quarta-feira, 28 de maio de 2008

Epidemia Mundial


A obesidade é considerada epidemia pela Saúde Pública.

Juntamente com a depressão,
podemos colocar a obesidade como mal do século.


Excesso de gordura já fora sinônimo de saúde e bem estar, símbolo de status e qualidade de vida. Essa preocupação pode até parecer exagerada, porém nas últimas décadas a obesidade passou a representar uma das causas mais freqüentes de doença e morte precoce na sociedade. Infelizmente os tratamentos convencionais baseados na utilização de dietas, remédios e exercícios físicos não têm sido suficientes para tratar a obesidade. Assim, novas técnicas e tratamentos tiveram que ser pensados. Surge a cirurgia bariátrica para combater a obesidade. Basicamente há três técnicas cirúrgicas empregadas no tratamento da Obesidade Mórbida: Cirurgias Disabsortiva - A primeira cirurgia bariátrica ou operação de redução de peso. Ocorreu em 1954, o by-pass, retirada de grande parte do intestino fino (jejuno e ileo), idealizado por Kremen e Liner, ocasionando uma má absorção intestinal. Mas, apesar de reduzir em 40% o peso corpóreo, produziam seqüelas funcionais em grande freqüência e intensidade. Estas cirurgias conseguiam a perda de peso sem a necessidade de mudança dos hábitos alimentares, porém ocasionavam complicações graves.
Outras técnicas foram estudadas e viabilizadas. Criaram a Cirurgia Restritiva - Em 1967 Mason e Ito trouxeram as derivações gástricas, ou seja, a diminuição da capacidade gástrica (do estômago), restringindo a capacidade de ingestão de alimentos. Em 1980 Mason introduz a bandagem (GVB) na gastroplastia vertical, que consiste no corte vertical do estômago e a colocação de uma “banda” ou “anel”. Apesar de ser bastante simples, com baixos índices de complicações e mortalidade quase nula, os índices de perda de peso nos primeiros anos é em média 30% de perda do peso corpóreo. Desenvolvida por Kuzmak adaptada para videolaparoscopia por Belachew e Favretti que consiste na aplicação de uma banda inflável, ajustável de silicone(BGVAL) que envolve o estômago e estreita-o, criando uma pequena câmera, com esvaziamento lento, seguindo os mesmos princípios da Gastric bypass, conseguindo uma perda de 20% do peso corpóreo.
Foi a partir de 1990 que as Cirurgias Mistas, diferentes modalidades de derivação gástrica em Y de Roux(DGY) passaram a ganhar a preferência dos cirurgiões brasileiros. Essa técnica além da redução do estomago, mexe com o intestino, duodeno e jejuno proximal, partes do intestino. Posteriormente Fobi e Capella acrescentaram um anel de silicone à saída da bolsa gástrica, aumentando o componente restritivo mecânico do DGY. No Brasil essas técnicas foram introduzidas em 1993 e nos últimos anos surgiram novas propostas. A gastrectomia vertical ou “sleeve gastrectomia”- restrição mecânica moderada. Transforma o estômago em um tubo estreito. Remove a região gástrica que mais produz grelina, diminuindo o apetite.
Outras técnicas como Omentectomia, Santoro, De Paulo et al e Rubino, mas ainda estão em estudos e observação que fazem parte de protocolos internacionais.

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