terça-feira, 13 de abril de 2010

Esquizofrenia

Hoje em dia, não mais é encarada como doença, mas como um transtorno do funcionamento cerebral, que se caracteriza classicamente por uma coleção de sintomas, os quais atingem todas as classes sociais, culturais, economicas e de generos.
De acordo com algumas estatísticas, a esquizofrenia atinge 1% da população mundial, manifestando-se habitualmente entre os 15 e os 25 anos de idade, nos homens e nas mulheres, podendo igualmente ocorrer na infância ou na meia-idade.
A origem ou causa da esquizofrenia ainda não está totalmente esclaredcida, mas sabe-se que é multifatorial, com um forte componente genético.

Teoria genética
A teoria genética admite que vários genes podem estar envolvidos, contribuindo juntamente com os fatores ambientais para o eclodir da doença. Pessoas sem nenhum parente esquizofrênico têm 1% de chances de virem a desenvolver esquizofrenia. Sabe-se que a probabilidade de um indivíduo vir a sofrer de esquizofrenia aumenta se houver um caso desta doença na família. Com algum parente distante essa chance aumenta para 3 a 5%. No caso de um dos pais sofrer de esquizofrenia, a prevalência da doença nos descendentes diretos é de 10 a 15%. Com um irmão esquizofrênico as chances aumentam para aproximadamente 20%, quando o irmão possui o mesmo código genético (gêmeo idêntico) as chances de o outro irmão vir a ter esquizofrenia são de 50 a 60%. Na situação em que ambos os pais se encontram atingidos pela doença, esse valor sobe para 40%.
No entanto, mesmo na ausência de história familiar, a doença pode ainda ocorrer.

Teoria neurobiológica
As teorias neurobiológicas defendem que a esquizofrenia é essencialmente causada por alterações bioquímicas e estruturais do cérebro, levando a um desequilíbrio neuroquímico em especial com uma disfunção dopaminérgica, embora alterações noutros neurotransmissores estejam também envolvidas no que se relacionam com comportamento, pensamento e senso-percepção. Essa teoria é a mais aceita, devido o sucesso das medicações atuarem através do bloqueio dos receptores (D2) da dopamina. A maioria dos neurolépticos (antipsicóticos) atua precisamente nos receptores da dopamina no cérebro, reduzindo a produção endógena deste neurotransmissor. Exatamente por isso, alguns sintomas característicos da esquizofrenia podem ser desencadeados por fármacos que aumentam a atividade dopaminérgica (ex: anfetaminas).
Teoria do Fluxo Sangüíneo Cerebral
As pessoas com esquizofrenia parecem ter dificuldade na "coordenação" das atividades entre diferentes áreas cerebrais. Por exemplo, ao se pensar ou falar, a maioria das pessoas mostra aumento da atividade nos lobos frontais, juntamente a diminuição da atividade de áreas não relacionadas a este foco, como a da audição. Nos pacientes esquizofrênicos observamos anomalias dessas ativações. Por exemplo, ativação da área auditiva quando não há sons (possivelmente devido a alucinações auditivas), ausência de inibição da atividade de áreas fora do foco principal, incapacidade de ativar como a maioria das pessoas, certas áreas cerebrais. A Tomografia por Emissão de Pósitrons mede a intensidade da atividade pelo fluxo sangüíneo: uma região cerebral se ativa, recebendo mais aporte sangüíneo, o que pode ser captado pelo fluxo sangüíneo local. Ela mostrou um funcionamento anormal, mas por enquanto não temos a relação de causa e efeito entre o que as imagens revelam e a doença: ou seja, não sabemos se as anomalias, o déficit do fluxo sangüíneo em certas áreas, são a causa da doença ou a conseqüência da doença.
As teorias familiares surgiram na década de 1950, apesar de terem bastante interesse histórico, são as que menos fundamento cientifico têm. Baseadas umas no tipo de comunicação entre os vários elementos das famílias e aparecendo outras mais ligadas às estruturas familiares. No entanto, estudos posteriores vieram desconfirmar esta hipótese, relacionando aquele comportamento naterno mais com etiologias neuróticas e não com a psicose.
Um exemplo de esquizofrênico famoso é o matemático americano John Forbes Nash, do filme Uma Mente Brilhante, que apesar do desafio de conviver por toda a vida com os sintomas típicos, foi um intelectual importante e deixou grandes contribuições às áreas de economia, biologia e teoria dos jogos.

Talvez por, também, atingir pessoas com “mentes protigiosas”, muito inteligêntes e por serem os sintomas pouco perceptiveis a quem tem pouco convínio ou não preste atenção nas mudanças, que o diagnostico é dificil e muitas vezes tardio. Contudo não há “cura” mas controle dos sintomas.



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Um comentário:

Igor disse...

Sinceramente, eu não tinha tanto conhecimento assim da gravidade desse problema e devido ao número de teorias que você postou, eu pude entender melhor. Tudo bem que tem umas palavras muito complicadas da ciência, mais deu pra entender. KKKKKK' Achei muito bom e interessante! Parabéns e eu gostaria muito que você postasse algo sentimental por exemplo, existem explicações para indiferença que o ser humano convive né? Adoraria ver algo sobre isso, beijos.