terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sonho – Um Universo Simbólico


“Sonho que se sonha só é apenas um sonho. Sonho que se sonha junto é realidade” Jonh Lenon


Muito além da poesia e do desejo em possibilidade que se expressa como sonho, o sonho possui significados diversos dependendo de quem o conta.
Para a ciência, é uma experiência necessária e fisiológica de imaginação necessária para aliviar tensões durante o período de sono. Sabe-se que todos sonham. Até os bebês no útero sonham, só não se sabe com o que.

Em algumas culturas e religiões, o sonho tem poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência.

Freud em 1900 deu um caráter científico ao sonho, publicando o livro “A Interpretação dos Sonhos”, definindo o conteúdo dos sonhos como a realização de um desejo reprimido escondido por uma fachada, sendo o sentido latente descoberto através da interpretação dos símbolos.

Para Jung, os sonhos não são apenas revelações oprimidas, mas parte integrante de um Ser Total e não fracionado. De um Ser Integrado que busca constante equilíbrio das forças, psicológicas e mentais, inconsciente e consciente, que por meio da compensação tenta revelar ao consciente a força em desequilíbrio.

O Ser Humano não nasce pronto, ainda que em potencia seja Integrado e não misturado, Individuado e não egoísta. Nasce inconsciente da sua natureza, passando por processos de conscientização de quem é. Apesar de ser um processo individual, ele não está só. Na busca do equilíbrio ele conta com personagens arquetípicos que se apresentam nos sonhos. Ainda que para Jung, os sonhos sejam também uma linguagem simbólica, ele é transformador da energia psíquica inconsciente. Se o simbolismo é inconfessável para o próprio sujeito, ele sentirá solidão, tristeza e angustia. E quando não é expresso simbolicamente algo que está escondido no inconsciente aparece em forma de doença.

Assim, uma pessoa que não simboliza, adoece. A doença vem como último recurso de equilíbrio.
Um símbolo é um sinal investido de emoção, intermediário entre o consciente e o inconsciente.

E não se preocupem, TODOS sonham. Sabem-se através de estudos em laboratórios que os sonhos são um fenômeno ativo que se desencadeia em intervalos regulares e cíclicos durante o sono, como também para a vida de vigília. E os Neurofisiologistas concluíram que não sonhar é mais prejudicial que não dormir.

Para Jung, os significados dos sonhos são particulares e individuais cabendo apenas ao sonhador dar significado a elas. “O sonho é o teatro onde o sonhador é ao mesmo tempo o ator, a cena, o ponto, o regente, o autor, o publico e o crítico”.

Os sonhos são estudados em séries, sendo a analise de um único sonho de muito pouca importância. São estudadas através de associações, interpretações, imaginação ativa e a relação das imagens dos sonhos com a dinâmica interna.

Ainda os sonhos podem prever o futuro pelas suas interpretações, tendo “grande credibilidade em religiões judaico-cristãs, como consta no torá e na bíblia que Jacó, José e Daniel receberam de Deus a habilidade de interpretar os sonhos. No Novo Testamento, São José é avisado em sonho pelo anjo Gabriel de que sua esposa traz no ventre uma criança divina, e depois da visita dos Reis Magos um anjo em sonho o avisa para fugir para o Egito e quando seria seguro retornar à Israel.

E outras histórias na Irlanda co São Patrício, no Islamismo com Alah. E também René Descartes e Friedrich August Kekulé Von Stradonitz, tiveram em sonhos visões reveladoras. Kekulé, por exemplo sonhou com uma cobra mordendo a cauda e propôs a fórmula hexagonal do benzeno, materia prima basica para muitos compsotos orgânicos importantes.



E você, o quanto está dando de importância aos seus sonhos?


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