quarta-feira, 12 de maio de 2010

Síndrome do Pânico

É um estado da civilização moderna, sedenta por resultados, que cobra, oprime e tem pressa. Talvez por isso um número tão grande de pessoas tem sido acometido por esse mal. É um ataque repentino de pânico, no qual a pessoa desconecta-se do mundo e amplificam as sensações corporais de taquicardia, sudorese, dor no peito, medo de perder o controle, pernas fracas, contrações musculares, pressão na cabeça, falta de ar e formigamento. Ainda vivenciam a sensação de que o ambiente em que estão é estranho e perigoso. São sensações reais e o portador da síndrome acredita que esteja tendo um enfarto ou um derrame de tão sufocantes que elas se apresentam. A pessoa sente a morte eminente. Vivenciada sempre como uma situação limite, dramática. São manifestações físicas e psíquicas que reunidas e recorrentes formam o quadro sintomatológico da Síndrome do Pânico conforme reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), CID-10 F41.0.

Contudo, esses sintomas podem ser conseqüentes apenas do estresse (em 80% das crises de pânico) e da ansiedade exacerbada e aguda sem fatores desencadeantes aparentes, principalmente após a realização de vários exames cardiológicos comprovando que não há nada errado com o coração. As crises geralmente duram minutos que parecem horas para quem as vivencia. Normalmente após a primeira crise ou ataque de Pânico a pessoa passa a ter medo de sentir medo. Devido a um processo de associação, a partir da primeira crise, qualquer estímulo interno (uma dor, tonteira, alterações nos batimentos cardíacos, etc) ou externo (um lugar, um cheiro, túnel, ônibus, metrô, etc) pode remeter à situação das crises anteriores e funcionarem como o elemento-índice, desencadeador de uma nova crise. Nesse sentido, fazendo parte de um procedimento defensivo para evitar que novas crises ocorram, vão se produzindo diferentes tipos de fobia e a vida cotidiana das pessoas acometidas dessa síndrome, vai se tornando restrita. De tal forma as limitações vão se impondo que o resultado é uma dramática incapacidade de dirigir a própria vida.

Dessa forma, indiscriminadamente, a pessoa portadora da síndrome do pânico começa a restringir alguns locais ou situações como dirigir, cozinhar etc que acredita serem os causadores da crise, passando a ter fobia e não mais pânico. Também pode começar a evitar lugares cheios ou fechados, passando a ser uma agarafobia.

6 comentários:

Igor disse...

Incrível o desenrolar dessa doença, uma certa vez, não tem muito tempo. Uma garotinha teve um ataque de sindrome do pânico no ônibus, ela começou a gritar como se estivesse sufocando ela, foi uma situação muito desagradável, pois, pra quem estava ao redor, tornava-se algo agonizador, ela dava altos gritos e a avó dela, estava desesperada e mesmo que tentássemos, acho que ninguém podia fazer muita coisa. Mais enfim, acho que sem dúvida alguma, pra quem está tendo o ataque, a situação é algo sem igual. Obrigado por ter postado sobre isso *-*

Ana Beatriz Cintra disse...

Eu que lhe agradeço pela visita e pelo comentário!

Unknown disse...

Eu me chamo Luis Henrique tenho 21 anos. Apesar da idade tenho um otimo emprego uma situação estavel e uma familia que cada vez me traz mais felicidade.
Mais apesar da felicidade, eu não fui excluido desta lista que cresce cada dia mais.
Em um certo dia dentro do Onibus eu comecei a sentir calafrios parece que tudo ia dar errado minha bexiga encheu começei a sentir dor de estomago nauzeas e não queria nem se quer ouvir a voz de alguem.
Até ai eu achei um fato estranho porem normal.
Mas em um certo dia na estação de trem
entre Bras e Guaianazes eu senti isto novamente e antes que pudesse sair as portas se fecharão, aquilo para mim foi o fim do mundo. Nunca fui uma pessoa nervosa mais passei a sentir raiva de quem estava ao meu redor. final das contas... eu desci em uma estação e liguei para minha esposa vir me buscar... mesmo assim hoje em dia raramente sinto isto mais ainda sinto. E sabe como eu controlei isto?
Controlando meu corpo eu fechava os olhos e pensava isto não faz parte de mim... eu posso excluir isto não é mais forte que eu...
Bom Hoje tenho 22 anos pra falar a verdade vou fazer 22 e me sinto um homem mais que realizado por que consegui ter força para tratar o meu medo.... grato ... =] e so deixando um poukinho do que passei para compartilhar com vcs. E como eu pensei um dia. "Quem dita as regras do seu corpo é vc mesmo! obrigado

Ana Beatriz Cintra disse...

Luís Henrique obrigada pelo seu testemunho e parabéns pelo controle!

Ana Beatriz Cintra disse...

Claudio,antes de mais nada quero lhe agradecer pela sua linda e emocionante declaração. Despe-se da vergolha, se desenclausura e com coragem msotra sua cara e seus sentimentos. Também compartilho com você quando diz que, não existem, em Deus, obrigações. Não porque ele já nos deu a Vida, simplesmente porque ele é Tudo em tudo ao mesmo tempo. Cabe a nós, cada qual, fazer sua parte. É como a fábula da borboleta...temos que vencer, rasgar o casúlo para termos asas fortes para voar sem sermos desimados. E isso é um Ato de Amor Supremo!
Para mim bom senso não é deixar o novo seguir seu caminho saindo do dele, mas unirmo-nos, juntarmo-nos e no Respeito, permitindo que as diferenças apareçam, partilhar as vivências, conquistas e dores, alegrias e dessabores. O novo tem a energia motriz, mas o velho tem a sabedoria da experiência. Assim, um se alimenta do outro e ambos crescem.
Pânico, sindrome de Pânico como doença, não elimina a fé. Contudo, durante as crisesa energia da depressão, do estresse e da ansiedade generalizada se sobressaem à fé.
Sindrome do Pânico tem cura quando acompanhada por um psiquiatra e tratamento medicamentosos e psicólogos com tratamento psicoterapico. Você pode e conseguirá se cuidar, antecipar e posteriormente controlar as crises. Em média, os tratamentos de pânico tem duração de 2 anos, mas associados a outras patologias podem requerer acompanhamento vitalício. Mas, o que isso importa se for para você viver bem?!
Não desanime!!!! Cuide-se!!!
Peça ajuda e vença!!!

byClaudioCHS disse...

Ok, Ana Beatriz, obrigado pelas palavras. Tenho resistido a tratamentos e descobri através da leitura em muitos sites e blogs que essa resistência é uma característica dos que possuem o nível 1 do transtorno bipolar, que na verdade é o perfil que mais corre risco e depende de tratamento, mas já estou voltando a sala do psiquiatra. Vou me esforçar na retomada do tratamento e no uso de medicamentos. Valeu, Ana. Fica com Deus. E um beijo respeitoso pra você.