segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Obesidade Mata

As condições de vida mudaram muito, em todos os sentidos, nos últimos séculos e apesar dos governos quererem atribuir a obesidade apenas ou caracterizar como principal culpada da obesidade a estrutura genética, afirmo que não é tão simples assim. A obesidade é considerada doença crônica com prognóstico de vida comprometido. O país te, colhido sucessos na redução de mortes por doenças crônicas( 17%), incluindo males cardiovasculares, respiratórios e cânceres. Em parte, essa vitória se deve a redução de fumantes que em 20 anos caiu de 35% pra 16% da população adulta. Exceção à regra temos a diabetes tipo 2, doença deveras associada à obesidade, a qual tivemos um aumento de 10% durante os últimos 10 anos. Se pesquisas mostram que emagrecer é relativamente fácil, manter que é o difícil, recuperando o peso ou até mais em até um ano de relaxamento do regime. A obesidade é multifatotrial, englobando herança genética, herança ambiental, causas endocrinológicas, fatores sócio-culturais e psicológico/emocional. Por isso, apenas tentar remediar com ações educativas que estimulem a atividade física não irá resolver o problema da obesidade. É possível sim “evitar o imperativo de uma predisposição biológica”. A própria terminologia reflete isso: PREdisposição e não IMposição.

Toda essa legítima preocupação com a obesidade, por vezes pode ser levada de forma exagerada por alguns pais, submetendo suas crianças as restrições alimentares prejudiciais. Apesar de ser um fenômeno raro, cada vez mais, mães estão colocando seus bebês de dieta e acabam suprimindo totalmente carboidratos ou outros nutrientes importantes para o equilíbrio hormonal e para o crescimento. Em geral, por observação dos médicos pediatras, “mães obcecadas com seu próprio peso, são as que “torturam” seus bebês na alimentação”. Mauro Fisberg, especialista em Nutrição Infantil, afirma que há dois tipos de pais que submetem seus bebês as dietas: pai obeso e/ou pai ortoréxio (mania de alimentação saudável), que vetam carne e doces em favor de produtos light e/ou naturais. Tais restrições inadequadas podem levar a deficiência de ferro(falta de carne), desequilíbrio hormonal (falta de gordura) e baixo crescimento, hipoglicemia e alterações no metabolismo(falta de carboidratos).

Assim sendo, apesar da crescente taxa de sobrepeso e obesidade inantil, isso não significa que o bebê deva ser colocado de dieta como se fosse um adulto. Deve-se sim limitar o volume, mas se ela come compulsivamente deve-se pesquisar o motivo e buscar ajuda profissional de pediatras, nutricionistas e psicólogos que trabalhem com obesidade. O indicado é uma dieta saudável e balanceada, na qual se pode comer de tudo na quantidade certa e preparo adequado.


Dados retirados da Folha de São Paulo e do site: http://www.abcdaobesidade.com.br/

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