sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

As mulheres estão mais sozinhas?

Novamente este texto foi emprestado do http://www.manualdasencalhadas.com.br/ mesmo sendo de minha autoria. Agradeço a Thati pela oportunidade.

A impressão que temos é que hoje o número de mulheres solteiras, sozinhas e encalhada, as famosas “pra titias” são um número muito maior do que em outros tempos. Em rodas de amigas, nos consultórios, na maior parte dos lugares essa reclamação parece ser a tônica dos assuntos. E a queixa comum é a falta de compromisso masculino. Contudo, as pesquisas indicam exatamente o contrário: hoje o índice de nupcialidade (numero de casamentos divididos pelo numero de habitantes maiores de 15 anos de idade X mil) é maior do que há 50 anos atrás. Em apenas 10 anos houve um aumento de 7 pontos percentuais.
Casam-se mais, porém mais tarde. E também se arrependem mais em terem se casado. Apesar de comentarem que há mais felicidade que infelicidade no casamento, 30% das casadas se dizem arrependidas. E destas 32% têm filhos.
Como podemos analisar essa contradição? A pesquisa não faz referencia se desrespeito ao primeiro casamento, ao segundo ou terceiro. Ou seja, a facilidade do divorcio pode ter elevado a taxa de nupcialidade. Segundo, as inúmeras mudanças no comportamento feminino podem dar a falsa idéia de que hoje elas estão mais solteiras quando na verdade, hoje elas se sentem mais livres e seguras para expressar seus anseios, desejos e desilusões do que antes. Ainda, com movimento feminista, a descoberta e uso do anticoncepcional impulsionaram o avanço da mulher à esfera profissional, tirando-a do enclausuramento doméstico, do fazer braçal e silencioso para as escolas, universidades e níveis de doutorado, obtendo mais educação do que os homens em países desenvolvidos.
Toda essa mudança de atitude e de comportamento, como qualquer outro requer uma mudança de pensamento. E a mulher mudou muito e muito rápido. Muito mais rápido do que os homens mudaram.
Hoje há um número maior de domínio da vida pelas mulheres, tornando-as mais autônomas e exigentes para se satisfazer. E a isso podemos incluir os seus pares, pretendentes, namorados e maridos que por não terem acompanhado no mesmo ritmo tais mudanças, por vezes podem se sentirem perdidos na insegurança, sem reconhecerem seu lugar na vida feminina.
O que antes era claro e sabido hoje não mais o é. O homem sabia qual era a sua função, o seu papel na sociedade. Como deveria agir, o que era esperado dele etc. Cabia ao homem conquistar declaradamente uma mulher, defende-la e prover o mínimo necessário para constituição e manutenção de uma família.
Hoje o homem é conquistado e as mulheres são muito mais agressivas, explicitas e enfáticas nesse jogo de sedução. A fragilidade feminina deu lugar a mulheres destemidas que avançam de igual para igual em todas as áreas profissionais e políticas, deixando bem para trás o antigo papel social e econômico feminino, uma vez que elas já conseguem se manter e muitas vezes ser arrimo de família .
Ou seja, o jogo mudou e a maioria dos homens ainda não se adaptou a ele. Todas essas mudanças podem intimidá-los e inibi-los a exercerem seu antigo papel social, conquistar-nos Essa dificuldade em se adaptarem expõe homens mais inseguros e descompromissados com relacionamentos mais duradouros. Talvez os homens ainda gostem das mulheres à moda antiga as quais, ao protegê-las se sentem mais fortes e necessários.

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