Mostrando postagens com marcador Depressão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Depressão. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 29 de março de 2012

Automutilação



Diferentemente do que pode parecer, esse não é um ato praticado para chamar a atenção. Nem ao menos é o suicídio. Em menos de 1% dos jovens que se mutilam e a intenção desses atos era o suicídio. Muito pelo contrário. A maioria que se automutila, um em cada 12 adolescentes, comumente mulheres entre 15 e 24 anos, costumam cobrir seus cortes, batidas e queimaduras com as roupas e só são descobertos por acaso. Em geral, é a tentativa de aliviar uma dor emocional, angústia, raiva ou frustrações. Também, menos frequente, pode ser praticada como substituição de dores corpóreas. Isto é, uma dor maior para substituir uma dor menor.

Um estudo realizado no King`s College, em Londres e na Universidade de Melbourne, na Austrália, com 1.802 adolescentes acompanhados por 16 anos foi publicado na revista médica “Lancet”, afirma que menos de 1% dos jovens que se mutilavam, nantinham esse comportamento quando adultos, levando os pesquisadores a concluírem que, na maioria dos casos, o problema se resolve espontaneamente. Contudo isso não significa que seja dispensável tratamento, pois a automutilação está associada a doenças psiquiátricas como depressão, transtorno Bipolar, Síndrome do pânico, Anorexia, Bullying, epilepsia, ansiedade generalizada e merece receber atenção. Dar broncas e represálias ao descobrir esse comportamento dos filhos só piora o quadro. O melhor é recorrer à ajuda médica a fim de ser avaliado e tratado, já que alguns fatores de risco podem estar associados. Além da depressão e ansiedade já citados, abuso de álcool, uso de maconha, família desestruturada, histórico de agressão física na infância, personalidade impulsiva e saber que algum conhecido pratica a automutilação.

O automutilador tende a ter grandes dificuldades para se expressar verbal ou emocionalmente, portanto, não consegue falar publicamente sobre suas angústias nem chorar diante de outras pessoas, por vezes nem quando estão sozinhas. Essa dificuldade de expressão acaba, em muitos casos, sendo um forte fator que desencadeia o comportamento automutilador. Não possui amor próprio e usualmente define a si mesmo como sendo "um lixo humano". Desse modo, alguns tendem a se afastar da família e dos amigos.

Como acontece em outras compulsões, após cessar com a ação de mutilar-se, sentem-se extramente culpados e envergonhados da sua atitude. Alguns abandonam qualquer tipo de atividade em que seja necessária a exibição do corpo, como ir à praia ou a um clube, para que seus cortes e cicatrizes permaneçam ocultas e, desse modo, não tenham que falar sobre o problema. Não possui qualquer expectativa com relação ao futuro, pois se considera incapaz de alcançar qualquer coisa realmente boa. E ainda que consiga não é o bastante para que abandone as práticas autoagressivas, o que faz com que retorne à mesma falta de expectativas a respeito da vida.

Alguns indivíduos afirmam que escrever (textos, poemas, contos, músicas, etc.) lhes parece de grande ajuda, como uma forma de expressar suas emoções, o que não conseguem fazer de outras formas. Desse modo, a necessidade de se automutilar diminui significantemente.

Quando o indivíduo consegue superar a doença, o primeiro problema com que se depara é a sensação de vazio. Muitos ex-automutiladores afirmam que se tornaram incapazes de qualquer sentimento comum ao ser humano, como ódio, raiva, indignação, medo, insegurança, alegria, amor, etc. Sentem-se apáticos e desinteressados com relação a qualquer assunto que os rodeie. "Se alguém morresse ao meu lado, eu não daria a mínima" é uma sentença que bem traduz esse estado de espírito. Tal sensação tem sido observada em vários indivíduos, porém, não se estende por muito tempo. Ainda que tenha alguma recaída, o ex-automutilador tende a sentir cada vez menos falta do comportamento autoagressivo e, com o tempo, o abandona completamente.

Cicatrizes próximas podem ser sinal de problema. Uma forma comum de AM envolve fazer cortes na pele dos braços, nas pernas, coxas e abdômen. Os locais de lesão são, geralmente, áreas escondidas de uma possível detecção por outras pessoas. O número de métodos automutilantes se restringe à criatividade do indivíduo.

Exemplos de formas de automutilação, além de se cortar:

• Esmurrar-se, chicotear-se

• Morder as próprias mãos, lábios, língua, ou braços

• Apertar ou reabrir feridas (Dermatotilexomania)

• Arrancar os cabelos (Tricotilomania)

• Queimar-se, incluindo com cigarro, produto químicos (por exemplo, sal e gelo)

• Furar-se com agulhas, arames, pregos, canetas

• Beliscar-se,

• Ingerir agentes corrosivos, alfinetes

• Envenenar-se, medicar-se (por exemplo, exagerar na dose de remédios e/ou álcool), sem intenção de suicídio.

• bater a própria cabeça contra a parede,

A associação psicoterapia e medicação tem se mostrado eficaz nos casos de automutilação. A psicoterapia, nestes casos, tem como um dos objetivos ajudar o paciente a identificar outras formas de lidar com frustrações que sejam mais eficazes do que seu comportamento. Ainda não há medicação específica indicada para que o paciente pare de se mutilar, entretanto, a medicação pode ser indicada para alívio dos sintomas depressivos e ansiosos que podem colaborar para a manutenção do comportamento.

O ideal é procurar um bom profissional, um psicólogo ou psiquiatra, que possa identificar as causas do problema no paciente e tratá-las

O automutilador necessita, sobretudo, do apoio da família e dos amigos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Alimento X Depressão


Estudo realizado com 3.500 participantes durante 5 anos e publicado no periódico “British Journal of Psychiatry” afirma que pessoas que ingerem grandes quantidades de alimentos industrializados têm 58% + chances de desenvolver depressão em comparação com as pessoas que mantêm uma alimentação rica em peixes, vegetais e frutas. Aqueles que consumiam mais comida processada como: sobremesas adoçadas, frituras, grãos refinados e produtos lácteos com alto teor de gordura, mostraram-se vulneráveis à depressão.

Segundo Renério Fráguas, coordenador do Instituto de Psiquiatria da USP, um suporte insuficiente de vitamina B12, principalmente a B1, folato e Omega 3 deixa a pessoa mais vulnerável ao transtorno depressivo, mas que é difícil saber se apenas a alimentação é responsável por isso ou se pessoas com uma vida mais estressante acabam consumindo mais alimentos processados, aumentando o risco à doença. Devem ser analisados e cruzados outros fatores como organização pessoal, hábito de sono e nível de estresse que também podem influenciar no resultado. No entanto, é certo que o tipo de alimento também interfere na disposição ou não ao transtorno da depressão.


Leia também: http://migre.me/6gVX3




domingo, 8 de novembro de 2009

Transtorno Mental



O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (Ipq) realizou um estudo na região metropolitana de São Paulo com 5.037 residentes dos 39 municípios da região. Foram excluídos moradores de rua, pessoas que vivem em instituições e presos. Esse estudo mostrou que 45% dos residentes já tiveram ao longo da vida algum transtorno mental, sendo o mais freqüente o grupo que compõem os transtornos de ansiedade, como estresse pós-traumático, fobias específicas e transtorno de pânico, com 28% dos casos. Os principais sintomas são: Sensação de medo e apreensão constante; sensação de pavor, de morte eminente; sudorese; ondas de frio ou de calor; dor de cabeça freqüente; insônia; sensação de boca seca; problemas gástricos (náuseas e indigestão); visão turva; sensação de insegurança e de incapacidade. Lembrando que para caracterizar o distúrbio é necessário apresentar pelo menos três sintomas durante 15 dias consecutivos.
A prevalência dessas doenças no mundo segue taxas mais baixas do que as apresentadas em São Paulo. Uma explicação para isso seria a “alta competitividade e expectativa social que são maiores em megalópoles do que em cidades menores”. As fobias específicas aparecem em segundo lugar com 12,4%, seguida de abuso e dependência de álcool e drogas, exceto tabaco com 11%. E ainda 7% apresentam transtorno de controle de impulso. Ou seja, conduta de oposição e desafio (não se adapta em nenhum ambiente), explosivo intermitente (crises de raiva, agressividade) déficit de atenção e hiperatividade. Os principais sintomas são a impulsividade, alta reatividade a situações e agressividade.
Mas isoladamente a depressão foi a doença mais prevalente com 18% dos avaliados. O transtorno de humor compreende a depressão maior ou leve, ciclotimia (oscilação de humor leve), transtorno bipolar e mania (humor elevado, euforia) e seus sintomas são: Alteração de humor (depressão ou euforia); alteração psicomotora (agitação ou apatia) e variação no biorritmo (sono apetite). Ainda de acordo com o estudo, as mulheres sofrem mais de depressão do que os homens. Uma em cada quatro mulheres manifesta o problema contra 11,3% dos homens. Todavia a doença incapacita mais aos homens, seja em relacionamentos, na vida social, no trabalho ou mesmo em atividade em casa. A incapacitação é maior quanto mais precoce apresenta-se a doença.
O mais preocupante é o suicídio que entre os homens é três vezes maior do que entre as mulheres e uma das principais causas do suicídio, com 35,8% dos casos, é exatamente a depressão. Também devemos considerar que dentro dos 22,4% dos que abusam de substâncias como álcool e drogas e cometem suicídio, poderemos encontrar alguns depressivos. “Os homens são mais agressivos e impulsivos do que as mulheres”, eles sabem lidar menos com os problemas do que elas e envolvem-se mais com bebidas e drogas muitas vezes mascarando os sintomas da depressão.





Dados retirados do jornal Folha de S.Paulo do caderno Saúde de 04 e 07 de novembro de 2009, reportagens de Juliane Silveira

quinta-feira, 17 de julho de 2008

CAUSAS da DEPRESSÃO


As causas da depressão podem ser inúmeras e podem ser multifatoriais. Acredita-se que a genética, alimentação, estresse, estilo de vida, drogas, e outros fatores estão relacionados com o surgimento da doença. A depressão pode ter origem em fatores endógenos (neuroquímicos, hormonais e genéticos), como em fatores exógenos (psicossociais), lembrando sempre que há uma esterita relação desses fatores, na qual um interfere e altera o outro.
A distimia geralmente aparece na infância, adolescência ou início da fase adulta e as causas podem ser relações familiares complicadas na infância, separação dos pais, orfandade, pais muito bravos, agressivos, distímico, famílias com maior incidência de depressão, pânico e Transtorno Obsessivo Compulsivo ou famílias com Transtornos de Personalidade, famílias com problemas de alcoolismo e/ou drogas. Ou ainda doenças incapacitantes e limitações físicas como cegueira, surdez, amputações, lesões de medula, dificuldades de locomoção e por reações duradouras de estresse pós-traumático.
A constituição psicológica também desempenha papel na vulnerabilidade à depressão. Pessoas com baixa auto-estima, que se vêem sistematicamente a si mesmas e ao mundo com pessimismo, ou que se deixam facilmente abater pelo estresse, são predispostas à depressão.
Uma pessoa mal humorada que não tem distimia, certamente pára de reclamar quando o motivo do mau humor é solucionado. Mas o mesmo não acontece com o distímico que continua achando problema em tudo.
Em algumas famílias, a depressão maior também parece ocorrer de geração em geração. Entretanto, pode igualmente manifestar-se em indivíduos que não possuem história familiar de depressão. Herdada ou não, a depressão maior está freqüentemente associada um possível desequilíbrio químico que envolve uma série de neurotransmissores em regiões do cérebro que comandam o humor, como o sistema límbico, o hipotálamo e o lobo frontal. Essa alteração bioquímica no cérebro é causada por um déficit no metabolismo, principalmente da serotonina, principal neurotransmissor, responsável pelo equilíbrio do humor e da sensação de bem-estar no indivíduo, mas também pode envolver a acetilcolina, dopamina, epinefrina e norepinefrina.
Essas alterações podem ser desencadeadas por agentes psicossociais como ocorrência de eventos negativos recentes como perdas significativas: morte de um ente querido ou perda do trabalho. Algumas doenças crônicas como: câncer, dores crônicas, doença coronariana, diabetes, Parkinson, derrame cerebral e outras. Dificuldade financeira, problemas no relacionamento afetivo/conjugal, estresse e falta de auto-estima. Alguns hormônios também podem ter um papel importante – ainda que isto não esteja muito claro. Ainda, atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal) responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são responsáveis por distúrbios depressivos importantes. Além desses, vale lembrar como efeito colateral do uso de certos medicamentos continuos, como betabloqueadores, corticosteróides, anti-histamínicos, analgésicos e antiparkinsonianos podem causar depressão, bem como a retirada de qualquer medicação utilizada a longo prazo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Tipos de depressão


Foi Hipócrates o primeiro a fazer relatos sobre ela. Ele criou a teoria dos 4 humores corporais (sangue, fleuma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra), no qual o equilíbrio ou desequilíbrio afeta a saúde. Segundo Hipocrates, Saturno levava o baço a secretar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo escurecendo seu humor, levando ao estado de melancolia. Foi no século XIX que Emil Kraeplin apresentou o conceito das depressões, semelhante à forma que elas são explicadas nos tempos atuais. Ao final do século XIX, a idéia de que os estados depressivos não tinham somente causa endógena foi fortalecida, surgiram diferentes terminologias, como por exemplo, depressão reativa, depressão neurótica, depressão de esgotamento, entre outras. Foi dentro deste panorama que se confirmou a hipótese de que a depressão tem causa multifatorial. A partir de 1993, a Organização Mundial de Saúde através da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), começou a adotar critérios fenomenológicos e descritivos para classificar as depressões.
A depressão não diagnosticada tem um impacto substancial na vida do indivíduo: traz sofrimento ao paciente, provoca grande tensão nas relações familiares, reduz a produtividade em relação ao trabalho. Isso sem falar nos altos custos gerados para os sistemas de saúde. E uma nova descoberta faz agravar ainda mais essa situação. “Todo episódio de depressão deixa rastros no cérebro. Quanto mais se espera por auxílio especializado, mais os neurônios vão sendo danificados. Um estudo realizado na Escandinávia relaciona a depressão não tratada ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Um paciente sem tratamento correto tem quatro vezes mais riscos de males como Alzheimer e Parkinson”, relata Thomas Schlaepfer, professor de psiquiatria da Universidade Johns Hopkins.
A depressão pode ser classificada em:
Primária (quando não tem uma causa detectável) ou
Secundária (atribuível a doenças físicas ou a medicamentos).
Genética, de acordo com o padrão de aparecimento em membros de uma mesma família (esporádica, espectral ou familial).
Unipolar (quando não há ocorrência de episódios de mania) ou bipolar (quando ocorrerem sintomas intercalados ou concomitantes de mania).
Leve ou grave, de acordo com a gravidade dos sintomas e o grau de comprometimento funcional.
Tipos de Depressão:Depressão reativa ou secundáriaSurge em resposta a um estresse identificável como perdas (reações de luto), doença física importante (tumores cerebrais, AVC, hipo ou hipertireoidismo, doença de Cushing, LES, etc.), ou uso de drogas (reserpina, clonidina, metildopa, propranolol, promazina, clorpormazina, acetazolamida, atropina, hioscina, haloperidol, corticosteróides, benzodiazepínicos, barbitúricos, anticoncepcionais, hormônios tireoidianos, etc). Corresponde a mais de 60% de todas as depressões.Depressão menor ou distimiaÉ uma desordem depressiva crônica, na qual os sintomas permanecem por períodos longos de tempo de forma leve, no qual o paciente consegue funcionar socialmente, mas sem experimentar prazer.Depressão maior ou unipolarÉ uma desordem depressiva primária, endógena, caracterizando-se por episódios depressivos no paciente predisposto à doença. Resultaria de tendência inata, determinada por fatores hereditários e bioquímicos que produziriam um distúrbio da neurotransmissão central, secundária a um déficit funcional de neurotransmissores (dopamina, noradrenalina e/ou serotonina) e/ou a uma alteração transitória de seus receptores ao nível do SNC. Durante o episódio, os sintomas depressivos são severos e intensos, causando prejuízo significativo nas atividades sociais, ocupacionais e de lazer do indivíduo, havendo alto risco de suicídio se não tratado. Corresponde a 25% de todas as depressões. A Depressão Maior pode ser manifestada apenas por um único episódio, ou ser recorrente.Depressão bipolar ou psicose maníaco-depressivaÉ também uma desordem primária, endógena e que se caracteriza por episódios depressivos alternados com fases de mania ou de humor normal, com estados de significativa mudança de humor do paciente (oscilações cíclicas do humor entre "altos" (mania) e "baixos" (depressão)). Quando deprimida, a pessoa pode ter alguns ou todos os sintomas de depressão. Quando em mania, torna-se falante, eufórica e/ou irritável, cheia de energia, grandiosa. A mania prejudica o raciocínio, a crítica (capacidade de julgamento) e o comportamento social, podendo ocasionar graves conseqüências e constrangimentos, pois a pessoa em fase mania se envolve facilmente em negócios mirabolantes e incertos ou em aventuras românticas e toma atitudes precipitadas e inadequadas. Se não tratada, a mania pode piorar, evoluindo para quadro psicótico (com delírios e/ou alucinações). Essa desordem afetiva estaria relacionada com um distúrbio da neurotransmissão central secundário a um déficit de neurotransmissores ou hipossensibilidade de seus receptores na fase depressiva e a um aumento destes neuro-hormônios ou da hipersensibilidade de seus receptores na fase maníaca. Corresponde a cerca de 10% de todas as depressões.Depressão pós-partoOcorre entre 2 semanas a 12 meses após o parto, com risco maior em mulheres com antecedentes de depressão. Considera-se que o parto seja um potente estressor, desencadeando depressão em mulheres com tendência à mesma. Este tipo de depressão pode dever-se a perturbações e alterações do foro emocional e/ou hormonal, uma vez que o corpo da mulher sofre demasiadas alterações com o nascimento de um bebê.
Tensão pré-menstrual (TPM)
Há depressão acentuada, irritabilidade e tensão antes da menstruaçãओ. Afeta entre 3% e 8% das mulheres em idade fértil.

sábado, 21 de junho de 2008

Sintomas da depressão


Os principais sintomas podem ser confundidos com tristeza, apatia, preguiça, irresponsabilidade e em casos crônicos como fraqueza ou falha de caráter. Mas só deve ser caracterizada como tal, quando presentes na maior parte do dia e perdurarem por no mínimo duas semanas. Falta de interesse pelas atividades que apreciava e não conseguir ficar parado. Contudo, seus movimentos são mais lentos que o habitual. Tem sentimentos inapropriados de desesperança, baixa auto-estima e desvalorização de si. A
Segundo o DSM-IV, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ª edição.
Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo;
Anedônia: Interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
Dificuldade de concentração: habilidade freqüentemente diminuída para pensar e concentrar-se;Fadiga ou perda de energia;
Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;
Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;
Idéias recorrentes de morte ou suicídio.
Depressão é um Transtorno Afetivo (ou do Humor). Também pode ser chamada de transtorno depressivo maior, caracterizada por uma alteração psíquica e orgânica global, com conseqüentes alterações constantes na maneira de valorizar a realidade e a vida. Devido ao afeto depressivo e negativo, as sensações físicas corriqueiras e habituais em qualquer pessoa são valorizadas pessimistamente nos deprimidos. Uma simples tontura, por exemplo, apesar de ser um acontecimento perfeitamente trivial na vida de qualquer pessoa, é percebida como algo mais sério pelo deprimido, como uma ameaça de desmaio ou coisa assim. Por causa do afeto depressivo as pessoas passam a observar exageradamente o funcionamento de seus organismos. Ora verificando o ritmo intestinal, ora prestando muita atenção às sensações vagas, aos formigamentos, às dores aqui e ali, às indisposições, palpitações e assim por diante.A depressão é o resultado de uma alteração da ação de neurotransmissores no cérebro, na comunicação entre as células cerebrais, os neurônios, causando um desequilíbrio químico-fisiológico. No caso da depressão, são importantes duas substâncias: a serotonina e a noradrenalina. Elas estão envolvidas em todos os processos responsáveis pelos sintomas da doença. Os sintomas da depressão interferem drasticamente com a qualidade de vida e estão associados a altos custos sociais: perda de dias no trabalho, atendimento médico, medicamentos e suicídio. Pelo menos 60% das pessoas que se suicidam apresentam sintomas característicos da doença. Embora possa começar em qualquer idade, a maioria dos casos tem seu início entre os 20 e os 40 anos. Tipicamente, os sintomas se desenvolvem no decorrer de dias ou semanas e, se não forem tratados, podem durar de seis meses a dois anos. Passado esse período, a maioria dos pacientes retorna à vida normal. No entanto, em 25% das vezes a doença se torna crônica.

terça-feira, 17 de junho de 2008

"Deprê"


Escutamos com certa freqüência que fulano está deprimido, está triste e está “pra baixo”. Infelicidade, tristeza, desânimo, inutilidade, culpa e até vazio são sentimentos normais que qualquer pessoa pode sentir após acontecimentos indesejáveis, traumas e decepções. Porém, “depre” quando usado nesse sentido não necessariamente estamos falando de uma pessoa doente, com depressão. Esse termo é muito usado de forma banal para descrever momentos, no qual se encontram tristes. Em uma ou duas semanas esses sentimentos devem desaparecer. Fala-se de sentimentos e não da doença depressão que, apesar de semelhanças, é algo diferente e exige tratamento.
Apesar de caracterizada desde a antiguidade, representa hoje, uma das doenças mais comuns da era moderna. Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. Mesmo tento tratamento a depressão é um transtorno recorrente, sendo que aproximadamente 80% dos indivíduos que receberam tratamento para um episódio depressivo terão um segundo episódio depressivo ao longo de suas vidas. Quatro é a média de episódios que uma pessoa chega a ter durante sua vida.
A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. É um mal que acomete homens, mulheres e crianças, de todas as etnias e classes sociais, porém a ocorrência em mulheres é o dobro da ocorrência em homens. Todavia, esta diferença desaparece completamente entre os 50 e 55 anos. A depressão nervosa é causa comum de aposentadoria por invalidez na América do Norte e em outros países da Europa. Nos anos 90, a depressão foi considerada como a quarta causa de incapacitação. Segundo a OMS, em 2020, a depressão nervosa passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença, após doenças coronárias. Estima-se que 15% das pessoas com depressão grave tentam suicídio. Mais de 60% dos suicídios são atribuíveis a depressão. A taxa de suicídio entre depressivos é 30 vezes maior do que a média da população em geral. E apesar de acometer mais mulheres que homens, eles morrem quatro vezes mais por suicídio que elas (apesar de elas cometerem mais tentativas). Ainda, a depressão é considerada em várias partes do mundo como uma das doenças com maior taxa de mortalidade.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

DEPRESSÃO


Sinto me exausta,
Cansada de tentar,
Sem força pra seguir.

Os dias passam
E servem pra me certificarem
Do fracasso, do esforço inglório
Da vida sem sentido,
Do sentido contrário que caminho.

Sinto me exausta,
Cansada de lutar,
Sem força pra continuar.

Os dias passam
E servem pra me mostrar
Que me afogo nas ilusões
E mesmo frente às decepções
Insisto no caminho

Sinto me exausta
Cansada de respirar
Sem força pra mudar

Os dias passam
E servem pra me forçar
A reconhecer a mediocridade,
A insignificância do meu ser,
O exemplo a não ser seguido

E num último suspiro
O que deixo inscrito
É que sigam o inverso
Do que por mim foi dito.
E percorram outro caminho
Que por mim não foi seguido.

Que em minha homenagem
Eu seja o exemplo
Daquilo que não deve ser seguido
Dando utilidade a um ser
Que teve oportunidade e
Que não soube SER

Sinto me exausta
Cansada, sem força,
Nada mais quero
Nem coisa, nem ninguém
Apenas me aquietar
Fechar os olhos
E aguardar tudo silenciar...