), não é recomendável tomar esses shakes por conta própria, sem orientação, deve-se consultar uma Nutricionista, além de um Endocrinologista. Ainda assim, mesmo sob orientação o uso do Shakes deve ser limitado a uma refeição por dia. E as demais refeições devem ser completas, de modo a suprir as carências nutricionais.

Dr. Lancha Jr., ainda pondera que “o uso do Shake não corrige os problemas causados por uma alimentação irregular e de má qualidade. Passado algum tempo, se não houver reeducação alimentar, a pessoa volta a engordar”.

O porquê se come errado que deve ser investigado e tratado. A mudança necessária para se levar uma vida saudável que devem ser estudadas para que a perda de peso e manutenção do peso adquirido se mantenham para todo o sempre.

De nada adianta querer restringir ao máximo os alimentos, já que ninguém aguenta viver em privação apara sempre. E que ainda consiga, terá perda de nutrientes importantes, uma vez que nenhum nutriente deve ser excluído, seja ele carboidratos, lipídios, proteínas, gorduras, vitaminas ou minerais. Todos são importantes e cumprem uma função para o organismo dentro das medidas e quantidades certas.

O engorda e emagrece constante, além de dificultar cada vez mais o emagrecimento, ainda pode levar a variação de pressão arterial, problemas de glicemia, resistência à insulina e colesterol alterado. O melhor é a reeducação alimentar.

A nutricionista Cíntia C. Gimenes, alerta que “o emagrecimento rápido e sem orientação, pode causar perda de massa muscular, água, eletrólitos e minerais em vez de gordura, além de desregular o metabolismo, ficando mais lento”. É importante considerar as diferenças individuais e alterar a rotina, para tratar o sobrepeso e obesidade com adoção de uma vida mais ativa e uma dieta equilibrada, não por um curto espaço de tempo, mas para todo o sempre.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Para começar bem o dia





Algumas pessoas tem o hábito de, após levantar-se não se alimentarem. E só irão fazê-lo na hora do almoço.

Péssimo hábito!

Pular refeições é péssimo para o organismo que entende que irá faltar “combustível” e passa a economizar o casto calórico e super aproveita os nutriente e, pior, gorduras e açucares, da próxima refeição, que por ter se privado da refeição anterior acaba comendo mais na seguinte.

Mais grave ainda se essa refeição for o café da manhã. Tomar um bom café da manhã significa repor as energias gasta durante a noite. Energias essa que serão necessárias nas atividades diurnas. Pular essa refeição pode gerar irritabilidade, fraqueza e desconcentração.

A nutricionista Carla Yamashita, do Fleury sugere como ideal um café da manhã composto por fibras integrais, carboidratos e proteínas. “Segundo ela, as fibras são importantes para o funcionamento intestinal, controle do colesterol e da glicemia”.



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A Guerra da Indústria das Guloseimas contra Direito do consumidor e sociedades Médicas


A escalada da obesidade Infantil no Brasil vem preocupando autoridades da Saúde Publica, que estudam regulamentar ainda mais a publicidade infantil de alimentos com alto teor de gordura, sódio e açúcar bem como de bebidas com baixo teor nutricional.



O aumento dos índices de obesidade infantil é alarmante e de certo que as propagandas não são as únicas vilãs, mas ainda assim, tudo que puder ser feito para diminuir esse índice vale a pena ser feito. Se pensarmos que a influência desse ou daquele fator é pequena nossas crianças continuarão engordando e ficando doentes cada vez mais.

O Código Brasileiro de Publicitária do Conar, um dos mais rígidos do mundo, já diz que “quando os produtos forem destinados às crianças, sua publicidade deverá abster-se de qualquer estímulo imperativo de compra.” Mas um projeto que tramita no Senado quer limitar os horários para veiculação de comerciais de alimentos “engordativos” entre 21h e 6h, seguidos de alertas sobre risco do consumo excessivo dos produtos.

Florianópolis e Belo Horizonte, tomaram a frente e proibiram a venda de alimentos com brindes colecionáveis como as redes de fast food oferecem incentivando as crianças a comerem mais. E quem resiste? Até eu, uma adulta que já entrou na casa dos “enta”, já pedi o lanche infantil só para ficar com os brindes, imaginem uma criança que não tem discernimento, senso crítico em relação ao anuncio, a comida e ao malefício que lhe fará? Ela apenas pensa na diversão, na alegria que o brinquedo, o brinde lhe trará. O apelo é tão envolvente, que lógico, que influência diretamente na escolha do produto pela criança.

Estudos realizados mostram que o aumento de mais de 200% na incidência de sobrepeso entre crianças de cinco a nove anos nos últimos 30 anos, não é apenas devido às propagandas. Inúmeros fatores contribuem, sendo o maior deles a genética, seguida pelos hábitos familiares entre outros fatores externos.

“A publicidade induz o filho a pedir”, mas é o adulto que libera e provê o alimento à criança. Essa permissividade pode ser explicada pela culpa da ausência dos pais no dia-a-dia da criança, pela falta de tempo em olhar e cuidar melhor da criança. Também pode ser explicada por ser um hábito também incorporado pela modernidade e comodismo do adulto. “Não adianta proibir refrigerante e colocar a garrafa na mesa”. A criança incorpora novos hábitos e condutas mais pelo exemplo do que pela palavra, pela ordem. Especialista sobre o assunto, obesidade, concordam que proibir não é um bom negócio. Por vezes pode aumentar ainda mais a vontade e o descontrole com aquele determinado alimento. Além do exemplo, o melhor é persuadir a criança a experimentar e optar por outros alimentos.

Quando há uma criança obesa na família, a família inteira deve ser tratada para que haja sucesso no emagrecimento daquele indivíduo. Não só a dieta alimentar deva ser igual para todos os membros da casa, como analisar os valores dados aos alimentos. Se os adultos estão usando-os de maneira adequada, servindo para nutrir ou se o alimento está servindo como premio e castigo. Enfim, a dinâmica familiar deve ser observada e adequada para que a criança emagreça de forma saudável.


Fonte: Equilibrio da Folha de S.Paulo, 07/08/2012 matéria de Juliana Alves