domingo, 10 de julho de 2011

Tentando entender

Tem-se falado muito na liberação da maconha, e segundo o próprio Fernando Henrique Cardoso, a liberação de todas as drogas para conter a criminalização. Não entendo como. Ok. Os produtores, atravessadores e comerciantes serão taxados, mas quem comete o crime do dia-a-dia contra a sociedade é o usuário que rouba para comprar e consumir. É o usuário que se mete em confusão por estar sob efeito da droga, assim como a maioria dos ladrões quando nos assaltam. E ninguém explica como acabaria com o tráfico e o crime. Quem fiscalizaria? Álcool e cigarro têm a venda proibida para menores de 18 anos e mesmo assim em quase todos os lugares se consegue comprar sem que peçam documento que comprove maioridade. Onde está a fiscalização? E se o consumo não for considerado transgressor, a desintoxicação passa a ser tutoriada pela saúde pública. Ela tem está em condição de assumir esse ônus? Parece-me que andamos na contramão. Enquanto luta-se para que diminua o consumo de álcool e cigarro, coíba as propagandas, falamos em liberar as drogas.

Ao liberá-la, com a aquisição facilitada e extinção do medo em ser “enquadrado”, com certeza o consumo também aumentará. Cita-se países como EUA, no qual a liberação ainda é recente, mas que por ironia caso alguém fume dentro da sua própria casa, em local fechado, se denunciado, pode ir preso, e Holanda. Essa última não tem nem como comparar. A educação e conscientização do uso vêm desde berço e nas escolas logo se é falado. E mesmo lá, falam em proibir a venda para estrangeiros, exatamente por ter aumentado a violência e bandalheira.
Como acontece com o álcool e cigarro, iremos ver jovens cada vez mais cedo a consumindo e como qualquer outra “substancia que age sobre o sistema nervoso central antes dos 15 anos de idade (fase em que o cérebro ainda está em amadurecimento) pode ter um efeito mais danoso do que quando esse contato acontece mais tarde. O suo da maconha antes dos 15 anos pode diminuir a memória dos jovens em até 30%, segundo pesquisa da UNESP (Universidade Federal de São Paulo)”.Outra pesquisa da mesma faculdade aponta que os efeitos negativos da maconha, como a falta de memória e a sensação de falta da droga podem persistir mesmo depois de muito tempo sem usá-la. Outras alterações de comportamento em usuários mais jovens foram observados como pior desempenho na capacidade de controlar impulsos (podendo ficar mais agressivos, explosivos) e um maior risco para psicose e um pior desempenho escolar.

No mínimo, devem-se discutir publicamente os vários impactos e riscos das substancias licitas e ilícitas têm no comportamento e na saúde de todos e principalmente dos mais novos.


Um comentário:

Fernando Cezar disse...

Ai Bia! Falar dessa polêmica é sempre uma droga!!
Poxa , jovens sendo cada vez mais cedo, levados pela influencia, pela porra da ideologia de nao se enquadrar no chamado ''grupinho dos descolados''. licitados ilicitamente ao novo ... E o pior quem paga, principalmente é a familia(preocupacao),a sociedade (violencia) e o governo(gastos com clinicas de reabilitacao)!
Down/fuck the hemp!