sábado, 29 de setembro de 2012

29 de Setembro - Dia Mundial do Coração



É possível mantê-lo saudável!
 
 “Atualmente as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em nosso pais…e continuarão sendo a primeira causa em mortalidade até o ano de 2050.” 
 
Estudo Internacional constatou que em 90% dos casos os fatores de risco que levam ao infarto do miocárdio são a presença de hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado (presente em quase todos os obesos), tabagismo, obesidade abdominal e estresse de forma isolada ou associados entre si.
O segredo, segundo o Dr. José Leão, é manter a atenção sobre o estilo de vida e ser perseverante.
Por outro lado, como ensina o médico, alguns comportamentos são protetores, sendo que a presença está associada a uma menor probabilidade de desenvolver o infarto. São eles: consumo diário de frutas e verduras, baixa ingestão de álcool e atividade física regular.
Recomenda-se que os check-ups de coração comecem a partir dos 20 anos de idade ou caso apresente algum sintoma sugestivo de problemas cardíacos, tais como dores no peito (angina) desencadeadas pelo esforço físico ou emoções, aliviadas com repouso; falta de ar e inchaço nas pernas ou pelo corpo; sensação de alteração do ritmo cardíaco associado ou nãop a palpitação e desmaios etc.
“Também deve procurar o Especialista, a pessoa que tenha um familiar direto, pai/ com idade igual ou menor de 55 anos ou mãe com idade igual ou menor de 60 anos que tenham apresentado infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral ou morte súbita”.

 
 

Fonte: Folha de S.Paulo, Folha de Alphaville e Hospital Albert Einstein

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Trocas inteligentes


Todos os dias, ao acordarmos nos deparamos com algum tipo de escolha. Levantar ou não levantar? Tomar café ou não tomar café? E se tomar, o que irei escolher para o meu desjejum? Um pouco depois uma nova decisão a tomar: que roupa usar? E assim vai durante todo o dia.

Algumas decisões nos passam despercebido por já fazerem parte do nosso dia-a-dia. Já estão no “automático”. Outras, por vezes, nos requerem um momento de reflexão. Algumas ainda, decidimos no impulso, sem pensar. E outras optamos por serem decididas pelo coração. Mas e o que dizer daquelas decisões que domamos pelo estomago?
Ou pior... pelos “olhos maior que a barriga”?

Apesar de ouvirmos falar, cada vez mais, sobre obesidade como uma preocupação de saúde pública, como sendo uma PANDEMIA que já se alastra por quase todo o mundo e que seus índices são alarmantes, aos fazermos nossas escolhas desconsideramos todos esses fatos.

Mesmo ao escolhermos os alimentos para nossos filhos, por vezes, esquecemos que a criança não tem noção do que é ou não nutritivo. Do que deve ou não comer e oferecemos à ela, apenas alimentos da nossa preferência, o que nem sempre é o mais nutritivo.

Segundo a pediatra Virgínia Weffor, a criança deve ser apresentada ao maior número de alimentos possíveis até os três anos de idade, já que dos três aos cinco, ela passará por uma fase em que recusará novidade. Isso porque pesquisas indicam que para uma criança, diferenciar um sabor novo se é de seu agrado ou não, terá que experimenta-lo no mínimo 10 vezes.
Lembrando que uma criança que chega à adolescência obesa tem 80% de risco de se tornar um adulto obeso.
O combate à obesidade deve se iniciar ainda no ventre materno, com o cuidado da gestante. Pesquisas indicam que gestantes obesas tenderão a ter crianças com maiores chances de excesso de peso. Incentivo à amamentação, retardando a entrada de farináceos e açucares na alimentação da criança. Melhoria da qualidade dos lanches escolares. E mais atividades físicas voltadas para crianças. Esses são alguns pontos do Plano de Ações e Estratégias Para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Um Plano de política pública.
Mais de 33,5% das crianças de cinco a nove anos estão acima do peso, segundo IBGE de 2008/2009. Entre jovens de 10 a 19 anos de idade esse número é de 21,7% de meninos e 19,4% das meninas estão com sobrepeso.

Não dá para ficar esperando que só o Governo faça alguma coisa. E o que você pode fazer em casa?
Além de incentivar a prática de atividade física, que podem reduzir em 30% de chances a ocorrência da obesidade, providenciar que alimentos saudáveis estejam disponíveis, sempre ao alcance das crianças como frutas e legumes cortados prontos para o consumo, realizar trocas inteligentes.
Trocar o fast food que não tem vitaminas e minerais e é rico em gordura saturada e sódio por sanduiches caseiros. Refrigerante por sucos.

Os famosos pacotes de salgadinhos que são ricos em gorduras e sódio, além de possuírem 15% das calorias totais diárias, por pipoca de panela ou torradas com patê caseiro.
Macarrão instantâneo, com alto teor de sódio e excesso de gordura saturada, além das altas calorias e dos corantes, por macarrão com temperos caseiros.

A famosa pizza com refrigerante, que 2 pedaços + 1 lata possuem em média, 541Kcal por 6 unidades de charuto de repolho + 6 unidades pequenas de charuto de uva + ½ pão sírio + 1 colher de sopa de homus com um copo de suco de maracujá com adoçante, com somente 348Kcal.
Até o cereal matinal dá pra ser substituído por conter muito açúcar e amido, carboidrato com baixo teor de fibra, ainda acrescido de leite integral, por uma vitamina de frutas com leite desnatado e 2 biscoitos recheados ou 4 sem recheio. Ou ainda um pão integral com queijo. Ou um iogurte de frutas picadas.

Cuide do seu corpo, cuide da sua saúde...
Escolha o melhor...
Faça troca inteligêntes!!!

 

 

 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Raiva, construtiva???






“...Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo”

Mahatma Ganghi



Emoções... Por vezes difíceis de serem distinguidas, percebidas, entendidas, aceitas e muitas vezes, controladas. Mas, a verdade é que ela sempre está a nos rondar, influenciando nossas ações e interpretações dos fatos, queiramos ou não. Percebemos ou não.
Quem controla quem? Embaraçoso dizer, mas a maioria se deixa levar pelas emoções e a culpabiliza pelos seus atos, às vezes insanos. Outros creem que as têm sobre seu poder, mas apenas deslocam sua manifestação, que indiretamente e inconscientemente, se voltam contra quem às sente. Aparecem as doenças psicossomáticas.
Uma grande confusão, é fácil e frequentemente feita: sentimento e emoção, não são a mesma coisa. “Um sentimento é a construção de uma estrutura emocional vivenciada”. As emoções são respostas neuro-hormonais e os sentimentos são essas emoções refletidas, analisadas e conceitualizadas, podendo haver transformações na forma do individua se relacionar com o meio.
Algumas emoções são inerentes ao ser humano. Todo e qualquer ser humano as sentem, mesmo quando quer nega-las. Uma delas é a raiva. Todos sentem em algum momento da vida. E os ditos populares são partes de verdade e expressam muito bem alguns fatos, por exemplo, “ninguém gosta de engolir sapo”. Neste caso, o sapo ao qual se refere, é a raiva. E quando não engolida e nem analisada, acaba por causar estragos no meio, nos relacionamentos e muitas vezes sendo até perigosa por levar à ações violentas e impensadas, o que é pior. Contudo, igualmente péssimo é quando a raiva engolida. Porém, agora o estrago é contra quem as sente, atacando o coração através de uma hipertensão, a tireoide, os rins e até mesmo, propiciando um pacote completo de todas essas doenças e mais outras, algumas irreversíveis, como a diabetes, com a obesidade.
Sim, a raiva engorda! Além de a raiva acelerar a produção da adrenalina, o que nos prepara para fuga ou ataque, “na raiva ocorre uma elevação do açúcar no sangue, numa antecipação” ao gasto calórico necessário para o consumo dos músculos em uma das ações já citadas, ocasionando também um desequilíbrio da fome/saciedade.
Aqui gostaria de fazer uma distinção, que julgo importante. A emoção é a reação neuro-hormonal de um fato ocorrido contra nós. Este fato pode ser a ação de outrem impedindo a realização de algo que almejamos ou palavras deferidas contra nós.
A nossa resposta a essas ações, diferencio em: instintivas quando não percebida a tempo de serem analisada e refletidas provocando manifestações inadequadas de ações de agressividade verbal, fugindo ou atacando fisicamente e até mesmo quando nos paralisamos (a engolimos). E, humanas quando transformadas em sentimentos. As emoções quando percebidas e analisadas levam a ações construtivas ou não, a depender do nosso livre-arbítrio, mas não são instintivas, são elaboradas, planejadas e por isso podendo ser produtivas e criativas.
Chamo de humanas porque apenas nos humanos possuímos o córtex pré-frontal no qual ocorrem as ações intelectuais e racionais. Porém, para que esse trânsito químico-hormonal todo seja realizado, é necessário que o autor das emoções tenha um olhar interno, no qual consiga se aperceber das próprias emoções, as matrizes biológicas, a tempo de desviar o transito da ação para o pensamento, impedindo o prejuízo para si mesmo.
Quando não acionamos, através do pensar, do raciocínio o córtex pré-frontal, o hipotálamo, estrutura que regula o sistema endócrino e além do equilíbrio da pressão arterial, fome, saciedade e desejo sexual, trabalha em desarmonia as impressões sensitivas internas e externas não obtendo uma resposta adequada, deixando de ser construtiva.  
Assim sendo, se não quisermos adoecer, ao nos darmos conta de alguma sensação, usemos do tempo para reconhecermos qual emoção sentimos, analisarmos o que ela quer nos dizer e por fim, pensarmos na melhor estratégia a ser usada.
Podemos planejar uma ação vingativa, como Hitler, mas essa, ainda que pareça satisfatória, é apenas momentânea e novamente a insatisfação se voltará contra si. Ou podemos, como muitos líderes, Thomas Edison, Charlie Chaplin e outros que usaram a raiva por ter vivenciado historias trágicas para alavancarem sua vida. Mas para tal é preciso senti-la, reconhecê-la e transformá-la, criando algo que lhe agrade.

 


Fonte: Psiquê Ano IV No. 80 João Oliveira