quarta-feira, 13 de julho de 2011

Obesidade Cirúrgica

Faço uso de informações citadas pelo Dr. Drauzio Varella ao jornal Folha de S.Paulo, no dia 26 de setembro de 2009 para abordar um tema ainda polemico, apesar do tempo que se passou.


Ele nos fala da popularização das cirurgias bariátricas como tratamento da obesidade grave, na qual o volume do estomago é reduzido radicalmente, em geral ficando com apenas 4 ou 5 cm, e conforme a técnica, o comprimento do intestino também é reduzido.

Apesar de encontrarmos muitos médicos que hoje em dia já realizam essa cirurgia, é uma intervenção de alta complexidade, que por vezes o paciente requer UTI [pós-cirurgia, principalmente os que sofrem de hipertensão e os super obesos (IMC acima de 45).

Segundo Dr. Drauzio os pacientes trocam uma doença difícil de tratar e cheia de complicações (a obesidade) por outra de curso mais benigno: a desnutrição crônica. Para mim, muito bem administrada com escolhas certas e nutritivas na alimentação e um pouco de suplementação vitamínica. O que, em geral ocorre é que a maioria esmagadora, mesmo tendo e sabendo da suplementação e das escolhas a serem feitas, não o fazem. Ou seja, qualquer tratamento de doença crônica, no qual não se segue corretamente as orientações, que não ocorrem mudança de comportamento, que só e tão somente só, ocorrerão com a mudança de pensamento, não obterá o resultado almejado e terá conseqüências desfavoráveis à sua própria saúde.

Mesmo que assim o seja, os resultados e benefícios do tratamento cirúrgico foram bem documentados em pelo menos dois estudos que nos mostram que, ainda vale à pena operar.

Um estudo sueco comparou 2.010 pacientes portadores de obesidade grave submetidos à cirurgia com 2.037 outros obesos tratados clinicamente durante 15 anos de acompanhamento, mostrando que a mortalidade do grupo operado foi 24% mais baixa.

Outro estudo conduzido nos Estados Unidos, no qual foram estudados 7.925 obesos operados comparáveis a outro grupo do mesmo tamanho, tratado clinicamente durante sete anos. A operação havia diminuído em 40% o risco de morte. A mortalidade por diabetes havia caído em 92%, por ataque cardíaco em 59% e por câncer em 60%. Inesperadamente, as mortes por acidentes e suicídios aumentaram em 58% entre os operados. Ainda assim, o balanço geral foi favorável ã cirurgia. Esse aumento não está esclarecido em quais circunstâncias ocorreram, mas um bom preparo pré-cirurgico e um acompanhamento pós-cirurgico multidisciplinar, principalmente psicológico diminuiria, quase a zero essa porcentagem de acidentes e suicídios em operados.

Outra grande vantagem para os cofres, públicos e privados, é que o tratamento clínico da obesidade sai 6 vezes mais caro do que o cirúrgico, uma vez que a perda de peso induzida pela cirúrgica pode curar o diabetes, facilitar o controle da hipertensão e do colesterol e simplificar correções de problemas ortopédicos, além da melhora de qualidade de vida.

Outro estudo, este, o primeiro multicêntrico que avalia as complicações imediatas da cirurgia em obesos portadores de cormobidades foi realizada em 13 hospitais americanos que recrutaram 4.776 portadores de obesidade grave, com a finalidade de documentar as complicações das 3 principais técnicas de cirurgia bariátrica, ocorridas no decorrer dos 30 primeiros dias do período pós-operatório. Os números foram semelhantes aos encontrados em outras cirurgias do aparelho digestivo. Os fatores encontrados de maior risco de complicações imediatas foram IMC acima de 53, história pregressa de apnéia do sono, incapacidade de andar 60 mts, trombose venosa ou embolia.

Agora pergunto: precisa esperar chegar a tudo isso para você resolver operar e se livrar da obesidade?

Desde 1991 existe um consenso internacional sobre indicações da cirurgia bariátrica: IMC maior ou igual a 40 ou maior de 35 com comorbidades (hipertensão e/ou diabetes difíceis de compensar, limitações ortopédicas, apneia do sono e outras); fracasso no tratamento clínico após 2 anos; obesidade grave instalada há mais de 5 anos.

Se você se enquadra nessa situação pense na possibilidade de tratar a obesidade cirurgicamente.


Para saber mais sobre obesidade visite o site: http://www.abcdaobesidade.com.br

Você também vai gostar de : http://migre.me/6d9GB



Nenhum comentário: