segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Saci Pererê X Halloween

Apesar de ser um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro, o dia do Saci foi criado em caráter nacional no ano de 2005 com o objetivo de diminuir a importância da comemoração do Halloween e a influência da cultura norte-americana no Brasil, valorizando a cultura nacional.

Ambas as comemorações, saci e as bruxas, exaltam as travessuras e são guardiões de mundos proibidos e/ou ocultos.

As bruxas cuidam do mundo dos espíritos e os sacis velam os segredos das florestas e os conhecimentos das ervas, chás e medicamentos feitos de plantas. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras.

O mito do Saci-Pererê, provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.

Quando o mito do Saci chega ao norte do país, o personagem recebe influência da cultura africana e sofre transformações. Passa a ser representado por um jovem negro com apenas uma perna, pois perderá a outra numa disputa de capoeira. Também passa a apresentar-se com um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. E até os dias atuais é assim representado.

Muito divertido e brincalhão o saci passa o tempo todo aprontando travessuras nas matas e na casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal.

Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para capturá-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele. Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer a seu “proprietário”.


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